Jack Sawyer tem apenas 12 anos, mas está prestes a iniciar uma grande viagem: a busca implacável por um talismã. Assim, sai de Arcadia Beach, em New Hampshire, para cruzar duas dimensões — os Estados Unidos e o universo paralelo dos Territórios.
Mas como chegar a este lugar que não pode ser alcançado de modo comum? Em que plano da existência se situa esse mundo tão intrigante quanto a Atlântida? Jack vence estes mistérios quando adentra os Territórios, mas logo percebe, para seu absoluto terror, que lá a vida pode ser extinta em segundos pela constante batalha entre o bem e o mal.
Nessa região fantástica, Jack descobre os “Duplos”, reflexos das pessoas que conhece em seu mundo. É o caso da Rainha Laura, Duplo de sua mãe que, assim como ela, está à beira da morte. De maneira geral, grandes acontecimentos a um habitante da Terra são reproduzidos por seus Duplos, mas Jack logo perceberá que há exceções a essa regra. Principalmente quando uma misteriosa criatura lhe ensina a circular entre os dois mundos.
O talismã é uma inesquecível saga de aventura e triunfo, e um dos romances de fantasia mais aclamados da literatura contemporânea.
O Talismã – Stephen King
O TALISMÃ
© 1984 by Stephen King e Peter Straub
Título original
THE TALISMAN
Publicado mediante acordo com o autor,
através de Ralph M. Vicinanza, Ltd.
Proibida a venda em Portugal.
Todos os direitos desta edição reservados à
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Capa
Pós Imagem Design
Revisão
Tereza da Rocha
Neusa Peçanha
Editoração Eletrônica
Abreu’s System Ltda.
K52t
King, Stephen & Straub, Peter
O Talismã / Stephen King e Peter Straub. - Rio de Janeiro : Objetiva, 2001
505 p. ISBN 85-7302
Tradução de: The talisman
1. Literatura americana - Romance. I. Straub, Peter (co-autor) II. Título
Este livro é dedicado a
RUTH KING
ELVENA STRAUB
Bem, quando eu e Tom chegamos ao topo da
colina, contemplamos a vila lá embaixo e vimos
três ou quatro luzes piscando, onde talvez
houvesse gente doente; as estrelas sobre nós
cintilavam como nunca, e junto à vila ficava o rio,
um quilômetro e meio de largura, terrivelmente
quieto e majestoso.
Mark Twain, Huckleberry Finn
Minhas roupas novas estavam todas ensebadas,
cheias de barro, e eu estava morto de cansaço.
Mark Twain, Huckleberry Finn
Sumário
Primeira Parte
CAPÍTULO 1
CAPÍTULO 2
CAPÍTULO 3
CAPÍTULO 4
CAPÍTULO 5
INTERLÚDIO
Segunda Parte
CAPÍTULO 6
CAPÍTULO 7
CAPÍTULO 8
CAPÍTULO 9
CAPÍTULO 10
CAPÍTULO 11
CAPÍTULO 12
CAPÍTULO 13
CAPÍTULO 14
CAPÍTULO 15
CAPÍTULO 16
INTERLÚDIO
CAPÍTULO 17
CAPÍTULO 18
CAPÍTULO 19
Terceira Parte
CAPÍTULO 20
CAPÍTULO 21
CAPÍTULO 22
CAPÍTULO 23
CAPÍTULO 24
CAPÍTULO 25
CAPÍTULO 26
CAPÍTULO 27
CAPÍTULO 28
CAPÍTULO 29
CAPÍTULO 30
CAPÍTULO 31
CAPÍTULO 32
CAPÍTULO 33
INTERLÚDIO
Quarta Parte
CAPÍTULO 34
INTERLÚDIO SLOAT
CAPÍTULO 35
CAPÍTULO 36
CAPÍTULO 37
CAPÍTULO 38
CAPÍTULO 39
CAPÍTULO 40
INTERLÚDIO
CAPÍTULO 41
CAPÍTULO 42
CAPÍTULO 43
CAPÍTULO 44
CAPÍTULO 45
CAPÍTULO 46
CAPÍTULO 47
EPÍLOGO
CONCLUSÃO
Primeira Parte
Jack Atravessa
CAPÍTULO 1
A POUSADA DOS JARDINS DO ALHAMBRA
1
A 15 DE SETEMBRO DE 1981, um menino chamado Jack Sawyer estava onde a terra e o mar se encontram, mãos nos bolsos do jeans, contemplando o impetuoso Atlântico. Tinha 12 anos e era alto para a sua idade. A brisa marinha lhe repuxava o cabelo castanho, provavelmente comprido demais, da testa lisa e delicada. Permanecia ali, a cabeça cheia das confusas e dolorosas emoções com que aprendera a conviver nos últimos três meses — desde o momento em que a mãe fechara a casa onde moravam na Rodeo Drive em Los Angeles e, numa balbúrdia de mobília, cheques e imobiliárias, alugara um apartamento no Central Park West. Foi desse apartamento que escaparam para aquele tranqüilo local de veraneio na pequena costa de New Hampshire. Ordem e rotina desapareceram do mundo de Jack. Sua vida parecia tão tumultuada, tão sem controle quanto a água agitada diante dele. Sua mãe levava-o pelo mundo, movendo-se daqui para lá, puxando-o de um lugar para outro; mas o que movia sua mãe?
A mãe estava fugindo, fugindo.
Jack olhou em volta, contemplou a praia deserta, primeiro à esquerda, depois à direita. À esquerda ficava o Arcadia Funworld, um parque de diversões que vivia sempre cheio de gente e barulho de fins de maio a inícios de setembro. Agora estava quieto e vazio, como um coração entre duas batidas. A montanha-russa era um conjunto de andaimes contra a monotonia nublada do céu; os pilares de sustentação, as cantoneiras de ferro pareciam pinceladas de carvão. Lá embaixo estava seu novo amigo, Speedy Parker, mas agora o menino não podia pensar em Speedy Parker. À direita ficava a Pousada dos Jardins do Alhambra, e foi lá que os pensamentos implacáveis tomaram conta dele. No dia da chegada, Jack pensou ter visto um arco-íris sobre as águas-furtadas do telhado holandês. Sinal de sorte, promessa de c