Recebido com resenhas entusiasmadas nos Estados Unidos e na Europa, O Octavo de Estocolmo é capaz de seduzir o mais exigente leitor de thrillers históricos. Conspirações políticas, ambição e magia dão o tom à trama protagonizada por Emil Larsson, um burocrata fascinado pela cartomancia, e um extraordinário elenco de personagens fictícios e históricos cujos caminhos se entrelaçam na Suécia do século XVIII, sob o comando de Gustavo III e à beira de uma revolução social e política. Romance de estreia de Karen Engelmann, O Octavo de Estocolmo vem sendo comparado a suspenses históricos como O enigma do oito, de Katherine Neville, e Perfume, de Patrick Suskind.
O Octavo de Estocolmo – Karen Engelmann
AGRADECIMENTOS
Qualquer evento que possa advir ao Buscador –
qualquer evento – pode estar conectado a um conjunto de oito pessoas.
E o oito deve estar no lugar para que o evento ocorra.
— S R A. S P A R R O W
Aos meus oito:
Agente Amy Williams
Editor Lee Boudreaux
Editora Associada Abigail Holstein
Professoras e conselheiras Nicola Morris e Jeanne Mackin
"Bokhandlare" med mera Lars Walldov e Lars Sandell
Minha Chave, Erik Ulfers
Como o mapa do Mestre Fredrik, os oito expandem-se para fora, nem por isso menos influentes.
Muitos agradecimentos:
À brilhante equipe da Ecco.
À extraordinária agente de direitos internacionais Susan Hobson.
Às primeiras leitoras, Margaret S. Hall, Snezjana Opacic, Kina Paulsson, Mindy Farkas, Audrey Sackner-Bernstein, Robin Jacobs, Gia Young, Dan Nemteanu, Christof Dannenberg, Martha Letterman, Michele Carroll, Carolyn Bloom, Christie LaVigne, Anilla Cherian, Rick Engelmann, Sally Boyle, Ailleen Engelmann, Lynn Grant, Brian Grant, Teri Goodman, Therese Sabine, Char Hawks, Carm Bush e Rita Engelmann. Obrigada por lutarem bravamente por aqueles intermináveis rascunhos (às vezes mais de uma vez) e por me incentivarem a não desistir jamais.
A todos os autores/escritores da ilha Decatur: Lynn Grant, Carla Norton, Rachel Goldstein e Marisa Silver.
À comunidade Goddard College, com uma menção especial à falecida Cynthia Wilson.
Aos escritores Lynn Schmeidler e Wild Geese.
À Sociedade Americano-Escandinava de Nova York por seu apoio e reconhecimento.
À ajudante de labirintos Ann Van den Berghe.
A Agneta Lindelöf por aquela visita a Kulturen em Lund tantos anos atrás.
À colecionadora de leques Donna Thompson.
À companheira de viagem Martha Letterman.
A minha mãe, Rita, cujos leques dobráveis foram intrigantes pontos de graciosidade e refinamento na minha fase de crescimento.
A Lilly e Nia Engelmann Ulfers, provas positivas de que a vida é bela.
S O B R E A A U T O R A
KAREN ENGELMANN morou e trabalhou na Suécia por oito anos. Com mestrado em artes pelo Goddard College de Vermont, ela vive atualmente em Dobbs Ferry, Nova York.
Capítulo Um
ESTOCOLMO 1789
Fontes: E.L., oficial de polícia X., sr. F., barão G***, sra.S., arquivista D.B. – Riddarhuset
ESTOCOLMO É CHAMADA a Veneza do Norte, e por bons motivos. Viajantes afirmam que ela é tão complexa, tão grandiosa e tão misteriosa quanto sua irmã do sul. Refletidos no congelado lago Mälaren e nos intricados canais do mar Báltico encontram-se grandiosos palácios, residências em tom amarelo-palha, graciosas pontes e lépidos esquifes carregando a população pelas 14 ilhas que constituem a Cidade. Mas em vez de expandir-se para fora em direção a uma Itália ensolarada e cultivada, as densas florestas que cercam esse cintilante arquipélago criam uma fronteira verde, cheia de lobos e outros seres selvagens que marcam a entrada de um país ancestral e a brutal vida campesina que se encontra logo depois da Cidade. Mas, estando no limiar da última década do século, nos últimos anos do esclarecido reinado de Sua Majestade o rei Gustav III, eu raramente pensava no campo ou em sua espalhada população de carniceiros. A Cidade tinha muito a oferecer, e a vida parecia plena de oportunidades.
É verdade que, à primeira vista, aquela não parecia ser a melhor das épocas. Animais de fazenda residiam em muitas das casas, telhados de terra eram moldados de modo irregular, e ninguém passava despercebido às cicatrizes da varíola, às tosses fleumáticas ou a outras miríades de sinais das doenças que atormentavam o populacho. Os sinos dos funerais soavam a qualquer hora, já que a Morte estava mais em casa em Estocolmo do que em qualquer outra cidade da Europa. O fedor de esgoto a céu aberto, comida estragada e corpos sem banho empesteavam o ar. Mas, ao longo desse sombrio quadro, podia-se avistar uma casaca levemente azulada, bordada com pássaros dourados, ouvir o farfalhar de um vestido de tafetá e fragmentos de poesia francesa, inalar o aroma de