Neste episódio Scully e Mulder vêem-se diante de um misterioso caso envolvendo inteligência artificial e enfrentam o conflito entre o que acham que devem fazer e o que o Departamento de Defesa dos EUA deseja que eles façam.
O Fantasma da Máquina – Arquivo X Vol. 11 – Chris Carter
INSTITUTO
SMITHSONIAN.
Então ele passou a ela uma fita marcada GRAVAÇÕES DE CONVERSAS
TELEFÔNICAS, DO SOC DA SEDE DA EURISKO.
- Acho que seria interessante fazermos uma comparação - disse ele.
E estava certo. Uma hora depois, Scully ainda estava ouvindo as fitas.
A voz de Wilczek saía com a clareza do cristal:
- Desde o princípio eu sempre soube que a Eurisko não se expandia de acordo
com o
pensamento ocidental tradicional, mas sim empregando determinadas crenças
Zen e de
outras
filosofias orientais...
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Scully apertou o botão de PAUSA. Voltou rapidamente a fita e apertou PLAY
mais uma
vez:
... filosofias orientais...
Outra pausa, a volta da fita, e PLAY mais uma vez.
... orientais...
Balançando a cabeça, Scully apertou de novo o botão de PAUSA e estendeu a
mão, para
que Mulder lhe passasse outra fita.
Ela estava a ponto de colocar a fita no gravador quando viu os olhos de Mulder
virando-se
depressa para o lado do corredor.
Jerry Lamana estava parado na porta.
- Espere só um segundo - disse Mulder a Scully.
Ele se levantou e foi falar com Jerry.
- O que é? - perguntou ele. - Como pode ver, a agente Scully e eu estamos
bastante
ocupados.
- Tenho de conversar com você - disse Jerry
Mulder olhou para Scully.
- Por que não saímos para o corredor e conversamos? - disse ele.
Jerry não se moveu.
- Olhe - disse ele. - Vim até aqui de chapéu na mão. Concordo que fiz uma
besteira. Peço
perdão. o que mais posso dizer?
- A única coisa que precisava fazer era pedir – disse Mulder, com tristeza na
voz. - Eu o
teria ajudado a preparar seu perfil do assassino.
- Você não sabe o que eu passo, Mulder - disse Jerry.
- E o que é que você passa? - perguntou Mulder.
- Já ouviu falar do que me aconteceu em Atlanta - disse Jerry - Mulder
balançou a cabeça,
sem dizer nada. E Jerry continuou, sua voz se tornando quase um lamento: - Por
causa
daquele episódio eu fiquei seis meses sob observação. Tinha de preparar
relatórios diários
sobre cada passo que dava, como qualquer agente recém-contratado.
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- Você teve má sorte - disse Mulder. - Poderia ter acontecido com qualquer um.
- Com você não! - disse Jerry, em tom de acusação.
- Não fique se martirizando, Jerry - disse Mulder, procurando acalmar o colega.
- Você é
um bom agente. Fizemos um excelente trabalho juntos.
Jerry balançou a cabeça e disse:
- Ora, vamos. A única coisa que eu fazia era acompanhar você.
- Não foi bem assim - disse Mulder. Mas sua afirmação não parecia ter muito
peso.
- Como é que você poderia saber, Mulder? - perguntou Jerry - Você estava
sempre
ocupado, como um artista no palco, arrancando aplausos da chefia o tempo
todo. Do mesmo
jeito que está fazendo agora. Está fazendo suas próprias investigações neste
caso, enquanto
eu fico aqui, totalmente no escuro.
- Nada disso, Jerry - declarou Mulder, sem olhar para Scully dessa vez. - Para
dizer a
verdade, acho bom que você tenha aparecido aqui justamente agora. Assim,
não preciso me
preocupar em lhe telefonar. A agente Scully e eu queremos sua opinião a
respeito de um
material que estamos investigando. Não é mesmo, Scully?
Scully forçou um sorriso e disse:
- É verdade. Por favor, entre, agente Lamana.
Eles se sentaram diante de um grande monitor de computador. A máquina
estava ligada a
dois gravadores de fita do tipo digital. Conforme o próprio Jerry observou, era
"um
equipamento e tanto".
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-
Com
este
equipamento
nós
podemos
produzir
espectrogramas
computadorizados -
explicou Scully. – O sistema foi desenvolvid