Quando Anastasia Steele entrevista o jovem empresário Christian Grey, descobre nele um homem atraente, brilhante e profundamente dominador. Ingênua e inocente, Ana se surpreende ao perceber que, a despeito da enigmática reserva de Grey, está desesperadamente atraída por ele. Incapaz de resistir à beleza discreta, à timidez e ao espírito independente de Ana, Grey admite que também a deseja – mas em seus próprios termos. Chocada e ao mesmo tempo seduzida pelas estranhas preferências de Grey, Ana hesita. Por trás da fachada de sucesso – os negócios multinacionais, a vasta fortuna, a amada família -, Grey é um homem atormentado por demônios do passado e consumido pela necessidade de controle. Quando eles embarcam num apaixonado e sensual caso de amor, Ana não só descobre mais sobre seus próprios desejos, como também sobre os segredos obscuros que Grey tenta manter escondidos…
Cinquenta Tons de Cinza – Livro 1 – E. L. James – 50 Tons de Cinza
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AGRADECIMENTOS
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Por toda a ajuda e o apoio, sou grata às seguintes pessoas:
A meu marido, Niall. Obrigada por tolerar minha obsessão, por ser um deus doméstico e por fazer a primeira revisão do livro.
A minha chefe, Lisa. Obrigada por me aturar no último ano, enquanto eu me entregava a esta loucura.
A CCL. Nunca vou contar, mas obrigada.
Às bunker babes originais. Obrigada pela amizade e pelo apoio permanente.
A SR. Obrigada por todos os conselhos práticos desde o início.
A Sue Malone. Obrigada pela ajuda.
A Amanda e a todas as TWCS. Obrigada pela aposta.
CAPÍTULO UM
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Encaro a mim mesma no espelho, frustrada. Maldito cabelo, que simplesmente não me obedece, e maldita Katherine Kavanagh que resolveu ficar doente e me submeter a essa tortura. Eu deveria estar estudando para as provas finais, que são daqui a uma semana, mas estou tentando amansar meu cabelo com a escova. Não devo dormir com ele molhado. Não devo dormir com ele molhado. Recitando várias vezes esse mantra, tento, mais uma vez, escová-lo até domá-lo. Reviro os olhos, exasperada, e fito a garota pálida de cabelo castanho e olhos azuis grandes demais para o rosto que me devolve o olhar, e desisto. Minha única opção é prender o cabelo rebelde num rabo de cavalo e torcer que eu esteja mais ou menos apresentável.
Kate é a garota com quem divido a casa, e ela escolheu logo hoje para ser vencida pela gripe. Portanto, não pode fazer a entrevista que conseguiu, com um megamagnata industrial de quem nunca ouvi falar, para o jornal da faculdade. Então ela me convocou como voluntária. Preciso meter a cara para as provas finais, tenho um ensaio para terminar e devia trabalhar hoje à tarde, mas não: vou dirigir duzentos e setenta quilômetros até o centro de Seattle para encontrar o enigmático CEO da Grey Enterprises Holdings, Inc. Como empresário excepcional e principal benemérito de nossa universidade, seu tempo é extraordinariamente precioso — muito mais precioso que o meu —, mas ele concordou em falar com Kate. Uma grande conquista, diz ela. Malditas atividades extracurriculares de Kate.
Ela está encolhida no sofá da sala.
— Ana, me desculpe. Levei nove meses para conseguir essa entrevista. Vou levar mais seis para remarcar, e a essa altura nós duas já estaremos formadas. Como editora, não posso cancelar tudo. Por favor — Kate implora, com a voz rouca por causa da dor de garganta.
Como ela faz isso? Mesmo doente, está graciosa e muito bonita, o cabelo louro-avermelhado no lugar e os olhos verdes luminosos, apesar de um pouco congestionados e lacrimejantes. Ignoro meu sentimento inoportuno de solidariedade.
— Claro que vou, Kate. E você deve voltar para a cama. Quer um remédio para gripe? Ou um Tylenol?
— Um remédio para gripe, por favor. Aqui estão as perguntas e o meu gravador. Basta apertar esse botão. Tome notas, eu transcreverei tudo.
— Não sei nada sobre ele — murmuro, tentando em vão conter meu pânico crescente.
— As perguntas vão ajudá-la. Vá. A viagem é longa. Não quero que se atrase.
— Tudo bem. Estou indo. Volte para a cama. Fiz uma sopa para você esquentar mais tarde. — Olho para ela com carinho. Só por você, Kate, eu faria isso.
— Vou esquentar. Boa sorte. E obrigada, Ana. Como sempre você está salvando a minha vida.
Pego minha mochila, lanço-lhe um sorriso irônico e depois saio para pegar o carro. Não posso acreditar que Kate me convenceu a fazer isso. Mas Kate consegue convencer qualquer um a fazer qualquer coisa. Ela vai ser uma jornalista excepcional. É articulada, forte, persuasiva, sabe argumentar bem, é bonita — e é minha melhor e mais querida amiga.
* * *
AS RUAS ESTÃO VAZIAS quando saio de Vancouver, Washington, em direção à Rodovia Interestadual 5. É cedo, e não preciso estar em Seattle antes das duas da tarde. Felizmente, Kate me emprestou sua Mercedes esportiva CLK. Não sei bem se com Wanda, meu fusca velho, eu chegaria