O Caçador De Pipas – Khaled Hosseini

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O caçador de pipas é considerado um dos maiores sucessos da literatura mundial dos últimos tempos. Este romance conta a história da amizade de Amir e Hassan, dois meninos quase da mesma idade, que vivem vidas muito diferentes no Afeganistão da década de 1970. Amir é rico e bem-nascido, um pouco covarde, e sempre em busca da aprovação de seu próprio pai. Hassan, que não sabe ler nem escrever, é conhecido por coragem e bondade. Os dois, no entanto, são loucos por histórias antigas de grandes guerreiros, filmes de caubói americanos e pipas. E é justamente durante um campeonato de pipas, no inverno de 1975, que Hassan dá a Amir a chance de ser um grande homem, mas ele não enxerga sua redenção. Após desperdiçar a última chance, Amir vai para os Estados Unidos, fugindo da invasão soviética ao Afeganistão, mas vinte anos depois Hassan e a pipa azul o fazem voltar à sua terra natal para acertar contas com o passado.

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Khaled Hosseini O caçador de pipas Romance TRADUÇÃO DE MARIA HELENA ROUANET 14° impressão EDITORA NOVA FRONTEIRA Título original: THE KITE RUNNER Copyright © 2003 by Khaled Hosseini Direitos de edição da obra em língua portuguesa no Brasil adquiridos pela EDITORA NOVA FRONTEIRA S.A. Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta obra pode ser apropriada e estocada em sistema de banco de dados ou processo similar, em qualquer forma ou meio, seja eletrônico, de fotocópia, gravação etc., sem a permissão do detentor do copirraite. EDITORA NOVA FRONTEIRA S.A. Rua Bambina, 25 - Botafogo - 22251-050 Rio de Janeiro - RJ - Brasil Tel.: (21) 2131-1111 - Fax: (21) 2537-2659 http://www.novafronteira.com.br e-mail: [email protected] CIP-Brasil. Catalogação-na-fonte Sindicato Nacional dos Editores de Livros, RJ. H821c Hosseini, Khaled O caçador de pipas / Khaled Hosseini; tradução Maria Helena Rouanet. - Rio de Janeiro : Nova Fronteira, 2005 Tradução de: The kite runner ISBN 85-209-1767-4 1. Amizade - Ficção. 2. Cabul (Afeganistão) - Ficção. 3. Romance afegão. I. Rouanet, Maria Helena. II. Título. CDD 891.593 CDU821.411.21(581)-3 Este livro é dedicado a Haris e Farab, a noor dos meus olhos, e às crianças do Afeganistão. AGRADECIMENTOS Agradeço aos seguintes colegas por seus conselhos, sua ajuda ou seu apoio: dr. Alfred Lerner, Dori Vakis, Robin Heck, dr. Todd Dray, dr. Robert Tull e dr. Sandy Chun. Agradeço também a Lynette Parker, do East San José Community Law Center, por seus esclarecimentos sobre os procedimentos da adoção, e ao sr. Daoud Wahab, por compartilhar comigo suas experiências no Afeganistão. Toda minha gratidão ao meu querido amigo Tamim Ansary, por suas sugestões e seu apoio, e à turma do San Francisco Writers Workshop, por seu retorno e encorajamento. Gostaria de agradecer a meu pai, a meu irmão mais velho e àquela que foi a inspiração para tudo o que há de nobre no personagem de baba, minha mãe, que rezou por mim e fez nazr em cada etapa da escrita deste livro; e a minha tia, que comprava livros para mim quando eu era jovem. Agradeço também a Ali, Sandy, Daoud, Walid, Raya, Shalla, Zahra, Rob e Kader, por lerem as minhas histórias. Quero ainda agradecer ao dr. e à sra. Kayoumy — meus segundos pais —, por seu apoio caloroso e inabalável. Preciso agradecer à minha agente e amiga, Elaine Koster, por sua sabedoria, paciência e gentileza, bem como a Cindy Spiegel, minha editora de olhos argutos e judiciosos, que me ajudou a abrir tantas portas nesta história. E gostaria de agradecer a Susan Petersen Kennedy, que apostou neste livro, e a toda a incansável equipe da Riverhead que trabalhou nele. Por fim, não sei como agradecer à minha adorável esposa, Roya — em cujas opiniões sou viciado —, por seu carinho e sua boa-vontade, e por ter lido, relido e me ajudado a revisar cada versão deste romance. Pela sua paciência e pela sua compreensão, vou amar você para sempre, Roya jan. UM Dezembro de 2001 Eu ME TORNEI o QUE sou HOJE aos doze anos, em um dia nublado e gélido do inverno de 1975. Lembro do momento exato em que isso aconteceu, quando estava agachado por detrás de uma parede de barro parcialmente desmoronada, espiando o beco que ficava perto do riacho congelado. Foi há muito tempo, mas descobri que não é verdade o que dizem a respeito do passado, essa história de que podemos enterrá-lo. Porque, de um jeito ou de outro, ele sempre consegue escapar. Olhando para trás, agora, percebo que passei os últimos vinte e seis anos da minha vida espiando aquele beco deserto. Um dia, no verão passado, meu amigo Rahim Khan me ligou do Paquistão. Pediu que eu fosse vê-lo. Parado ali na cozinha, com o fone no ouvido, sabia muito bem que não era só Rahim Khan que estava do outro lado daquela linha. Era o meu passado de pecados não expiados. Depois que desliguei, fui passear pelo lago Spreckels, na orla norte do parque da Golden Gate. O sol do início da tarde cintilava na água onde nav
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