Uma caixa lendária. Um deus traidor. Um guerreiro buscando perdão. No universo dos deuses, a vida é mais do que nuvem e poderes. Tão reais quanto os problemas que os mortais vivem na terra, a inveja, a traição e a maldade também estão presentes no Olimpo. Kratos é um guerreiro grego que trabalha para os deuses do Olimpo. Com a promessa de ser transformado em um guerreiro perfeito por Ares, o Deus da Guerra, Kratos, enganado por ele, acidentalmente mata a sua família, e segue amaldiçoado pela cinza da morte de seus entes queridos. Decidido a não servir mais a Ares, Kratos, através de flashbacks ao longo de toda a história, é atormentado pela lembrança de seus atos e procura os outros deuses para fazer um trato e servi-los por dez anos. Ao final desse acordo, o guerreiro procura por Atena, que o livrará dos tormentos e o perdoará por todos os seus atos, mas com uma condição, que ele mate Ares. Kratos aceita a tarefa, mas para realizá-la, terá que encontrar e usar a poderosa Caixa de Pandora, que esconde todos os mistérios do universo. Mas tão grande quanto o poder de possuí-la, está a responsabilidade de usá-la e nem nos seus piores pesadelos, Kratos imaginava o que o destino estava guardando para ele. Com uma narrativa tão intensa e desconcertante quanto a proposta no jogo, “God of War” – traduzido por Flávia Gasi, uma maiores especialistas em games do país – , prende o leitor da primeira a última página e o convida a largar o joystick e ser guiado por Kratos nessa aventura épica.
God Of War – God of War Vol.1 – Matthew Stover, Robert E. Vardeman
Ficha Técnica
Copyright © Matthew Stover e Robert E. Vardeman
Todos os direitos reservados.
Tradução para a língua portuguesa © 2012 by Texto Editores Ltda.
Título original: God of War
Diretor editorial: Pascoal Soto
Editora: Tainã Bispo
Coordenação editorial externa: Taís Gasparetti
Tradução: Flávia Gasi
Preparação de texto: Eduardo Hiroshi Kobayashi
Revisão: Alexander Barutti Azevedo Siqueira
Revisão da tradução: Carolina Costa
Diagramação: A2
Adaptação da capa original: Gabriel Calou
God of War é uma obra de ficção. Nomes, lugares e ocorrências são produtos da imaginação dos autores e usados de forma ficcional.
God of War é uma marca registrada da Sony Computer Entertainment America LLC. Copyright © 2005-2010 da Sony Computer Entertainment America LLC. “Playstation” e o logo da família “PS” são marcas registradas da Sony Computer Entertainment Inc. Todos os direitos reservados.
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
Vardeman, Robert E.
God of War / Robert E. Vardeman e Matthew Stover ; tradução Flávia Gasi.
-- São Paulo : Leya, 2012.
Título original: God of War
ISBN 9788580446753
1. Ficção norte-americana I. Stover, Matthew. II. Título.
12-12870 CDD-813
Índices para catálogo sistemático:
1. Ficção : Literatura norte-americana 813
2012
Texto Editores Ltda.
[Uma editora do Grupo LeYa]
Rua Desembargador Paulo Passaláqua, 86
01248-010 – Pacaembu – São Paulo – SP
www.leya.com.br
Seis
Kratos estava na torre que governava a muralha sobre o Pireu. De lá, ele podia ver as enormes Longas Muralhas que ligavam o porto com a cidade de Atenas, mais de três quilômetros pelo interior. Embora, como um espartano, ele considerasse os atenienses fracos, covardes e geralmente inúteis, nesse dia ele teria de lhes atribuir certo respeito relutante. Com apenas alguns cidadãos como soldados protegendo-as, essas grandes muralhas ainda estavam quase intactas. Uma conquista impressionante, mesmo contra um exército convencional.
Contra as hordas de Ares de harpias, legionários mortos-vivos, ciclopes e sabe-se que outras monstruosidades rastejavam das profundezas de Hades, a capacidade dos atenienses de protegerem suas muralhas era surpreendente – algo que Kratos não teria acreditado, se não tivesse visto com os próprios olhos.
– Dizem que o Deus da Guerra, Ares em pessoa, toma o campo contra nós – disse o exausto e caolho capitão da torre de guarda. – Fantasma de Esparta, não é?
Kratos ignorou-o. A última coisa de que precisava era dar a esses patéticos soldados amadores uma desculpa para se afastar. Sua mente estava focada em outra coisa, em que ele não teria acreditado, a menos que tivesse visto com os próprios olhos; ele virou-se para lançar o olhar em direção ao mar, na esperança de ter um vislumbre da última vela do seu antigo navio desaparecendo no horizonte.
Coeus e muitos dos outros haviam provado o seu valor a ele. Tê-los ao seu lado, por apenas um breve instante, não mudaria o resultado dessa batalha, mas daria ao novo capitão do navio e à sua tripulação a chance de morrer nobremente em batalha. Navegar mar adentro, como eles fizeram, apenas adiava suas mortes.
A menos que Ares fosse barrado nos muros de Atenas.
E enquanto Kratos escapava do navio na escura madrugada, a estátua de Atena na proa falou com ele mais uma vez – para lembrá-lo de que a morte de Ares lhe renderia o perdão por seus crimes. Como se ele precisasse ser lembrado. Atena também lhe falou de seu Oráculo em Atenas; o Oráculo diria a ele como derrotar o Deus da Guerra.
Ele voltou sua atenção mais uma vez para a batalha em Atenas. As legiões de Ares foram reunidas principalmente contra a própria cidade – e não de maneira uniforme. Por alguma razão que Kratos não podia compreender, as criaturas pareciam evitar os bosques e grutas que delimitavam o campo em torno da cidade. Kratos sacudiu a cabeça, sem entender – atear fogo nos bosques faria mais sentido, mas o Deus da Guer