Amor sem limites – Robert A. Heinlein

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O auge e a coroação do sucesso da famosa “História do Futuro” de Robert A. Heinlein, “Amor sem limites” segue Lazarus Long através de uma vasta e magnífica jornada de séculos e mundos. O maior e o mais ambicioso trabalho de Heinlein, o livro narra a história de um homem tão apaixonado pela vida que se recusa a parar de vivê-la; e tão apaixonado com o tempo que se torna seu próprio ancestral.

    Robert A. Heinlein   AMOR SEM LIMITES As vidas de Lazarus Long   Edição integral   Título do original: "Time enough for love" Tradução: Marina Leão Teixeira Viriato de Medeiros CÍRCULO DO LIVRO S.A.     As vidas do Membro Sênior das Famílias Howard (Woodrow Wilson Smith; Ernest Gibbons; capitão Aaron Sheffield; Lazarus Long; Daze "Feliz" Sua Serenidade Serafim, o Moço, Supremo Sacerdote do Único Deus em Todos os Seus Aspectos e Árbitro Abaixo e Acima; Prisioneiro Proscrito número 83M2742; Meritíssimo Juiz Lenox; cabo Ted Bronson; dr. Lafe Hubert; e outros), Membro Mais Velho da raça humana. Este relato baseia-se principalmente nas Próprias Palavras do Sênior, registradas em muitas ocasiões e lugares, especialmente na Clínica Howard de Rejuvenescimento e no Palácio Executivo de Nova Roma, em Secundus, no ano 2053 após a Grande Diáspora (ano gregoriano de 4272 do Velho Lar Terra) — suplementadas por cartas e relatos de testemunhas oculares, o conjunto então ordenado, comparado, condensado e (quando possível) reconciliado com registros oficiais e histórias contemporâneas, como determinado pelos Curadores da Fundação Howard e executado pelo Arquivista Emérito da Howard. O resultado é de importância histórica única, apesar da decisão do arquivista de deixar nele inexatidões clamorosas, alegações em causa própria e muitas anedotas imorais, inconvenientes para pessoas jovens.   Introdução De como escrever a história   "A história tem com a verdade a mesma relação que a teologia tem com a religião — isto é, nenhuma que mereça menção." L. L.   A Grande Diáspora da raça humana, que começou há mais de dois milênios, quando o Êxodo Libby-Sheffield foi divulgado, e que continua até hoje não mostrando sinal algum de diminuir, tornou a redação da história, como narrativa única — ou mesmo muitas narrativas compatíveis —, impossível. No século XXI (gregoriano){1}, no Velho Lar Terra, a nossa raça era capaz de dobrar o seu número três vezes em cada século — desde que tivesse espaço e matérias-primas. O Êxodo para as Estrelas proporcionou ambos. O Homo sapiens espalhou-se por este setor da nossa galáxia a muitas vezes a velocidade da luz e multiplicou-se como fermento. Se tivesse ocorrido a duplicação no potencial do século XXI, nosso número seria agora da ordem de 7 X 109 X 268 — número este tão grande que chega a desafiar o controle emocional; ele é adequado apenas para os computadores: 7 X 109 X 268 = 2 066 035 336 255 469 780 992 000 000 000 ou mais de dois mil milhões de bilhões de trilhões de pessoas — ou uma massa de proteína vinte e cinco milhões de vezes maior de que toda a massa do planeta nativo da nossa raça, Sol III, Velho Lar. Um absurdo.   Digamos que isso seria absurdo se a Grande Diáspora não tivesse ocorrido, porque a nossa raça, tendo atingido o potencial de duplicar três vezes em cada século, havia chegado também a uma crise na qual não podia duplicar nem mesmo uma vez — aquela dobra na curva da lei do crescimento do fermento na qual uma população só pode manter uma estabilidade precária de crescimento zero matando seus próprios membros com rapidez adequada... para que não se afoguem nos seus próprios venenos, cometam suicídio através da guerra total ou tropecem em alguma outra forma de solução final malthusiana. No entanto, a raça humana não aumentou (achamos) até esse número monstruoso, porque o número-base para a Diáspora não deve ser considerado como de sete bilhões, mas, antes, de alguns milhões no início da era, mais as inumeráveis centenas de milhões, pequenas mas ainda crescendo desde então, que emigraram da Terra e dos seus planetas-colônias para lugares mais distantes ainda durante os dois últimos milênios. Não somos mais capazes, porém, de fazer uma estimativa razoável do número da raça humana, nem temos sequer uma contagem aproximada dos planetas colonizados. O máximo que podemos dizer é que deve haver mais de dois mil planetas colonizados e mais de quinhentos bilhões de pessoas.
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