O Dia Depois de Amanhã – Robert A. Heinlein

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Também lançado como “A Sexta Coluna”, Nº20 da Coleção Argonauta. Robert A. Heinlein conta-nos neste fascinante romance a história da conquista e ocupação da América por invasores asiáticos. Apenas seis homens em todo o país poderão transformar a derrota em vitória! Seis homens contra quatrocentos milhões! Num laboratório-fortaleza escondido nas montanhas rochosas, estes homens planejam uma revolta que ultrapassará tudo quanto se possa imaginar! Trabalhando nas profundezas do solo, secretamente, constroem uma arma que fará estremecer o mundo. Estão determinados a defender o seu país da aniquilação total.Este livro é tão empolgante como um romance de aventuras, tão fascinante como documentos governamentais secretos, tão lógico como uma experiência científica. Heinlein confronta-nos com a velha máxima de que, se a tecnologia for suficientemente avançada torna-se para o comum dos mortais indistinguível da magia, e, é armados com essa magia que os nossos heróis conseguirão derrotar probabilidades impensáveis. Além do mais, o mais fascinante do livro é a compreensão do autor dos meandros e comportamentos do pessoal integrado em exércitos. Apesar de muitas vezes pensarmos que um exército é um monte de pessoas desorganizadas, um exército eficaz é um modelo de organização que é seguido em todo o mundo por homens de armas mas também por empresas privadas que usam os seus princípios organizativos para orientar os seus negócios. Como demonstração do que um exército deve ser, o livro é excelente, apesar de em certos aspectos ter uma atitude ingénua e juvenil, tão típica de Heinlein nos seus princípios de carreira.

  ROBERT A. HEINLEIN     O DIA DEPOIS DE AMANHÃ       Publicações Europa-América Título original: The Day after Tomorrow Tradução de Maria Luísa Gonçalves dos Santos     © 1941 by Street and Smith Publications, Inc. © 1949 by Robert A. Heinlein Publicado com o acordo do autor             A John S. Arwine   CAPÍTULO I   — Que diabo se passa aqui? — perguntou Whitey Ardmore. Ignoraram a sua pergunta, tanto quanto tinham ignorado a sua chegada. O homem que se encontrava diante do receptor de televisão disse: — Cale-se. Estamos a tentar ouvir. — E aumentou o volume do mesmo. A voz do locutor dizia naquele momento: «Washington foi completamente destruída antes que o governo pudesse escapar. Com Manhattan em ruínas, não resta...» Ouviu-se o estalido do botão de ligação do televisor quando este foi desligado. — E é tudo — disse o homem que se encontrava junto do aparelho. — Os Estados Unidos foram aniquilados. — Depois acrescentou: — Há aí alguém que tenha um cigarro? Não tendo obtido qualquer resposta, afastou-se do pequeno grupo que rodeava o televisor e pôs-se a vasculhar nos bolsos de uma dezena de indivíduos que se encontravam caídos sobre uma mesa na mesma sala. Não foi tarefa fácil, visto que o rigor mortis já se começara a fazer-se sentir, até que, finalmente, encontrou um maço meio cheio donde retirou um cigarro, que acendeu. — Caramba, haverá por aí alguém que me possa dizer o que se passa? — perguntou Ardmore, com uma voz retumbante. — Que aconteceu aqui? O homem do cigarro dignou-se, pela primeira vez, olhar para ele. — Quem é você? — Major Ardmore, das Informações. E quem é você? — Coronel Calhoun, da Investigação Científica. — Muito bem, coronel. Trago uma mensagem urgente para o comandante. Poderá alguém informá-lo da minha presença e saber se me pode receber? — E falava com mal contida impaciência. Calhoun abanou a cabeça. — Não me é possível fazer o que pede. Ele morreu. — E parecia sentir um prazer perverso em comunicar a noticia. — Como? — É como lhe digo: está morto. Todos os outros estão também mortos. Sabe, meu caro major, diante de si está tudo quanto resta do pessoal da Cidadela... ou, diria antes, do Laboratório de Investigação Científica do Departamento de Defesa. — E sorriu amargamente, enquanto abrangia com o olhar o grupo de .sobreviventes que se encontrava na sala. Ardmore levou alguns instantes a compreender e depois perguntou: — Foram os Pan-Asiáticos? — Não, não foram os Pan-Asiáticos; Tanto quanto sei, o inimigo não suspeita da existência da Cidadela. Não, foi coisa feita por nós... uma experiência que não resultou lá muito bem. O Dr. Ledbetter estava a desenvolver uma série de testes através dos quais tentava descobrir uma forma de... — Isso agora não interessa, coronel. Quem é que assume o comando? Tenho de transmitir as ordens que trago. — Comando? Comando militar? Santo Deus, homem, ainda nem sequer tivemos tempo de pensar nisso. Aguarde um momento. — Olhou em redor, analisando os presentes. — Hum... Hum... Sou o mais antigo de toda esta gente... e estão todos aqui. Suponho que isso me dá autoridade para ficar no comando. — Não está aqui nenhum oficial do Exército? — Não. São todos adidos especiais. Sou eu, portanto, quem assume o comando. Avance com o seu relatório. Ardmore olhou para os rostos da meia dúzia de homens que se encontravam na sala. Verificou que tinham seguido a conversa com ar apático. Ardmore teve dúvidas sobre se deveria transmitir a mensagem. A situação alterara-se, talvez não devesse mesmo comunicá-la... — Recebi ordens — disse, escolhendo cuidadosamente as palavras — para informar o vosso general de que, a partir de agora, deixa de estar dependente do comando supremo. Passará a agir de forma independente e prosseguirá a guerra contra o invasor, de acordo com o seu próprio julgamento. Sabe —prosseguiu—, quando há doze horas deixei Washington, já sabíamos que estávamos vencidos. O grupo de sábios que se encontrava aqui reunido na Cidadela era praticam
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