O Inimigo de Deus – As Crônicas de Artur – Vol. 2 – Bernard Cornwell

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Este é o segundo volume que retrata a partir de novos fatos e descobertas arqueológicas o maior de todos os heróis como um poderoso guerreiro que luta para manter unida Britânia, no século V, após a saída dos romanos. A Britânia está pronta expulsar de uma vez os invasores saxões. Mas se por um lado o país está unificado politicamente, por outro a luta entre as religiões ancestrais e o cristianismo divide o povo. Diante da propagação da nova fé, Merlin empreende uma busca pelo caldeirão sagrado – objeto mágico poderoso, capaz de trazer de volta os antigos deuses e aniquilar os saxões e os cristãos. Ao longo desta jornada, ele é acompanhado pelo guerreiro Derfel em sua peregrinação por lugares distantes e perigosos, onde vivem aventuras inesquecíveis.

O Inimigo de Deus – As Crônicas de Artur – Volume 2 – Bernard Cornwell

[email protected] O Inimigo de Deus é dedicado a Susan Watt, a sua única progenitora. Prólogo O Inimigo de Deus é o segundo romance da série CRÔNICAS DO SENHOR DA GUERRA e nele se dá continuidade imediata aos acontecimentos descritos em O Rei do Inverno. Neste livro, Uther, rei de Dumnónia e Rei Supremo da Bretanha morre, sendo sucedido por Mordred, o seu neto aleijado ainda bebê. Artur, um dos filhos bastardos de Uther, é nomeado tutor de Mordred e com o passar dos anos torna-se o mais importante dos seus protetores. Artur está decidido a cumprir o juramento feito a Uther de garantir que, uma vez chegado à idade adulta, Mordred assuma o trono de Dumnónia. Artur está igualmente decidido a restituir a paz aos beligerantes reinos da Bretanha. O conflito mais importante é o que opõe Dumnónia a Powys, e quando Artur é encorajado a desposar Ceinwyn, princesa de Powys, surge a possibilidade de evitar a guerra. Em vez disso, Artur foge com a arruinada princesa Guinevere, e este insulto feito a Ceinwyn acarretará anos de guerra que apenas terminam quando Artur derrota o rei Gorfyddyd de Powys, na Batalha do Vale do Lugg. O trono de Powys passa então para Cuneglas, o irmão de Ceinwyn que, tal como Artur, deseja a paz entre os Bretões, para que estes possam unir as suas lanças na luta contra o inimigo comum: os Saxões. O Rei do Inverno, tal como o presente livro, é narrado por Derfel (deve pronunciar-se Dervel), um escravo saxão que cresceu na casa de Merlim e se tornou um dos guerreiros de Artur. Artur envia Derfel para Armórica (a atual Bretanha francesa) para lutar na desditosa campanha destinada a proteger o reino britânico de Benoic dos ataques dos Francos, Entre os refugiados de Benoic que regressam à Bretanha encontra-se Lancelot, rei de Benoic, que Artur pretende agora casar com Ceinwyn e colocar no trono da Silúria. Derfel apaixona-se por Ceinwyn. O outro amor de Derfel é Nimue, sua amiga de infância, que, entretanto se tornara ajudante e amante de Merlim, um Druida que lidera a facção bretã empenhada em restituir a ilha aos seus antigos deuses. Para tal persegue um Caldeirão, um dos Treze Tesouros da Bretanha, uma procura que, tanto para Merlim como para Nimue, é infinitamente superior a qualquer batalha travada contra outros reinos ou invasores, sejam eles quais forem. Os adversários de Merlim são os Cristãos da Bretanha. Um dos seus líderes é o bispo Sansum, que ao desafiar Guinevere perdeu muito do poder que detinha. Sansum, agora caído em desgraça, desempenha as funções de Abade do Mosteiro do Espinheiro Sagrado, em Ynys Wydryn ( Glastonbury). O Rei do Inverno termina com a vitória de Artur na grande batalha do Vale do Lugg. O trono de Mordred é salvo, os reinos do sul da Bretanha selam alianças e Artur, embora não seja rei, é o seu líder incontestado. PRIMEIRA PARTE A Estrada Sombria Hoje tenho pensado nos mortos. Estamos no último dia do ano velho. Os fetos que cobrem a colina tingiram-se de uma tonalidade acastanhada, os olmeiros nas extremidades do vale perderam as folhas e a matança de Inverno das nossas cabeças de gado já começou. Esta noite é Véspera do Samain. Esta noite, a cortina que separa os mortos dos vivos estremecerá, se desfiará e acabará por desaparecer. Esta noite, os mortos atravessarão a ponte das espadas. Esta noite os mortos chegarão, vindos do Outro Mundo, mas nós não os veremos. Serão sombras diluídas na escuridão, simples sussurros numa noite sem vento, mas estarão presentes. O bispo Sansum, o santo que governa nossa pequena comunidade de monges, faz troça desta crença. Os mortos, diz ele, não têm corpos feitos de sombra, tão pouco são capazes de atravessar a ponte das espadas. Em vez disso, jazem nos seus túmulos frios aguardando a última vinda de Nosso Senhor Jesus Cristo. É uma atitude digna, diz ele ainda, recordar os mortos e re
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