A Escolha – Nicholas Sparks

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Travis Parker possui tudo o que um homem poderia ter: a profissão que desejava, amigos leais, e uma linda casa beira-mar na pequena cidade de Beaufort, Carolina do Norte. Com uma vida boa, seus relacionamentos amorosos são apenas passageiros e para ele, isso é o suficiente. Até o dia em que sua nova vizinha, Gabby, aparece na porta. Apesar de suas tentativas de ser gentil, a ruiva atraente parece ter raiva dele. Ainda sim, Travis não consegue evitar se engraçar com Gabby e seus esforços persistentes o levam a uma jornada que ninguém poderia prever. Abrangendo os anos agitados do primeiro amor, casamento e família, A Escolha nos faz confrontar a questão mais cruel de todas: Até onde você iria manter o amor de sua vida?

Nicholas Sparks A Escolha Tradução Ivar Panazzolo Júnior Capítulo 5 Durante as duas semanas seguintes, Gabby se tornou especialista em entrar e sair discretamente, especialmente na própria casa. Ela não tinha outra escolha. O que ela poderia dizer a Travis? Ela fez papel de idiota, e ele deixou a situação ainda mais insuportável ao tratar aquilo como se não tivesse importância. Obviamente, aquilo significava que ir e voltar estavam sujeitos a um novo conjunto de regras, no qual "evitar encontros" era a regra número 1. A única coisa que lhe trazia um pouco de alívio - a única coisa positiva que ela conseguiu extrair de toda aquela experiência - foi ter se desculpado quando estava na clínica dele. Estava ficando cada vez mais difícil manter aquela situação, entretanto. No início, tudo que ela precisava fazer era estacionar dentro da sua garagem, mas agora que Molly estava perto de ter os filhotes, Gabby teve de começar a estacionar na calçada para que a cadela pudesse construir seu ninho. Isso significava que, naqueles dias, Gabby teria de ir e vir quando tivesse certeza de que Travis não estava em casa. Ela chegou à conclusão de que não precisaria se esquivar por cinquenta anos; na verdade, ela pensava que alguns meses, ou talvez um semestre, seriam suficientes. Qualquer que fosse a quantidade de tempo, aquilo parecia ser um intervalo longo o bastante para que ele se esquecesse de tudo, ou pelo menos para que as memórias da maneira como ela agiu começassem a desaparecer. Ela sabia que o tempo tinha a característica de ofuscar os limites da realidade, até que apenas uma imagem borrada restasse, e, quando aquilo acontecesse, ela voltaria a ter uma rotina normal. Começaria aos poucos - um aceno aqui e ali ao entrar no carro, talvez um aceno quando estivesse no seu deque, no quintal, caso eles se vissem - e a coisa continuaria daquele ponto em diante. Com o tempo, ela pensou que ficaria bem - talvez eles até mesmo rissem juntos algum dia, lembrando da ocasião em que se conheceram -, mas até lá, preferia viver como uma espiã. Ela teve de observar os horários de Travis, é claro. Não foi difícil - uma rápida olhada no relógio quando ele se preparava para sair de casa pela manhã, enquanto olhava pela janela da cozinha. Voltar para casa do trabalho era ainda mais fácil; ele geralmente estava remando seu barco ou andando de jet ski quando ela chegava, mas, por outro lado, aquilo fazia com que as noites se transformassem no pior dos problemas. Como ele estava lá fora, ela tinha de ficar dentro de casa, não importa o quanto o pôr do sol estivesse maravilhoso, e, a menos que ela fosse à casa de Kevin, acabava passando as noites estudando seu livro de astronomia - aquele que ela havia comprado na esperança de impressionar Kevin com seus conhecimentos sobre o espaço sideral enquanto eles observavam o céu. Infelizmente, aquilo ainda não havia acontecido. Ela imaginava que poderia ter tido uma atitude mais adulta em relação a tudo aquilo, mas tinha uma sensação estranha de que, se estivesse frente a frente com Travis, iria perceber que estava se lembrando em vez de escutando, e a última coisa que ela queria era deixar a situação ainda pior do que a impressão que já tinha causado. E, também, ela tinha outras coisas em mente. Por exemplo, Kevin. Na maioria das noites, ele vinha até a casa dela e ficava por algum tempo, e ele até mesmo passou o último fim de semana com ela, depois do seu habitual jogo de golfe, claro. Kevin adorava golfe. Eles também saíram três vezes para jantar e duas vezes para ir ao cinema, e passaram uma parte da tarde de domingo na praia. Alguns dias atrás, enquanto estavam no sofá, ele tirou os sapatos dela enquanto bebiam vinho. - O que você está fazendo? - Achei que você gostaria que eu lhe fizesse uma massagem nos pés. Aposto que eles estão doloridos depois de você passar o dia inteiro de pé. - Seria melhor se eu os lavasse antes. - Não me importo se eles estão limpos ou sujos. E, além disso, e
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