Caminhos Cruzados – Érico Veríssimo

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Em “Caminhos Cruzados” dramas, angústias e devaneios de vários personagens se entrecruzam na Porto Alegre da década de 30. A sonhadora Chinita emula estrelas de cinema em seu palacete prestes a ser inaugurado. Leitão Leiria não hesita em despedir funcionários para dar lugar a protegidos. Desempregado, João Benévolo imagina que é um dos três mosqueteiros. Fernanda e Noel descobrem a força e a precariedade de amar num mundo hostil.

O resultado, explica Erico, é “uma espécie de mural pintado com pistola automática”. Ali se retratam a hipocrisia que permeia as relações sociais, o descalabro travestido de caridade, o abismo entre as classes, e a solidão e a angústia que perpassam o destino humano.

CAMINHOS CRUZADOS ÉRICO VERÍSSIMO CAMINHOS CRUZADOS Ensaio introdutório de Mozart Pereira Soares Digitalização de Digital Source Formatação de LeYtor   EDITORA GLOBO Porto Alegre Rio de Janeiro 1982 Caminhos Cruzados foi publicado pela primeira vez em  1935. Esta é sua 26ª edição.   Copyright© 1935 by Érico Verissimo Copyright © 1978 by Mafalda Volpe Verissimo, Clarissa Verissimo Jaffe e Luís Fernando Verissimo         Direitos exclusivos de edição, em língua portuguesa, da Editora Globo S. A. Av. Getúlio Vargas, 1271 - 90000 - Porto Alegre, RS Rua Sarg. Silvio Hollenbach, 350 - 21510 - Rio de Janeiro, RJ orelha CAMINHOS CRUZADOS - ERICO VERISSIMO Foi em 1934 que ocorreu a Erico Verissimo a idéia de lançar-se a um segundo romance, cujo plano mostrou com certa timidez a Dyonélio Machado, que então trabalhava em sua novela Os Ratos. Incentivado pelo amigo, em três ou quatro meses entregava os originais de Caminhos Cruzados à sua editora. O sucesso de crítica foi encorajante, embora o de venda no primeiro ano fosse pouco mais do que medíocre. Contudo, o romance tornara-se assunto freqüente das rodas literárias, sendo discutido com certo calor, e a Fundação Graça Aranha veio a conceder-lhe em 1935 seu prêmio literário anual. Caminhos Cruzados era um livro de protesto, com pronunciada tendência à caricatura. Fugia ao rebuscado, aos requintes de psicologia e descritividade. Era direto, apoiado na pura ação, exagerando, em tom de sátira mordente, os traços de nossa sociedade burguesa que mereciam uma denúncia inequívoca. Imediatamente surgiram manifestações de críticos e leitores de escassa percepção, acusando o autor de subverter valores tradicionais do povo brasileiro, defendendo pontos de vista comunistas. Nas pegadas dessas primeiras reações foi se formando um outro preconceito, este no plano da mera discussão literária: o de que Verissimo teria se valido do Contraponto de Huxley, livro que traduzira para a Globo ainda em 1933, para os efeitos magistrais de construção dos Caminhos Cruzados, os quais lhe tinham granjeado a admiração e o louvor da grande crítica brasileira. Tratava-se, evidentemente, de certa má fé, pois o livro de Verissimo nada tinha em comum com o de Huxley no plano do universo fictício, e é hoje ponto indiscutível que fundo e forma são indissociáveis. Caminhos Cruzados tem mantido com firmeza a boa posição que conquistou junto à crítica esclarecida. Embora com o aparecimento de Olhai os Lírios do Campo chegasse a se pensar que essa posição pudesse ficar abalada, o romance continuou e continua merecendo a preferência dos estudiosos, que o colocam entre as melhores e mais bem   realizadas  obras  do  autor. PUBLICAÇÃO DA EDITORA GLOBO contracapa ERICO VERISSIMO CAMINHOS CRUZADOS Cada história que se desenrola neste soberbo romance de Erico Verissimo propõe e denuncia uma situação social em crise: a avidez e ingenuidade do novo-rico; a aparente felicidade da família abastada, roída de insatisfações e vícios; o sacrifício e as mazelas da baixa classe média, que luta pela sobrevivência dia a dia, sem muitas esperanças; as tragédias dos desempregados e desfavorecidos, entregues apenas a si mesmos e sem condições para se auxiliarem. Cada história comove e inquieta, porque é a nossa, a de nossos amigos, é a de nossa vida na cidade grande — convencional, vazia, cheia de falsidades, indiferente e egoísta e só excepcionalmente digna ou construtiva.   O Autor, aos 25 anos, ainda em Cruz Alta. sumário A Mulher na Obra de Érico Veríssimo   Sábado   Domingo   Segunda-feira   Terça-feira   Quarta-feira a mulher na obra de erico verissimo Mozart Pereira Soares 1. Mulheres por excelência. Numerosas confissões de Erico Verissimo elucidam o posicionamento da mulher em sua obra. Numa de suas palestras sobre estética literária com Floriano Cambará (o Autor travestido de personagem), tio Bicho, a certa altura, declara: “— (...) Outra coisa. Aposto como seguirás nesse romance
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