A Última Música – Nicholas Sparks

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Aos dezessete anos, Verônica Miller, ou simplesmente Ronnie, vê sua vida virada de cabeça para baixo, quando seus pais se divorciaram e seu pai decide ir morar na praia de Wrightsville, na Carolina do Norte. Três anos depois, ela continua magoada e distante dos pais, particularmente do pai. Entretanto, sua mãe decide que seria melhor para os filhos passarem as férias de verão com ele na Carolina do Norte. O pai de Ronnie, ex-pianista, vive uma vida tranquila na cidade costeira, absorto na criação de uma obra de arte que será a peça central da igreja local. Ressentida e revoltada, Ronnie rejeita toda e qualquer tentativa de aproximação dele e ameaça voltar para Nova York antes do verão acabar. É quando Ronnie conhece Will, o garoto mais popular da cidade, e conforme vai baixando a guarda começa a apaixonar-se profundamente por ele, abrindo-se para uma nova experiência que lhe proporcionará uma imensa felicidade – e dor – jamais sentida. Uma história inesquecível de amor, carinho e compreensão – o primeiro amor, o amadurecimento, a relação entre pais e filhos, o recomeço e o perdão – A ULTIMA MÚSICA demonstra, como só Nicholas Sparks consegue, as várias maneiras que o amor é capaz de partir e curar seu coração.

A Última Música – Nicholas Sparks

A Última Música Nicholas Spark         Veronica “Ronnie” Miller teve sua vida virada de cabeça para baixo quando seus pais se divorciaram e seu pai se mudou de Nova Iorque para Wilmington Beach. Três anos depois, ela continua zangada e alienada em relação aos seus pais, especialmente seu pai... até que sua mãe decide que seria melhor para todo mundo se Ronnie e seu irmão, Jonah, passassem o verão em Wilmington Beach. O pai de Ronnie, pianista e ex-professor, vive uma vida tranquila na cidade de praia, imerso na criação de um vitral para a igreja local. O conto se transforma em uma história inesquecível sobre o amor em suas diversas formas — o primeiro amor, o amor entre pai e filho — que mostra, de uma forma que só um romance de Nicholas Sparks é capaz, as diversas formas que um relacionamento pode quebrar nossos corações... e curá-los. Prólogo – Ronnie   Enquanto olhava pela janela do quarto, Ronnie se perguntava se o Pastor Harris já estava na igreja. Ela presumiu que sim, e enquanto observava o quebrar das ondas na praia, ela se perguntou se ele ainda era capaz de notar o jogo de luzes produzido pelo vitral acima dele. Talvez não — afinal, a janela fora instalada há mais de um mês e ele provavelmente estaria muito ocupado para reparar. Ainda assim, ela esperava que alguém novo na cidade tivesse tropeçado para dentro da igreja essa manhã e vivenciado a mesma sensação de deslumbramento que ela vivenciou na primeira vez que viu a luz inundar a igreja naquele dia frio de Dezembro. E ela esperava que o visitante tivesse dedicado algum tempo para considerar sua origem e admirar sua beleza. Ela estava acordada havia uma hora, mas não estava preparada para enfrentar o dia. As festividades pareciam diferentes naquele ano. Ontem, ela levou seu irmão mais novo, Jonah, para um passei na praia. Aqui e ali, árvores de Natal se encontravam nos deques das casas por onde passaram. Nessa época do ano, eles tinham praticamente a praia toda para eles mesmos, mas Jonah não demonstrou interesse nas ondas ou nas gaivotas que o haviam fascinado há alguns meses atrás. Em vez disso, ele queria ir para a oficina e ela o levava, ainda que ele ficasse apenas alguns minutos antes de ir embora sem dizer uma única palavra. Na cabeceira da cama havia uma série de fotos do seu quarto na casa de praia, junto com outros itens que ela havia coletado essa manhã. Em silêncio, ela as estudou até que fora interrompida por uma batida na porta. Sua mãe espreitou sua cabeça para dentro do quarto. “Você quer café da manhã? Eu encontrei alguns cereais no armário da cozinha.” “Não estou com fome, Mãe.” “Você precisa comer, querida.” Ronnie continuava olhando para a pilha de fotos, vendo nada em especial. “Eu estava errada, Mãe. E não sei o que fazer agora.” “Você se refere ao seu pai?” “Me refiro a tudo.” “Quer falar sobre isso?” Quando Ronnie não respondeu, sua mãe atravessou o quarto e se sentou do lado dela. “Alguma vezes ajuda se você botar pra fora. Você tem estado tão quieta nesses últimos dias.” Por um instante, Ronnie sentiu uma onda de memórias inundá-la: o incêndio e a subsequente reconstrução da igreja, o vitral, a música que ela finalmente terminou. Ela pensou em Blaze e Scott e Marcus. Ela pensou em Will. Ela tinha dezoito anos e se recordava do verão em que fora traída, o verão em que fora presa, o verão em que se apaixonou. Não tinha sido há muito tempo atrás, e ainda assim, ela se sentia uma pessoa completamente diferente daquela época. Ronnie suspirou. “E o Jonah?” “Não está aqui. Brian o levou na loja de sapatos. Ele é como um filhotinho. Seu pé está crescendo mais rápido que o resto do seu corpo.” Ronnie sorriu, mas seu sorriso desapareceu com a mesma rapidez que havia aparecido. No silêncio que se seguiu ela sentiu sua mãe recolher seu longo cabelo e o torcer em um solto rabo-de-cavalo em suas costas. Sua mãe fazia isso desde que Ronnie era uma garotinha. Por mais estranho que fosse, ela ainda achava aquilo reconfortante. Não que ela
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