Esfera – Michael Crichton

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Já adaptado ao cinema com Sharon Stone, Dustin Hoffman e Samuel L. Jackson nos papéis principais este empolgante romance de Michael Crichton ( o autor de Parque Jurássico, Canibais, entre outros) fala-nos de uma intrigante e admirável descoberta feita no Pacífico Sul. A mil pés da superfície da água foi encontrada uma nave espacial de dimensões descomunais e que, embora tudo indique que tenha caído do céu, parece estar intacta. Mas a equipa de cientistas encarregue de investigar a nave vai ainda fazer uma outra descoberta absolutamente surpreendente. É que a nave parece ter, no mínimo, trezentos anos.

MICHAEL CRICHTON ESFERA Tradução de Isabel Veríssimo Título Original: Sphere Para Lynn Nesbit ”Quando um cientista vê as coisas, não considera de forma alguma o incrível” - LOUIS I KAHN ”Não se pode enganar a natureza” - RICHARD FEYNMAN Durante a preparação deste manuscrito, recebi ajuda e encorajamento de Caroline Conley, Kurt Villadsen, Lisa Plonsker, Valery Pine, Anne-Marie Martin, John Deubert, Lynn Nesbit e Bob Gottlieb. Estou grato a todos eles. A SUPERFÍCIE A OESTE DE TONGA Durante muito tempo o horizonte não tinha passado de uma monótona linha azul, direita, que separava o oceano Pacífico do céu. O helicóptero da Marinha avançou velozmente em frente, a voar a baixa altitude, perto das ondas. Apesar do ruído e da vibração intensa das pás, Norman Johnson adormeceu. Estava cansado; andava a viajar em diversos aviões militares há mais de catorze horas. E não era propriamente o género de coisa que um professor de Psicologia com 53 anos de idade estava acostumado a fazer. Não fazia a menor ideia de quanto tempo tinha dormido. Quando acordou, viu que o horizonte ainda estava plano; à frente viam-se semicírculos brancos de atóis de coral. Ele disse pelo intercomunicador: – Que é aquilo? – As ilhas de Ninihina e Tafahi - respondeu o piloto. Tecnicamente, fazem parte de Tonga, mas estão desabitadas. Dormiu bem? – Nada mal. - Norman olhou para as ilhas enquanto elas ficavam para trás; uma curva de areia branca, algumas palmeiras e depois tudo desapareceu. De novo o oceano plano. – De onde é que veio? - perguntou o piloto. – San Diego - disse Norman. - Saí de lá ontem. – Então, fez Honolulu-Guam-Pago até aqui? – Isso mesmo. – Uma viagem muito longa – disse o piloto. - Que tipo de trabalho faz o senhor? – Sou psicólogo – respondeu Norman. – Um psiquiatra, hem? - O piloto sorriu. – Por que não? Eles convocaram quase tudo o que se pode imaginar. – Que quer dizer com isso? – Temos andado a transportar pessoas de Guam ao longo dos últimos dois dias. Médicos, biólogos, matemáticos, tudo o que possa imaginar. Toda a gente está a ser trazida para o meio de sítio nenhum, em pleno oceano Pacífico. – Que se passa? - perguntou Norman. O piloto olhou-o de relance e os seus olhos estavam inperscrutáveis por detrás dos óculos escuros de aviador. – Eles não nos disseram nada, sir. E ao senhor? Que lhe disseram? – Disseram-me - respondeu Norman - que houve um acidente aéreo. – Pois - disse o piloto. - E o senhor é chamado quando caem aviões? – Já fui, sim. Há uma década que Norman constava da lista das equipas de salvamento da Força Aérea, uma lista de peritos que eram chamados de urgência para investigar desastres aéreos civis. A primeira vez tinha sido na queda do avião da United Airlines em San Diego, em 1976, depois, tinha sido chamado para Chicago, em 1978, e Dálias, em 1982. De todas as vezes, o padrão fora o mesmo - o telefonema apressado, fazer as malas à pressa, a ausência de uma semana ou mais. Desta vez, a mulher, Ellen, tinha ficado aborrecida porque ele estava a ser chamado no dia 1 de Julho, o que significava que perderia o churrasco na praia, que faziam sempre no dia 4 de Julho. Para além do mais, Tim ia voltar no fim do segundo ano na universidade em Chicago, antes de ir para um emprego de Verão nas Cascades. E Amy, que estava agora com 16 anos, tinha acabado de chegar de Andover, e Amy e Ellen não se davam muito bem se Norman não estivesse lá para mediar. O Volvo estava novamente a fazer ruídos. E era muito possível que Norman não estivesse presente no aniversário da mãe, na semana seguinte. – Que acidente foi esse? - tinha dito Ellen. - Não ouvi falar em nenhum acidente aéreo. Ligara o rádio enquanto ele fazia as malas. No rádio não tinham dado qualquer notícia de um acidente de uma companhia aérea. Quando o carro parou à frente da casa, Norman tinha ficado surpreendido ao ver que era um carro oficial da Marinha, como um mot
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