A Hospedeira – Stephenie Meyer

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Melanie Stryder se recusa a desaparecer. Nosso planeta foi dominado por um inimigo que não pode ser detectado. Os humanos se tornaram hospedeiros dos invasores. Suas mentes são extraídas enquanto seus corpos permanecem intactos e prosseguem suas vidas aparentemente sem alteração. A maior parte da humanidade sucumbiu a tal processo.
Quando Melanie, um dos humanos “selvagens” que ainda restam, é capturada, ela tem certeza de que será seu fim. Peregrina, a “alma” invasora designada para o corpo de Melanie, foi alertada sobre os desafios de viver dentro de um ser humano: as emoções irresistíveis, o excesso de sensações, a persistência das lembranças e das memórias vívidas. Mas há uma dificuldade pela qual Peregrina não esperava: a antiga ocupante de seu corpo se recusa a desistir da posse de sua mente.
Peregrina investiga os pensamentos de Melanie com o objetivo de descobrir o paradeiro dos remanescentes da resistência humana. Entretanto, Melanie ocupa a mente de sua invasora com visões do homem que ama: Jared, que continua incapaz de se separar dos desejos de seu corpo. Peregrina começa a se sentir intensamente atraída por alguém a quem foi submetida em uma espécie de exposição forçada.
Quando os acontecimentos fazem de Melanie e Peregrina improváveis aliadas, elas partem em uma busca incerta e perigosa pelo homem que ambas amam.

CAPÍTULO 5 Desconfortada — Olá, Peregrina! Entre. Por que não escolhe uma poltrona e fica à vontade? Hesitei na soleira da porta do consultório da Confortadora, um pé do lado de dentro, o outro do lado de fora. Ela sorriu, apenas um minúsculo movimento nos cantos da boca. Era muito mais fácil ler expressões faciais agora; as pequenas contrações e alterações musculares se tornaram familiares depois de meses de exposição. Eu podia ver que a Confortadora achava minha relutância um pouco divertida. Ao mesmo tempo, dava para sentir sua frustração por eu ainda ficar apreensiva quando a procurava. Com um suspiro baixinho de resignação, entrei no pequeno cômodo de cores brilhantes e sentei-me na poltrona de sempre — a vermelha balofa, que era a que ficava mais longe de onde ela se sentava. Os lábios dela se franziram. Para evitar seu olhar atento, fiquei olhando fixamente pelas janelas, para as nuvens que corriam na frente do sol. O leve cheiro da maresia soprava suavemente pela sala. — Então, Peregrina. Há tempos você não aparece para me ver. Encarei seus olhos com um pouco de culpa. — Deixei uma mensagem sobre o nosso último compromisso. É que um estudante meu pediu para me ver. — Sim, eu sei. — Ela deu o sorriso minúsculo outra vez. — Recebi sua mensagem. Ela era atraente para uma mulher mais velha, em se tratando de humanos. Havia deixado os cabelos no tom grisalho natural — mais para o branco que para o prata, e os mantinha longos, puxados para trás num rabo de cavalo solto. Seus olhos eram de um matiz de verde que nunca tinha visto em outra pessoa. — Sinto muito — disse, já que pareceu que ela estava esperando uma reação. — Tudo bem. Compreendo. Vir aqui é difícil para você. Você gostaria muito que não fosse necessário. Nunca foi necessário para você antes. Isso a está assustando. Fiquei olhando fixo para o chão de madeira. — Sim, Confortadora. — Eu sei que pedi que me chamasse de Kathy. — Sim... Kathy. Ela riu ligeiramente. — Você ainda não fica à vontade com nomes humanos, fica, Peregrina? — Não. Para ser honesta, parece... uma capitulação. Ergui os olhos para vê-la acenar lentamente em concordância. — Bem, posso compreender por que você, especialmente, se sentiria desse modo. Engoli alto quando ela disse isso e fixei o olhar no chão outra vez. — Vamos falar de algo mais fácil por enquanto — sugeriu Kathy. — Você continua a gostar do seu Chamado? — Continuo. — Isso era mais fácil. — Eu comecei um novo semestre. Bem que me perguntei se não ficaria cansativo, repetir o material, mas até aqui não ficou. Ter novos ouvintes faz as histórias novas outra vez. — Tive boas notícias de Curt sobre você. Ele diz que sua turma está entre as mais requisitadas da universidade. Minhas faces esquentaram um pouco ao ouvir o elogio. — É bom ouvir isso. Como vai seu companheiro? — Curt está ótimo, obrigada. Nossos hospedeiros estão em excelente forma para a idade que têm. Temos muitos anos à nossa frente, eu acho. Fiquei curiosa para saber se ela permaneceria neste mundo, se iria mudar-se para um novo hospedeiro humano quando chegasse a hora ou se iria partir. Mas não queria fazer perguntas que pudessem nos levar a áreas mais difíceis de discussão. — Gosto de lecionar — disse em vez disso. — É um pouco ligado ao meu Chamado com as Algas Visionárias, então fica mais fácil do que algo menos familiar. Sou grata a Curt por ter me requisitado. — Eles têm sorte de poder contar com você — sorriu Kathy carinhosamente. — Você sabe quanto é raro um professor de história ter experiência ao menos de dois planetas no currículo? Você, porém, viveu uma duração em quase todos eles. E em Origem, além disso! Não há uma escola neste planeta que não adoraria roubá-la de nós. Curt está tramando maneiras de manter você ocupada, de modo que não tenha tempo de pensar em se mudar. — Professor honorário — corrigi-a. Kathy sorriu e então respirou fundo, o sorriso desaparecendo lentamente. — Você não vem me ver há tanto tempo que fiquei pensando se seus problema
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