O Hospital Hostil – Desventuras em Série Vol. 8 – Lemony Snicket

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Um período especialmente infeliz se anuncia nas vidas aflitivas de Violet, Klaus e Sunny Baudelaire. Durante uma tenebrosa e exaustiva caminhada noturna, eles param diante do Armazém Geral Última Chance e decidem entrar para pedir ajuda.

Eles não podem recorrer aos pais (pois os perderam num incêndio), nem à polícia (que estava entre seus perseguidores noturnos), tampouco a conhecidos (pois os irmãos têm conhecidos demais, o que é quase o mesmo que não ter nenhum).

Depois da morte dos pais no incêndio, Violet, Klaus e Sunny se vêem sob os cuidados de inúmeros tutores, alguns deles cruéis, como o ganancioso e traiçoeiro Conde Olaf, o vilão que é o verdadeiro responsável por eles estarem ali, totalmente sozinhos no meio da noite, em frente ao Armazém.

Violet, Klaus e Sunny resolvem passar um telegrama para o sr. Poe, um banqueiro que fora encarregado de cuidar dos órfãos. O sr. Poe nunca se mostrou especialmente eficaz, mas pelo menos ele não era cruel, não tinha sido assassinado nem era o Conde Olaf, e essas parecem ser razões suficientes para contatá-lo.

Além de se safar de terríveis enrascadas, os Baudelaire ainda terão de suportar a estada no sinistro Hospital Heimlich e provar que não são cruéis assassinos. Esse é apenas o começo de páginas e páginas de situações desesperadoras, que contêm detalhes opressivos como um desconfiado dono de armazém, uma cirurgia desnecessária, um sistema de intercomunicadores, uma anestesia e balões em forma de coração.

Caro Leitor, Antes de atirar no chão este livro horroroso e se afastar dele tanto quanto possível, talvez seja melhor entender por que você deve fazer isso. Este é o único livro que descreve até o último detalhe a miserável estadia das crianças Baudelaire no Hospital Heimlich — e isso faz dele um dos livros mais tenebrosos do mundo. Existem muitas coisas agradáveis de ler; este livro não contém nenhuma delas. Em suas páginas, há elementos lamentáveis, tais como um desconfiadíssimo dono de armazém, uma cirurgia desnecessária e fatal, um sistema de intercomunicadores, anestesia, balões em forma de coração e uma notícia muito surpreendente sobre um incêndio. É claro que você não vai querer ler sobre essas coisas. Jurei pesquisar esta história e escrevê-la o melhor que pudesse. Portanto, é natural que eu saiba que este livro deve ser largado agora mesmo no chão, onde provavelmente você o encontrou. Respeitosamente, Lemony Snicket Desventuras em Série Livro oitavo O HOSPITAL HOSTIL de LEMONY SNICKET Ilustrações de Brett Helquist Tradução de Ricardo Gouveia 2003 Texto by Lemony Snicket 2003 Ilustrações by Brett Helquist Título original: The hostile hospital Preparação: Beatriz Antunes Revisão: Olga Cafalcchio Carmen S. da Costa Os personagens e situações desta obra são reais apenas no universo da ficção; não se referem a pessoas e fatos concretos, e sobre eles não emitem opinião. Para Beatrice — O verão sem você é frio como o inverno. O inverno sem você é mais frio ainda. CAPÍTULO Um Existem duas razões por que um escritor terminaria uma frase com a palavra "ponto" escrita toda em letras maiúsculas PONTO. A primeira é no caso de o escritor estar redigindo um telegrama, que é uma mensagem em código enviada por um fio elétrico PONTO. Em um telegrama, a palavra "ponto", toda em letras maiúsculas, é o código para indicar o final de uma frase PONTO. Mas existe uma outra razão por que um escritor terminaria uma sentença com a palavra "ponto" escrita inteiramente em letras maiúsculas, que é advertir os leitores de que o livro que estão lendo é tão absolutamente desgraçado que, se eles já começaram a ler, a melhor coisa a fazer seria parar PONTO. Este livro em particular, por exemplo, descreve um período especialmente infeliz nas vidas aflitivas de Violet, Klaus e Sunny Baudelaire, e se você tiver um pingo de juízo que seja, irá fechar este livro imediatamente, arrastá-lo para uma elevada montanha e atirá-lo do alto do cume PONTO. Não existe razão na Terra para você ler nem mais uma palavra sobre o infortúnio, a traição e o desgosto que estão reservados para as três crianças Baudelaire, do mesmo modo como não existe razão para você sair correndo para a rua e se jogar embaixo de um ônibus PONTO. Esta sentença terminada em "ponto" é a sua ultimíssima chance de fazer de conta que o aviso "PONTO" é um sinal de parada e parar com o dilúvio de desespero que o aguarda neste livro, o horror de parar o coração que começa exatamente na próxima frase, bastando para isso obedecer ao "PONTO" e parar PONTO. Os órfãos Baudelaire pararam. Era de manhã cedo, e as três crianças vinham andando havia horas pela paisagem achatada e pouco familiar. Estavam com sede, perdidas e exaustas, o que são três boas razões para interromper uma longa caminhada, mas elas também estavam assustadas, desesperadas e não muito longe das pessoas que queriam lhes fazer mal, o que são três boas razões para prosseguir. Os irmãos tinham desistido de qualquer tipo de conversa horas atrás, economizando até a última gota de energia para pôr um pé na frente do outro, mas agora sabiam que tinham de parar, nem que fosse por um momento, e conversar sobre o que fazer a seguir. As crianças estavam paradas na frente do Armazém Geral Última Chance, o único edifício que encontraram desde que começaram a sua longa e delirante caminhada noturna. A fachada da loja estava coberta de cartazes desbotados anunciando o que estava à venda, e sob a luminosidade fantas
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