Pós Guerra – Tony Judt

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Narrativa histórica em grande estilo, este é um profundo e envolvente relato sobre a Europa a partir da queda de Berlim, no final da Segunda Guerra Mundial. Abrangendo nações do leste e oeste, norte e sul, ele forma um magnífico panorama de sessenta anos, repleto de novas e brilhantes percepções.

Tony Judt, um dos historiadores e intelectuais mais conceituados da atualidade, dedicou quase uma década de pesquisa e reflexão a esta grande história da Europa pós-1945. Esta é a primeira obra que apresenta todo o continente, de leste a oeste. Judt se baseou em pesquisas em seis idiomas para narrar a tumultuosa e excepcional jornada de um continente após a devastação causada pela mais violenta guerra da História. Nenhum país, questão, indivíduo importante ou evento decisivo deixa de merecer o foco da narrativa, mas Pós-guerra é o oposto de história arrastada. A narrativa é sempre brilhante, dinâmica, impulsionada pela força da voz do autor. Espirituoso, contumaz e repleto de observações novas e surpreendentes, o livro é rico em detalhes visuais, com mapas, fotos e charges instigantes.

Pós-guerra constitui um raro deleite para os amantes de História e da Europa; é um espetáculo que nos transporta, desafiando ou até mesmo desmontando nossos preconceitos e ideários, deixando toda a Europa impressa na mente de maneira indelével.

Primeira Parte Pouco tempo após a derrota da Alemanha, em 1945, uma criança caminha ao lado de cadáveres de centenas de ex-internos do campo de concentração de Bergen-Belsen, estendidos ao longo de uma estrada de terra. À semelhança da maioria dos alemães adultos nos anos do pós-guerra, o menino desvia o olhar. Soldados alemães enforcados publicamente em Kiev, em 1946, após condenação por crimes de guerra. Por mais ambígua que fosse a motivação soviética na encenação de julgamentos e execuções no pós-guerra, os crimes horrendos cometidos pelo Exército alemão, pela SS e pelos colaboracionistas locais eram absolutamente concretos. Draza Mihailović, líder da resistência iugoslava (nacionalista) chetnik, diante de um tribunal militar, em junho de 1946. Para os guerrilheiros comunistas, os chetnik representavam uma ameaça quase tão grande quanto as forças estrangeiras de ocupação; depois da guerra, Tito reprimiu-os severamente. O próprio Mihailović foi fuzilado em 18 de julho de 1946. Acusada de “colaboração horizontal” com as forças alemãs de ocupação, uma francesa tem a cabeça quase raspada e é exibida pelas ruas da cidade de Lanval, poucas horas depois que as tropas americanas libertaram a França, em agosto de 1944. Milhares de mulheres na França, Bélgica e Holanda receberam castigo similar. Mulheres em fila para obter carvão, em Londres, no auge do terrível inverno de fevereiro de 1947. A escassez de combustível era tão grande que a maioria dessas mulheres precisava esperar um dia inteiro para receber a ração semanal. Os carrinhos são para transportar carvão, e não bebês. Mãe e filhos recebendo a ração da família, em Stratford, no oeste de Londres, em 6 de agosto de 1946 – no dia em que rações começaram a ser distribuídas. Os Estados previdenciários da Europa no pós-guerra acarretaram verdadeira revolução social, melhorando de modo dramático as condições de vida das classes média e operária. Ajuda Marshall – 1). Sob a égide do Plano Marshall, chega às docas de Londres, em 3 de fevereiro de 1949, o primeiro carregamento de açúcar proveniente do Caribe (recebido pelo ministro trabalhista John Strachey, à esquerda, e Elmer Holmgreen, representante do Plano Marshall, no centro). Ajuda Marshall – 2). Atenas, Natal de 1949: pão feito com “farinha do Plano Marshall” é distribuído a órfãos gregos. Mesmo numa Grécia empobrecida, o efeito moral positivo do plano foi tão importante quanto a contribuição material para a recuperação econômica. Ajuda Marshall – 3). “A população mundial não quer a repetição das tristezas da guerra” – J. Stalin (o rifle que acompanha os ovos vem embrulhado num documento onde se lê “Aliança do Atlântico Norte”). Note-se que os simpatizantes ocidentais marcham com uma bandeira com dizeres em francês. Tchecos reunidos na praça Wenceslau, em Praga, em 25 de fevereiro de 1948, para ouvir Klement Gottwald anunciar a formação do novo governo. Note-se a variedade de emoções estampadas nos rostos dos espectadores – o golpe comunista não foi, absolutamente, objeto de consternação universal. A imagem de Josip Broz Tito adorna um edifício em Belgrado, julho de 1948. Stalin rompeu com a Iugoslávia comunista na primavera de 1948, não em decorrência da política iugoslava, mas por irritação diante da desobediência de Tito, do culto à personalidade do líder iugoslavo e do desafio que este impunha ao monopólio moscovita sobre a autoridade comunista. Avião norte-americano aterrissando no Aeroporto de Tempelhof, em Berlim, junho de 1948. O Bloqueio de Berlim, que durou 11 meses, foi um grande erro estratégico de Stalin: acabou com ilusões de neutralidade na Alemanha, forçou o comprometimento aliado com Berlim e precipitou a formação da OTAN. Presentes na Criação. Da esquerda para a direita: Dean Acheson, secretário de Estado dos EUA e incentivador da “política de contenção”; Ernest Bevin, ministro das Relações Exteriores do Reino Unido no pós-guerra, idealizador da Aliança Atlântica; Robert Schuman, estadista fr
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