Ao contrário da repressào epidódica e acidental das ditaduras latino-americanas, a violência comunista se tornou um instrumento político-ideológico, fazendo parte da rotina de governo. O mais completo estudo existente do comunismo, sob o prisma de suas atrocidades, está em O Livro Negro do Comunismo. Esta espécie de enciclopédia do comunismo revela, em oitenta anos de regime comunistas, um saldo de quase 100 milhòes de mortos, com a esmagadora maioria de vítimas nos dois gigantes do marxismo-leninismo – a Uniào Soviética e a China.
O Livro Negro do Comunismo – Crimes, Terror e Repressão – Stephane Courtois
JEAN-LOUIS PANNÉ, ANDRZEJ PACZKOWSKI, KAREL BARTOSEK, JEAN-LOUIS MARGOLIN
O LIVRO NEGRO DO COMUNISMO
Crimes, terror e repressão
com a colaboração de Remi Kauffer, Pierre Rigoulot, Pascal Fontaine, Yves Santamaria e Sylvain Boulouque Tradução CAIO MEIRA
BERTRAND BRASIL
Título original: Lê livre noirdu communisme Obra publicada sob a direção de Charles Ronsac Capa: Raul Fernandes Editoração: Art Line 1999
Impresso no Brasil
Printed in Braztl
CIP-Brasil. Catalogação-na-fonte Sindicato Nacional dos Editores de Livros, RJ
L762
O livro negro do comunismo: crimes, terror e repressão / Stéphane
Courtois... [et ai.]; com a colaboração de Remi Kauffér... [et ai.]; tradução Caio Meira. - Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1999. 924p., [32] p. de estampas: il.
Tradução de: Lê livre noir du communisme ISBN 85-286-0732-1
1. Comunismo — História — Século XX. 2. Perseguição política. 3. Terrorismo. I. Courtois, Stéphane, 1947-.
CDD - 320.532
99-1236 CDU-321.74
Todos os direitos reservados pela:
BCD UNIÃO DE EDITORAS S.A.
Av. Rio Branco, 99 - 20° andar - Centro
20040-004 - Rio de Janeiro - RJ
Tel: (OXX21) 263-2082 Fax: (OXX21) 263-6112
Não é permitida a reprodução total ou parcial desta obra, por quaisquer meios, sem a prévia autorização por escrito da Editora.
Atendemos pelo Reembolso Postal.
Orelhas da capa:
Outubro de 1917: o golpe de estado bolchevique significou bem mais do que a queda do czarismo e a subida ao poder de um grupo de políticos idealistas. A revolução liderada por Lenin tornou-se o ícone que representaria o começo de uma nova era para a humanidade, anunciando uma sociedade mais justa e um homem mais consciente de sua relação com seu semelhante.
Novembro de 1989: a queda do Muro de Berlim e a consequente abertura dos arquivos dos países comunistas apareceram para o mundo como a derrocada final do sonho comunista. O livro negro do comunismo traz a público o saldo estarrecedor de mais de sete décadas de história de regimes comunistas: massacres em larga escala, deportações de populações inteiras para regiões sem a mínima condição de sobrevivência, expurgos assassinos liquidando o menor esboço de oposição, fome e miséria provocadas que dizimaram indistintamente milhões de pessoas, enfim, a aniquilação de homens, mulheres, crianças, soldados, camponeses, religiosos, presos políticos e todos aqueles que, pelas mais diversas razões, se encontraram no caminho de implantação do que, paradoxalmente, nascera como promessa de redenção e esperança. Os autores, historiadores que permanecem ou estiveram ligados à esquerda, não hesitam em usar a palavra genocídio, pois foram cerca de 100 milhões de mortos! Esse número assustador ultrapassa amplamente, por exemplo, o número de vítimas do nazismo e até mesmo o das duas guerras mundiais somadas. Genocídio, holocausto, portanto, confirmado pelos vários relatos de sobreviventes e, principalmente, pelas revelações dos arquivos hoje acessíveis. O terror - o Terror Vermelho - foi o principal instrumento utilizado por comunistas tanto para a tomada do poder quanto para a sua manutenção, e também por grupos de oposição que jamais chegaram ao governo. Os fatos demonstram: o terrorismo de oposição e o terrorismo de Estado, com frequência praticados contra o seu próprio povo, são as grandes características do comunismo no século XX. Obstinados, pragmáticos, carismáticos, os líderes comunistas, que guiariam o mundo a seu destino inelutável, têm revelada a sua face sombria: Lenin, Stalin, Mão Zedong, Pol Pot, Ho Chi Minh, Fidel Castro e muitos outros tornam-se os responsáveis diretos pelas atrocidades cometidas em nome do ideal comunista. Sob seus olhares zelosos, os "obstáculos" - qualquer homem, cidade ou povo - foram sendo exterminados com violência e brutalidade. O livro negro do comunismo não quer justificar nem encontrar causas para tais atrocidades. Tampouco pretende ser mais um capítulo na polémica entre esquerda e direita, discutindo fundamentos ou teorias m