Profundamente Sua – Trilogia Crossfire Vol. 2 – Sylvia Day

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Gideon Cross. Ele é tão bonito e perfeito do lado de fora quanto é danificado e atormentado no interior. Ele era uma chama brilhante e ardente que me chamuscou com o mais escuro dos prazeres. Eu não poderia ficar longe. Eu não queria. Ele era o meu vício… meu desejo… todo meu. Meu passado foi tão violento quanto o dele, e eu estava tão machucada. Nós nunca iríamos ser normais. Era muito difícil, muito doloroso… exceto quando era perfeito. Aqueles momentos em que a voragem do amor desesperado eram a loucura mais requintada. Fomos completamente subjugados pela nossa necessidade. E a nossa paixão nos levaria além dos nossos limites para a mais doce borda da mais nítida obsessão.

Profundamente Sua – Crossfire – Livro 02 – Sylvia Day

8 O som da porta do meu quarto se abrindo interrompeu um sonho nada memorável, mas foi o aroma tentador do café que de fato me acordou. Estiquei-me, mas mantive os olhos fechados, deixando a vontade crescer. Gideon sentou na beira da cama, e um instante depois senti seus dedos percorrerem meu rosto. “Dormiu bem?” “Senti sua falta. Esse café é pra mim?” “Se você for boazinha.” Abri bem os olhos. “Mas você gosta de mim safadinha.” Seu sorriso provocava reações enlouquecidas em mim. Ele já estava vestido com um de seus ternos absurdamente sensuais e aparentava estar se sentindo bem melhor que na noite anterior. “Gosto de você safadinha comigo. E esse show na sexta?” “É de uma banda chamada Six-Ninths. É só isso que eu sei. Quer ir?” “Não é uma questão de querer. Se você vai, eu vou também.” Minhas sobrancelhas se ergueram. “Sério? E se eu não tivesse convidado você?” Ele tateou à procura da minha mão e girou meu anel de compromisso. “Então você não iria.” “Como é?” Ajeitei os cabelos para trás. Ao notar a expressão que se desenhava em seu lindo rosto, sentei. “Me dá esse café. Quero estar bem energizada para acabar com você.” Gideon sorriu e me passou a caneca. “Não me olhe assim”, avisei. “Não estou nada contente com a ideia de você me proibir de sair.” “Estamos falando sobre um evento específico, um show de rock, e eu não proibi você de ir, só disse que não pode ir sem mim. Sinto muito se não gosta, mas é assim que as coisas são.” “E quem disse que é rock? Pode ser música clássica. Pop. Ou celta.” “O Six-Ninths acabou de assinar com a Vidal Records.” “Ah.” A Vidal Records era dirigida pelo padrasto de Gideon, Christopher Vidal, mas o proprietário era ele. Para mim, era impossível imaginar o que levaria alguém a comprar uma empresa da própria família. Qualquer que fosse o motivo, era mais uma das razões por que Christopher Jr., o meio-irmão de Gideon, o odiava. “Vi uns vídeos da época em que eles eram uma banda indie”, Gideon explicou. “Não vou deixar você sozinha no meio daquele bando de malucos.” Dei um gole caprichado no café. “Entendo, mas você não tem o direito de mandar em mim.” “Ah, não?” Ele pôs o dedo esticado na frente da minha boca. “Shh. Nada de discussões. Não sou um tirano, mas tenho minhas preocupações, e você precisa ter o bom senso de aceitar isso.” Afastei sua mão. “E bom senso significa fazer o que você achar melhor?” “Claro.” “Quanta pretensão.” Ele ficou de pé. “Não vamos brigar por causa de situações hipotéticas. Você me convidou pra ir ao show na sexta e eu topei. Não tem motivo nenhum para discutir.” Deixei o café sobre o criado-mudo, saí de baixo das cobertas e levantei da cama. “Preciso ter a minha vida também, Gideon. Se abrir mão da minha individualidade, nunca vou conseguir me acertar com você.” “Sim, e tenho que pensar na minha individualidade. Não posso ser o único a fazer concessões.” Senti o golpe daquelas palavras. Ele tinha lá sua razão. Eu podia defender meu espaço, mas precisava entender que tipo de homem era Gideon. Precisava me acostumar com o fato de que ele também tinha seus gatilhos emocionais. “E se um dia eu quiser sair com minhas amigas?” Ele pegou meu queixo com as duas mãos e beijou minha testa. “Você pode usar a limusine e ir pra qualquer lugar de que eu seja dono.” “Para você poder mandar os seguranças me espionarem?” “Espionarem não, protegerem”, ele corrigiu, dando-me outro beijo. “Isso é tão terrível assim, meu anjo? Eu não conseguir parar de pensar em você é um fato imperdoável?” “Você está distorcendo as coisas.” Ele me largou e me encarou com uma expressão séria e determinada. “Mesmo se você estiver na minha limusine ou em uma das minhas casas noturnas, o fato de não estar em casa comigo vai me deixar maluco. E, se vou ser obrigado a conviver com isso, você vai ser obrigada a conviver com minhas medidas de precaução. É um acordo justo.” “Como você consegue fazer os maiores absurdos parecerem razoáveis?”, rosnei. “É um dom.” Dei um apertão em seu belo e firme tras
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