Vingança em Paris – Steve Berry

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Cotton Malone está de volta em mais uma trama repleta de suspense e ação. Desta vez o ex-agente do Departamento de Justiça dos EUA precisa descobrir quais os planos de seu amigo Henrik Thorvaldsen, um poderoso magnata dinarmaques, para vingar a perda do filho. Para tanto, o empresário se envolve com um grupo de milonário que pretende desestabilizar a economia mundial e recuperar um lendário tesouro escondido por Napoleão Bonaparte. Em uma perseguição que começa na Dinamarca, atravessa a Inglaterra e chega às ruas e às catedrais de Paris, Malone luta contra o tempo para salvar Thorvaldsen e impedir um grande atentado terrorista.

PARTE DOIS   DEZOITO   Paris, França 13H23   MALONE AMAVA PARIS. CONSIDERAVA-A UMA CONJUNÇÃO ENCANTAdora entre o velho e o novo, de esquinas vibrantes e voláteis. Visitara a cidade várias vezes quando trabalhava com o Magellan Billet e conhecia seus caminhos medievais. Não estava contente, no entanto, com a atual missão. – Como você conheceu esse cara? – perguntou a Collins. Tinham pego um voo no meio da manhã, diretamente de Copenhague para o aeroporto Charles de Gaulle, e, depois, um táxi para o centro, em direção ao tumultuado Quartier Latin, assim chamado devido à única língua permitida nos arredores da universidade local. Como com quase todo o resto, Napoleão abolira o uso do latim, mas o nome ficou. Oficialmente conhecido como o quinto arrondissement, o quarteirão permaneceu como um refúgio para artistas e intelectuais. Estudantes da vizinha Sorbonne dominavam as ruas de paralelepípedos, embora os turistas chegassem atraídos pela atmosfera e pelo conjunto inacreditável de lojas, cafés, galerias, quiosques de livros e clubes noturnos. — Nos conhecemos pela internet – disse Collins. Escutou Collins lhe contar a respeito de Jimmy Foddrell, um expatriado americano que fora estudar economia em Paris e decidira ficar. Foddrell tinha criado um site três anos antes – greedwatch.net – que se tornara popular entre grupos de conspiracionistas e da Nova Era. O Clube de Paris era uma de suas obsessões mais recentes. "Nunca se sabe", Thorvaldsen dissera antes. "As informações de Foddrell têm uma fonte e alguma coisa pode nos ser útil." Malone concordara em vir, já que não podia se opor à lógica daquele argumento. — Foddrell tem mestrado em economia global pela Sorbonne – Collins lhe disse. — E o que fez com ele? Estavam diante de uma igreja baixa e ampla, chamada St-Julien-Le-Pauvre, supostamente a mais antiga de Paris. Ao longo da Rue Galande, à sua direita, Malone reconheceu a fileira de casas antigas e de torres de igreja como um dos cenários da margem esquerda mais retratados em pinturas. Logo à esquerda, do outro lado de um movimentado bulevar e da tranqüilidade do Sena, estava a Notre-Dame, apinhada de visitantes da época natalina. — Que eu saiba, nada – respondeu Sam. – O trabalho dele parece ser o site, centrado em conspirações econômicas mundiais. — O que torna muito difícil encontrar um emprego de verdade. Deixaram a igreja e caminharam em direção ao Sena, seguindo por uma alameda bem-conservada, quadriculada pela luz invernal. Uma brisa gélida remexia as folhas ao longo do pavimento seco. Collins tinha enviado um e-mail a Foddrell pedindo para eles se encontrarem, o que levou a outra troca de mensagens, que finalmente os conduziu ao número 37 da Rue de la Búcherie, que Malone viu ser, afinal, uma livraria. Shakespeare & Company. Conhecia o lugar. Todos os guias sobre Paris apontavam o sebo como um marco cultural. Com mais de cinqüenta anos, inaugurado por um americano que lhe dera forma e nome em homenagem à famosa loja parisiense de Sylvia Beach, do início do século XX. A gentileza de Beach e os empréstimos gratuitos fizeram com que seu recanto acolhesse diversos escritores notáveis – Hemingway, Pound, Fitzgerald, Stein e Joyce incluídos. A encarnação atual tinha pouco desse espírito, mas ainda assim conseguira cavar um nicho boêmio e popular. — Seu amigo gosta de livros? – perguntou Malone. — Ele mencionou este lugar certa vez. Na verdade, morou aqui por um tempo, quando chegou a Paris. O dono permite. Há camas desdobráveis entre as prateleiras lá dentro. Em troca, você tem que trabalhar na loja e ler um livro por dia. Pareceu-me um tanto tolo. Ele sorriu. Tinha lido a respeito desses hóspedes, que se auto-intitulavam tumbleweeds, alguns chegam a permanecer por meses. E visitara a loja anos antes, mas, na verdade, preferia outro comerciante de livros usados, "The Abbey Bookstore", alguns quarteirões adiante, onde havia adquirido primeiras edições de excelente qualidade. Olhou para a eclética fachada de madeira
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