A Guerra dos Tronos – As Crônicas de Gelo e Fogo – Vol. 1 – George R. R. Martin

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Quando Eddard Stark, lorde do castelo de Winterfell, aceita a prestigiada posição de Mão do Rei oferecida pelo velho amigo, o rei Robert Baratheon, não desconfia que sua vida está prestes a ruir em sucessivas tragédias. Sabe-se que Lorde Stark aceitou a proposta porque desconfia que o dono anterior do título fora envenenado pela manipuladora rainha – uma cruel mulher do clã Lannister – e sua intenção é proteger o rei. Mas ter como inimigo os Lannister pode ser fatal: a ambição dessa família pelo poder parece não ter limites e o rei corre grande perigo. Agora, sozinho na corte, Eddard percebe que não só o rei está em apuros, mas também ele e toda sua família.

A Guerra dos Tronos – As Crônicas de Gelo e Fogo – Livro Um – George R. R. Martin

Ficha Técnica Copyright © George R. R. Martin Todos os direitos reservados. Versão brasileira © 2010, Texto Editores Ltda. Título original: A Game of Thrones Diretor editorial: Pascoal Soto Editora: Mariana Rolier Produção editorial: Suria Scapin Preparação de texto: Márcia Duarte Revisão: Bel Ribeiro e André Albert Diagramação: Ricardo Nakamiti Adaptação de capa: Osmane Garcia Filho Ilustração da capa: Marc Simonetti © Éditions J’ailu Dados internacionais de catalogação na publicação (CIP-Brasil) Ficha catalográfica elaborada por Oficina Miríade, RJ, Brasil. M381 Martin, George R. R., 1948- A guerra dos tronos / George R. R. Martin ; tradução: Jorge Candeias. − São Paulo : Leya, 2010. 592 p. : il. – (As crônicas de gelo e fogo ; 1) Tradução de: A game of thrones. ISBN 9788580442786 1. Literatura americana. 2. Ficção fantástica americana I. Título. II. Série 10-0030 CDD-813 2010 Todos os direitos desta edição reservados à TEXTO EDITORES LTDA. [Uma editora do grupo Leya] Av. Angélica, 2163 − conj. 175/178 01227-200 − Santa Cecília − São Paulo − SP www.leya.com Prólogo –Deveríamos regressar – insistiu Gared quando os bosques começaram a escurecer ao redor do grupo. – Os selvagens estão mortos. – Os mortos o assustam? – perguntou Sor Waymar Royce com não mais do que uma sugestão de sorriso no rosto. Gared não mordeu a isca. Era um homem velho, com mais de cinquenta anos, e vira os nobres chegarem e partirem. – Um morto é um morto – respondeu. – Nada temos a tratar com os mortos. – Mas estão mortos? – perguntou Royce com suavidade. – Que prova temos disso? – Will os viu – disse Gared. – Se ele diz que estão mortos, é prova suficiente para mim. Will já sabia que o arrastariam para a discussão mais cedo ou mais tarde. Desejou que tivesse sido mais tarde. – Minha mãe me disse que os mortos não cantam – contou Will. – Minha ama de leite disse a mesma coisa, Will – respondeu Royce. – Nunca acredite em nada do que ouvir junto ao peito de uma mulher. Há coisas a aprender mesmo com os mortos – sua voz criou ecos, alta demais na penumbra da floresta. – Temos uma longa cavalgada pela frente – salientou Gared. – Oito dias, talvez nove. E a noite está para cair. Sor Waymar Royce olhou para o céu de relance, com desinteresse. – Isso acontece todos os dias a esta hora. Você perde a virilidade no escuro, Gared? Will via a boca de Gared comprimida, a ira só a custo reprimida nos olhos que espreitavam sob o espesso capuz negro de seu manto. Ele passara quarenta anos na Patrulha da Noite, desde que era jovem até se tornar um homem, e não estava acostumado a ser desvalorizado. Mas era mais do que isso. Will conseguia detectar no homem mais velho algo mais sob o orgulho ferido. Era possível sentir-lhe o gosto: uma tensão nervosa que se aproximava perigosamente do medo. Will partilhava o desconforto do outro homem. Estava havia quatro anos na Muralha. Quando fora enviado para lá, todas as velhas histórias ressurgiram em sua mente, e suas entranhas tinham virado água. Era agora um veterano de cem patrulhas, e a sombria e infinita terra selvagem a que os homens do sul chamavam de floresta assombrada já não o aterrorizava. Até aquela noite. Algo parecia diferente então. Havia naquela escuridão algo ameaçador que fazia os pelos de sua nuca eriçarem. Cavalgavam havia nove dias, para norte e noroeste, e depois de novo para norte, cada vez para mais distante da Muralha, seguindo sem desvios a trilha de um bando de salteadores selvagens. Cada dia fora pior que o anterior. Aquele tinha sido o pior de todos. Um vento frio soprava do norte e fazia as árvores sussurrarem como coisas vivas. Durante todo o dia, Will tivera a sensação de que alguma coisa o observava, algo frio e implacável que não gostava dele. Gared também sentira. Will desejava com toda a sua força cavalgar rapidamente de volta à segurança da Muralha, mas este não era um sentimento que poderia partilhar com um comandante. Especialmente
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