Filosofia Medieval – Alfredo Storck

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Esse livro oferece um panorama da filosofia no período medieval e analisa sua transmissão, principais características e formas literárias de expressão, mostrando que ela não se resume à filosofia cristã.

Coleção PASSO-A-PASSO CIÊNCIAS SOCIAIS PASSO-A-PASSO Direção: Celso Castro FILOSOFIA PASSO-A-PASSO Direção: Denis L. Rosenfield PSICANÁLISE PASSO-A-PASSO Direção: Marco Antonio Coutinho Jorge Ver lista de títulos no final do volume Alfredo Storck Filosofia medieval Copyright © 2003, Alfredo Carlos Storck Copyright desta edição © 2003: Jorge Zahar Editor Ltda. rua Marquês de São Vicente 99, 1º andar 22451-041 Rio de Janeiro, RJ tel (21) 2529-4750 / fax (21) 2529-4787 [email protected] www.zahar.com.br Todos os direitos reservados. A reprodução não-autorizada desta publicação, no todo ou em parte, constitui violação de direitos autorais. (Lei 9.610/98) Capa: Sérgio Campante ISBN: 978-85-378-0568-8 Arquivo ePub produzido pela Simplíssimo Livros Sumário Introdução Da Roma Antiga ao mundo medieval A via do islã A escolástica latina medieval A filosofia do século XIII Seleção de textos Referências e fontes Leituras recomendadas Sobre o autor Lecturis salutem (Palavras usualmente empregadas por copistas no início de seu trabalho) A filosofia do século XIII A partir da segunda metade do século XII, o Ocidente latino começa a tomar contato com o imenso conjunto de obras árabes e gregas que representavam, em praticamente todos os domínios do saber, um enorme avanço científico. A matemática, a medicina, a óptica e as demais ciências eram praticadas entre os árabes com um grau de sofisticação e rigor jamais alcançado. A assimilação desse conhecimento foi gradativa e dependente de sucessivas traduções. No que diz respeito à filosofia aristotélica, a situação é particularmente intrincada. As obras de Aristóteles foram primeiramente traduzidas do árabe para o latim e, apenas em um segundo momento, diretamente do grego para o latim. A Física e a Metafísica foram objeto de reiteradas traduções, algumas parciais, outras de qualidade não tão boa. Certas traduções ficaram famosas. Outras foram rapidamente esquecidas. Dentre todos, talvez o mais importante tradutor tenha sido Guilherme de Moerbeke, que durante os anos 1260 a 1280 traduziu ou revisou praticamente todas as obras de Aristóteles, incluindo, pela primeira vez, a Política e a Poética. As traduções de Guilherme, com exceção das obras lógicas, rapidamente tornaram-se as mais populares. Como ocorre freqüentemente em períodos de grande mudança e de surgimento de novas idéias, a assimilação das ciências de origem grega e árabe não se deu sem conflitos. Em 19 de março de 1255, o aristotelismo foi oficialmente adotado na Universidade de Paris. A Faculdade das Artes proclamou novos estatutos impondo o estudo de todas as obras conhecidas de Aristóteles, ato que a transformou praticamente em uma faculdade de filosofia. Surgiram então várias disputas e conflitos, com desigual força, sobre a natureza do conhecimento humano, sua justificação e suas pretensões. Em linhas gerais, esses conflitos são facilmente compreensíveis. As novas traduções apresentavam uma nova concepção de mundo. Assim, de um momento a outro, o Ocidente latino viu-se defrontado ao problema de assimilar uma grande quantidade de conhecimentos que explicava o mundo de uma maneira melhor, com mais rigor e, sobretudo, de forma independente da religião cristã. Face a esse quadro, as reações cristãs tomaram tanto a forma de condenações institucionais quanto a do debate de idéias. Em 1241, o bispo de Paris, Guilherme de Auvergne, condena dez proposições, mas, ao que tudo indica, essa censura teve dificuldades para se impor, pois sua reiteração fez-se necessária em 1243, 1244 e 1246. Em 1270, um outro bispo de Paris, Estêvão Tempier, condena 13 proposições filosóficas, dentre elas as afirmações da eternidade do mundo e de que, no momento da morte, a alma se corrompe juntamente com o corpo. Dois anos mais tarde, a Faculdade das Artes precisou, sob a pressão dos teólogos, promulgar novos estatutos que impediam o debate, no interior daquela instituição, de teses teológ
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