Conan, O Bárbaro – Robert E. Howard

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Pela primeira vez, o público brasileiro terá a oportunidade de apreciar o único romance escrito por Robert E. Howard, criador do personagem Conan, o bárbaro. Neste livro, também são publicados três contos inéditos: “Além do Rio Negro”, “As negras noites de Zamboula” e “Os profetas do Círculo Negro”. O leitor se deliciará com narrativas épicas, repletas de reviravoltas e de personagens complexos, guerreiros, batalhas espetaculares, piratas, monstros saídos dos golfos da noite, belas mulheres e feiticeiros, que irão hipnotizá-lo do início ao fim do livro. Conheça as histórias que inspiraram gerações de leitores, escritores e roteiristas, e que também serviram de base para o filme Conan, o bárbaro. Leitura obrigatória para apreciadores de literatura fantástica e do gênero espada & feitiçaria.

          “Saiba, ó príncipe, que entre os anos em que os mares engoliram a Atlântida e as cidades brilhantes, e os anos do surgimento dos Filhos de Aryas, houve uma era inimaginada, quando reinos esplendorosos se espalharam pelo mundo como mantos azuis sob as estrelas – Nemédia, Ophir, Britúnia, Hiperbórea; Zamora, com suas mulheres de cabelos negros e torres de mistério assombradas por aranhas; Zingara e sua nobreza; Koth, que fazia fronteira com as terras pastoris de Shem; Stygia, com suas tumbas guardadas por sombras; Hirkânia, cujos cavaleiros vestiam aço, seda e ouro. Porém, o reino mais orgulhoso do mundo era a Aquilônia, reinando suprema no oeste sonhador. Para cá veio Conan, o cimério de cabelos negros, olhar sombrio e espada na mão, um ladrão, saqueador e matador, com gigantescas melancolias e gigantesca alegria, para pisar os tronos adornados de jóias, da Terra, com seus pés calçados em sandálias”. Crônicas da Nemédia             Crédito aos tradutores desse ebook:   Cláudio Salles Carina, Doutora Marisa Queiroz, Madalena Sallenave, Silvio Britto, Gysa Antony de Aragão., Fernando Neeser de Aragão, Júlia Bárány e José Antonio Ceshin     Crédito da capa e arte do ebook:   http://acts2028.deviantart.com/art/conan-75438422; http://memed.deviantart.com/art/Conan-373497126     Crédito dos Artigos:   http://cronicasdacimeria.blogspot.com.br http://www.sitelovecraft.com/   CIMÉRIA   Escrito em Mission, Texas, fevereiro de 1932; inspirado na lembrança das colinas próximas a Fredericksburg, vistas na névoa de uma chuva de inverno. Robert E. Howard       CIMÉRIA     Eu me lembro Das florestas escuras, mascarando encostas de colinas sombrias; Da perpétua abóbada plúmbea em pesadas nuvens; Das correntes crepusculares que fluíam em silêncio, E dos ventos solitários, sussurros no desfiladeiro.     Paisagens se sobrepondo, colinas sobre colinas. Encosta por encosta, cada uma povoada de árvores tristes, Nossa terra descarnada jazia. E quando um homem subia Um pico áspero e contemplava, olhos protegidos, Via nada além da paisagem infinita — colina sobre colina, Encosta por encosta, cobertas como suas irmãs.     Era terra de melancolia que parecia abrigar Todos os ventos e nuvens c sonhos afugentados do sol. Os galhos despidos agitavam-se por ventos solitários, E florestas recolhidas, de todo meditativas, Nem mesmo iluminadas pelo sol raro e esmaecido, Que tornava homens, sombras encolhidas; eles a chamavam de Ciméria, terra da Noite e das Trevas     Foi há tanto tempo, tão longe daqui Que esqueci até mesmo o nome pelo qual os homens me chamavam O machado e a lança de ponta em sílex são como um sonho, E caçadas e guerras, sombras. Lembro-me Apenas da quietude daquela terra severa, Das nuvens empilhadas sobre as colinas, Do esmaecer das florestas eternas. Ciméria, terra da Noite e das Trevas.     Oh, alma minha, nascida das colinas encobertas, De nuvens e ventos e fantasmas afugentados do sol. Quantas mortes servirão para romper, afinal, A herança que me envolve em tristes Vestes de fantasmas? Busco meu coração e encontro Ciméria, terra da Noite e das Trevas.   A FÊNIX NA ESPADA The Phoenix on the Sword     “Saiba, ó príncipe, que entre os anos em que os mares engoliram a Atlântida e as cidades brilhantes, e os anos do surgimento dos Filhos de Aryas, houve uma era inimaginada, quando reinos esplendorosos se espalharam pelo mundo como mantos azuis sob as estrelas – Nemédia, Ophir, Britúnia, Hiperbórea; Zamora, com suas mulheres de cabelos negros e torres de mistério assombradas por aranhas; Zingara e sua nobreza; Koth, que fazia fronteira com as terras pastoris de Shem; Stygia, com suas tumbas guardadas por sombras; Hirkânia, cujos cavaleiros vestiam aço, seda e ouro. Porém, o reino mais orgulhoso do mundo era a Aquilônia, reinando suprema no oeste sonhador. Para cá veio Conan, o cimério de cabelos negros, olhar sombrio e espada na mão, um ladrão, saqueador e matador, com gigantescas melancolias
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