A Prisioneira do Fogo – Edmund Cooper

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Era uma tarde de fim de primavera. Vanessa estava livre (se o termo pudesse ser usado propriamente) até a chamada e à refeição da noite, às dezoito horas. Às dezenove haveria uma sessão de grupo com meia dúzia de outros paranormais com o Dr. Lindernann ou o Dr. Dumbarton, ou ambos. Às vinte, ela e a maior parte das outras crianças paranormais teriam permissão para umas horas de TV tridimensional, ou xadrez, ou pingue-pongue ou jogos de cartas. Depois disso, cama e o fim de outro dia…

Edmund Cooper A PRISIONEIRA DO FOGO Título original: Prisoner of Fire CASO ESTEJA INTERESSADO EM OBTER MAIS OBRAS DESTE GÊNERO, CONTATE COM AMÉRICO AZEVEDO - RUA MANUEL FERREIRA PINTO, 530 - 4470 GUEIFÃES MAIA - TELEF.: 02/9607039. Edmund Cooper A PRISIONEIRA DO FOGO Título original: Prisoner of Fire NOTA DO EDITOR SOBRE O AUTOR Nascido em 1926 e vivendo afastado da capital inglesa, Edmund Cooper estudou na Manchester Grammar School, tendo dedicado uma parte da sua vida à atividade de homem do mar na marinha mercante britânica, ao mesmo tempo em que desenvolvia a faceta de escritor freelance. A primeira história que publicou foi The Unicom, em 1951, e poucos anos depois, em 1958, surgiu a público o seu primeiro trabalho de fôlego, na Uncertain Midnight, que descreve o mundo após um holocausto, no qual os homens são gradualmente suplantados por andróides. As obras mais recentes de Edmund Cooper têm o denominador comum de nos oferecer uma perspectiva melhor para um mundo que se pretende mais sadio: Kronk (1970 - número 22 desta coleção), The Overman Culture (1971), O Décimo Planeta (1973 - número 28 desta coleção), The Slaves of Heaven (1974) e A Prisioneira do Fogo (1974) que agora publicamos). Sob o pseudônimo de Richard Avery publicou uma série de space operas com o título genérico de The Expendables. Colabora no prestigiado jornal Sunday Times como crítico de livros de ficção científica. Edmund Cooper movimenta-se bem em áreas consideradas um pouco áridas, tais como antropologia, holocausto e sociologia. http://groups.google.com/group/digitalsource CAPÍTULO 1 Era uma tarde de fim de primavera. Vanessa estava livre (se o termo pudesse ser usado propriamente) até a chamada e à refeição da noite, às dezoito horas. Às dezenove haveria uma sessão de grupo com meia dúzia de outros paranormais com o Dr. Lindernann ou o Dr. Dumbarton, ou ambos. Às vinte, ela e a maior parte das outras crianças paranormais teriam permissão para umas horas de TV tridimensional, ou xadrez, ou pingue-pongue ou jogos de cartas. Depois disso, cama e o fim de outro dia. Vanessa suspirou. A vida na Escola Residencial de Random Hill era terrivelmente, maçadoramente previsível. Pensamento perigoso (baixa tonalidade). Alguém pode estar a ouvir (também baixa tonalidade). Vanessa mudou subitamente o seu pensamento e deu uma alta tonalidade às encantadoras palavras de A Viagem Dourada à Samarcanda, o que deixou os pensamentos de baixa tonalidade na sua privacidade. Isto era uma forma de esquizofrenia intelectual a que se disciplinara durante os últimos anos. Em baixa tonalidade e pela centésima vez, considerou a perspectiva de fugir. Tinha disciplina suficiente para manter as áreas de transmissão fortemente ocupadas com a poesia de James Elroy Flecker, o que, pelo menos, lhe garantia a privacidade para contemplar a sua situação. Random Hill era uma instituição em que, segundo o pessoal, havia mais liberdade para as crianças dotadas do que em qualquer outra escola do gênero em todo o país. Então, por que as vedações eletrificadas a seguir às altas linhas de arame farpado que rodeavam os cem acres da Escola? Por que os guardas e os cães que a patrulhavam? Por que as infinitas variações da resposta "Amanhã", sempre que alguém exprimia o desejo de ver o mundo lá de fora? "Tenho dezessete anos", pensou Vanessa (tonalidade baixa). "Estou aqui presa há mais de dez anos. Tenho de sair, mesmo que o mundo seja tão perigoso como eles dizem. Tenho de sair!" Mas onde estavam os poderes paranormais que lhe permitiriam atravessar uma vedação eletrificada? Vanessa estava sentada numa pequena elevação com relva, debaixo de um grande carvalho, a cerca de cento e cinqüenta metros da gran
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