Fraude – Arquivo X Vol. 5 – Chris Carter

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Ninguém é normal em Gibsonton, Flórida, Estados Unidos. Um tem três braços, outro mal ultrapassa um metro de altura. O homem-crocodilo é casado com a mulher barbada; o faquir, com o homem tatuado; e os gêmeos siameses partilham o mesmo par de pernas. Mas nada disso é motivo para os horríveis assassinatos que começaram a dizimar esse povo de circo.
Mulder e Scully investigam a bizarra morte de um contorcionista aposentado em uma cidade habitada por vários artistas de circo.

Ninguém é normal em Gibsonton, Flórida, Estados Unidos. Um tem três braços, outro mal ultrapassa um metro de altura. O homem-crocodilo é casado com a mulher barbada; o faquir, com o homem tatuado; e os gêmeos siameses partilham o mesmo par de pernas. Mas nada disso é motivo para os horríveis assassinatos que começaram a dizimar esse povo de circo. Novelização de Les Martin Baseada na série de TV Arquivo X, criado por Chris Carter Com adaptação do roteiro de Darin Morgan Tradução de José A. Ceschin Para Mary Baginski, Onde quer que esteja Arquivo X Fraude Capítulo 1 Era uma noite como aquelas que aparecem nos filmes de terror. Nuvens negras circundavam a lua, branca como um esqueleto. Grandes árvores tropicais lançavam longas sombras, iluminadas pelo luar. Em algum lugar havia uma coruja piando e um cachorro uivava sem parar. Mas os dois meninos, sozinhos no meio da noite, não estavam com medo. Tinham apenas 7 e 5 anos. Sentiam a mais completa segurança, brincando na piscina do fundo do quintal. E não viram a criatura que se arrastava silenciosamente, indo na direção deles. A criatura tinha cabeça e corpo de homem. Mas o corpo era coberto de escamas como as dos peixes, da cabeça aos pés, como um monstro marinho saído de um pesadelo. Os meninos continuavam brincando na água, rindo e gritando de alegria, enquanto a criatura se aproximava cada vez mais. Sem fazer nenhum barulho o monstro entrou na água, em uma das extremidades da piscina. Invisível como um submarino, foi na direção dos meninos. Então, com um rugido horroroso, explodiu na superfície da água. Os meninos não tinham chance alguma de escapar. A única coisa que podiam fazer era gritar. Mas irromperam na mais estrondosa gargalhada. — Papai, pode parar com isso! — disse o mais jovem. — Eu sabia que era você o tempo todo, papai — declarou o mais velho. — Sabia é? — perguntou Jerald Glazebrook. — Pois bem, agora eu peguei vocês! Glazebrook agarrou Robert, seu filho mais velho, e começou a lutar com ele na água. — Pára, papai! — gritou Robert, enquanto brincava de lutar com o pai, dentro da piscina. Lionel, o menino mais novo, decidiu entrar na brincadeira. E pulou nas costas do pai, agarrando-o pelo pescoço. — Ei! Dois contra um não vale — disse Glazebrook. Mas deixou que a brincadeira continuasse durante mais alguns minutos. Finalmente afastou de si os dois meninos. — Já chega, rapazes — pediu ele. — O velho já não agüenta mais. Estou fora de forma desde que comecei a viajar. Tenho de dar espetáculos demais, e não me sobra tempo para os exercícios. — Estou feliz por vê-lo de volta em casa, papai — disse Robert. — Também fico contente que tenha voltado — disse Lionel. — Viu muita coisa estranha na sua viagem desta vez? — perguntou Robert. — Vou ter o inverno inteiro para poder contar-lhes tudo — respondeu Glazebrook. — Mas, agora, sua mãe quer que vocês se preparem para ir dormir. Sorrindo, ele tirou os dois meninos da piscina, um de cada vez. Deu um tapinha de brincadeira no traseiro de cada um e ficou observando-os enquanto corriam para dentro de casa. E espreguiçou-se. As escamas molhadas reluziam sob a luz do luar. Ele olhou para a água. Talvez pudesse nadar um pouco. Seria bom para começar a voltar à velha forma. Glazebrook parecia um monstro marinho, mas não nadava como uma criatura da água. De fato, era bastante desajeitado dentro da piscina, mas mergulhou assim mesmo. Depois de ter dado umas dez voltas já estava quase sem fôlego e resolveu que era o bastante para aquela noite. No dia seguinte talvez conseguisse chegar a dar quinze voltas. Por enquanto, ficaria boiando de
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