No ano de 4784 o Universo era inteiramente dominado pelo Império de Isher, governado com poderes absolutos pela bela e jovem Imperatriz Innelda. Mergulhada em jogos e prazeres, a ditadura de Innelda levou Isher à beira de um desastre cósmico. Para evitar a destruição de bilhões de seres humanos espalhados pelas colônias existentes nos outros planetas e luas, surgiram aparentemente do nada cadeias de inquietantes e misteriosas lojas de armas, que traziam na fachada um estranho lema: “O direito de comprar armas é o direito de ser livre”. Essas lojas protegidas por uma enorme força energética, absolutamente intransponível, faziam parte de uma sociedade secreta, de oposição à ditadura, que vendia suas armas aos cidadãos ameaçados.
As Casas de Armas – A. E. Van Vogt
A. E. VAN VOGT
AS CASAS DE ARMAS DE ISHER
Título original: The Weapon Shops of Isher
COLEÇÃO ASTERÓIDE - 1
Tradução de GABRIELLE LEIB e JOSÉ SANZ
Copyright by A. E. van Vogt, 1951, por acordo com Forrest J. Ackerman.
AS CASAS DE ARMAS
No ano DE 4.784 o universo era inteiramente dominado pelo Império de Isher, governado com poderes absolutos pela bela e jovem Imperatriz Innelda. Mergulhada em jogos e prazeres, a ditadura de Innelda levou Isher à beira de um desastre cósmico. Para evitar a destruição de bilhões de seres humanos espalhados pelas colônias existentes nos outros planetas e luas, surgiram aparentemente do nada cadeias de inquietantes e misteriosas lojas de armas, que traziam na fachada um estranho lema: "O direito de comprar armas é o direito de ser livre". Essas lojas protegidas por uma enorme força energética, absolutamente intransponível, faziam parte de uma sociedade secreta de oposição à ditadura, que vendia suas armas aos cidadãos ameaçados.
SOBRE O AUTOR
A. E. Van Vogt nasceu no dia 26 de abril de 1912 em Winnipeg, Canadá. Começou a escrever, aos vinte anos, literatura do gênero "True Confessions". Sua primeira obra de ficção científica foi o conto Black Destroyer, publicada na revista especializada Astounding Science Fiction, em 1939. Mudou-se em 1944 para os Estados Unidos, indo viver em Los Angeles.
Black Destroyer tornou Van Vogt famoso do dia para a noite. O título referia-se a um animal surgido no espaço, uma espécie de supergato, possuidor de inteligência excepcional e da singular faculdade de modificar a frequência vibratória do metal.
Seus contos seguintes foram, de certa forma, a repetição desse trabalho até que, em setembro de 1940, iria publicar o grande romance consagrador: "Slan". Não mais bichos fantásticos em luta com naves espaciais, mas o homem e seus problemas, principalmente o da mutação, e todas as implicações decorrentes de uma transformação, sobretudo mental, dos seres humanos. Esses problemas passariam a ser uma constante em sua obra, bastante volumosa. Em 1969, durante a realização, no Rio de Janeiro, do I Simpósio de Literatura de Ficção Científica e Cinema, Van Vogt desenvolveu suas teorias numa admirável conferência, intitulada "Problems of Mutants of the Human Race".
PRÓLOGO
MÁGICO ACREDITA TER HIPNOTIZADO A MULTIDÃO
I
Junho 11 - A polícia e a imprensa de Middle City foram avisadas da próxima chegada de um mágico e estão dispostas a fazer-lhe uma entusiástica acolhida se ele consentir em revelar-lhes como levou centenas de pessoas a acreditarem ter visto uma construção estranha, aparentemente uma espécie de loja de vender armas.
O edifício pareceu surgir no espaço ocupado antigamente e ainda agora pela Aunt Sal y’s Lunch e pela alfaiataria Patterson. Havia somente empregados nas citadas lojas e nenhum notou nada. Uma enorme e brilhante tabuleta encimava a loja, tão miraculosamente saída do nada; e essa tabuleta indicava claramente que tudo não passava de uma habilíssima cena de ilusionismo. De qualquer lado que se olhasse, lia-se claramente as palavras:
ARMAS DE QUALIDADE
O DIREITO DE COMPRAR ARMAS É
O DIREITO DE SER LIVRE
A vitrine estava arrumada com uma quantidade de armas curiosas, fuzis e revólveres, e um letreiro luminoso dizia:
AS MELHORES ARMAS ENERGÉTICAS DO UNIVERSO CONHECIDO
O Inspetor Clayton, do Departamento de Investigações, tentou entrar na loja mas a porta parecia estar fechada. Alguns momentos depois, C. J. (Chris) McAl ister, repórter do Gazette-Bul etin, empurrou a porta e, encontrando-a aberta, entrou.
O Inspetor Clayton tentou segui-lo mas verificou que a porta estava fechada outra vez. Parece que McAl ister saiu pelos fundos, como vários espectadores afirmaram.
Imediatamente após sua reaparição, o estranho edifício esfumou-se tão abruptamente quanto tinha aparecido.
A Polícia declarou não saber explica