Canção de Susannah – A Torre Negra – Vol. 6 – Stephen King

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Inspirada no universo imaginário de J.R.R. Tolkien e repleta de referências à cultura pop, às lendas arturianas e ao faroeste, a série A Torre Negra mistura ficção científica, fantasia e terror numa narrativa que forma um verdadeiro mosaico da cultura popular contemporânea. Seus sete volumes reúnem todos os temas sobre os quais Stephen King escreveu ao longo de sua carreira, até o limite da meta-ficção quando, em “A Canção de Susannah”, a vida real do próprio autor se mistura à trama do livro.
O penúltimo de sete volumes dessa obra imensa de Stephen King, a Canção de Susannah, é muito mais do que uma eletrizante história de vigoroso suspense. Também é uma revelação – e uma chave fascinante para o desenrolar do mistério da Torre Negra.

            C ANÇÃO D E S USANNAH       Tradução Mário Molina                       Copyright © 2004 by Stephen King Publicado mediante acordo com o autor através de Ralph M. Vicinanza, Ltd.   Proibida a venda em Portugal   Título original Song of Susannah — The Dark Tower Vol. VI   Todos os direitos desta edição reservados à EDITORA OBJETIVA LTDA. Rua Cosme Velho, 103 Rio de Janeiro — RJ — CEP: 22241-090 Tel.: (21) 2199-7824 — Fax: (21) 2199-7825 www.objetiva.com.br   Capa Crama Design Estratégico   Ilustração de capa Igor Machado   Copidesque Julia Michaels   Revisão Fátima Fadei Ana Kronemberger   Editoração Eletrônica Abreu’s System Ltda.       K52c King, Stephen Canção de Susannah / Stephen King, tradução de Mário Molina. - Rio de Janeiro : Objetiva, 2005   405 p. (A torre negra, v.5 ) ISBN 85-7302-758-4 Tradução de : Song of Susannah — The Dark Tower vol. VI   1. Literatura americana - Romance. I. Título CDD813                 Para Tabby, que soube quando estava pronto     “Vá, então. Há outros mundos além desses.” John “Jake” Chambers   “Sou uma moça de aflição constante Vi problemas todos os meus dias De uma ponta à outra do mundo por onde estou destinada a vagar Não tenho amigos que me mostrem o caminho...” Folclore   “Justo é qualquer coisa que Deus queira fazer.” Leif Enger Peace Like a River REPRODUÇÃO                 19                             99     PRIMEIRA ESTROFE Feixemoto   1   — Quanto tempo a magia vai durar? A princípio ninguém respondeu à pergunta de Roland e por isso ele tornou a perguntar, desta vez olhando ao outro lado da sala da reitoria para onde Henchick, do povo manni, estava sentado com Cantab, que desposara uma das numerosas netas de Henchick. Os dois homens estavam de mãos dadas, à maneira manni. O homem mais velho perdera uma neta naquele dia, mas se ele lamentava, a emoção não transparecia no rosto duro, sereno. Sentado perto de Roland, sem segurar a mão de ninguém, silencioso e terrivelmente branco, estava Eddie Dean. A seu lado, no chão, de pernas cruzadas, estava Jake Chambers. Pusera Oi no colo, uma coisa que Roland nunca vira antes e não teria imaginado que o trapalhão aceitasse. Tanto Eddie quanto Jake estavam salpicados de sangue. O da camisa de Jake pertencia a seu amigo, Benny Slightman. O de Eddie pertencia a Margaret Eisenhart, ex-Margaret de Redpath, a neta perdida do velho patriarca. Eddie e Jake pareciam tão cansados quanto Roland, que tinha certeza absoluta de que não haveria descanso para eles naquela noite. Distante, vindo da cidadezinha, chegava o barulho de fogos, cantos e comemoração. Ali, no entanto, não havia comemoração. Benny e Margaret estavam mortos e Susannah se fora. — Henchick, me diga, eu imploro: quanto tempo a magia vai durar? O velho homem alisava a barba com ar distraído. — Pistoleiro... Roland... Não sei dizer. A magia da porta que há naquela gruta está além do meu poder. Como tu deves saber. — Me dê a sua opinião. Com base no que você realmente sabe. Eddie ergueu as mãos. Estavam sujas, tinham sangue sob as unhas e tremiam. — Diga, Henchick — disse ele, falando num tom humilde, confuso, que Roland jamais ouvira. — Diga, eu imploro. Rosalita, pau-para-toda-obra de père Callahan, entrou com uma bandeja, sobre a qual havia xícaras e uma garrafa térmica de café fumegante. Finalmente encontrara tempo para tirar a camisa e a calça jeans empoeiradas, cheias de manchas de sangue, e pôr um vestido surrado, mas o choque continuava em seus olhos. Eles espreitavam do seu rosto como pequenos animais espiando das tocas. Ela serviu o café e passou as xícaras sem falar. Não tinha, sem dúvida, se livrado de todo o sangue, Roland viu ao pegar uma das xícaras. Havia uma mancha nas costas de sua mão direita. Sangue de Margaret ou Benny? Ele não sabia. Nem se importava muito. Os Lobos tinham sido derrotados. Se voltariam ou não algum dia a Calla Bryn Sturgis era um problema do ka. O deles e
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