Mais Esperto que o Diabo – Napoleon Hill

Escrito em 1938, após uma das maiores crises econômicas, e precedendo a Segunda Guerra Mundial, este livro não somente é uma fonte de inspiração e coragem, mas deve ser considerado um manual para todas aquelas pessoas que desejam ser mais espertas que seus medos, problemas e limitações, pois, como o próprio Hill fala – em toda adversidade existe uma semente de benefício equivalente. Dessa forma, se você deseja ter mais força, coragem e fé em si mesmo, para vencer todas as adversidades que surgirem em seu caminho, este livro será um presente daquele que você deve amar sempre e muito – você mesmo. Quando amamos a nós mesmos e vivemos em paz e harmonia com nossa própria consciência, aí sim encontramos aquele que nos deu o presente da Vida. Sabendo mais sobre o Diabo e suas armadilhas mentais, acabamos nos aproximando mais de Deus.

Capítulo Um MEU PRIMEIRO ENCONTRO COM ANDREW CARNEGIE or mais de um quarto de século, meu principal objetivo foi o de separar e organizar, em uma filosofi realizações, as principais causas tanto do fracasso como do sucesso, com o objetivo de ser útil a todos os outros que não têm nem a inclinação nem a oportunidade de se engajar nesse tipo de pesquisa. Meu trabalho começou em 1908, como resultado de uma entrevista que fiz com Andrew Carnegie. Eu, francamente, contei senhor Carnegie que eu tinha concebido a ideia de entrar para a faculdade de Direito e que eu havia pensado em pagá-la entrevistando homens e mulheres bem-sucedidos, descobrindo como eles conseguiam sucesso e descrevendo as minhas descobertas para revistas. No final de minha visita, o senhor Carnegie me pergunt se eu tinha ou não coragem para realizar algo que ele estava para me oferecer. Respondi que coragem era tudo o que eu tinha e que estava preparado para dar o meu melhor, independentemente da proposta que ele tinha a me oferecer. Ele então disse: “A sua ideia de escrever histórias sobre homens e mulheres bem- sucedidos é memorável enquanto ideia, e eu não tenho nenhuma intenção de tentar desencorajá-lo de cumprir o seu objetivo. Mas eu preciso lhe dizer que, se você realmente quer fazer um serviço que seja útil, não somente para as pessoas de hoje, mas também que dure para toda a posteridade, ocupe o seu tempo organizando, baseado nessas histórias, as causas do fracasso e do sucesso dessas pessoas. Há milhões de pessoas no mundo que não têm a menor concepção das causas do sucesso e do fracasso. As escolas e faculdades ensinam praticamente tudo, exceto os princípios de realização pessoal. Eles exigem que jovens, homens e mulheres, passem de quatro a oito anos adquirindo conhecimentos abstratos, mas não os ensinam o que fazer com esse conhecimento depois de tê-lo. “O mundo está precisando de uma filosofia de realização prá e inteligível, organizada a partir de conhecimento resultante da experiência de homens e mulheres da grande universidade da vida. Em todo o campo da filosofia, eu não encontro nada qu assemelhe ao tipo de filosofia que tenho em mente. Nós temos m poucos filósofos que são capazes de ensinar a homens e mulheres arte de viver. Parece, para mim, que há uma oportunidade que deveria desafiar um jovem ambicioso do seu tipo, mas ambição pu não basta para essa tarefa que eu sugeri. Aquele que ousar seguir minha sugestão deverá ter coragem e tenacidade. “O trabalho demandará pelo menos vinte anos de esforço contínuo, durante o qual aquele que topar terá que ganhar a vida com outra fonte de renda, porque esse tipo de pesquisa nunca é lucrativo no seu início, e geralmente os poucos que se aventuraram a contribuir para a civilização através de trabalhos dessa natureza tiveram que esperar cem anos ou mais após seus próprios funerais para receber reconhecimento pelo seu feito. Se você prosseguir com esse trabalho, deve entrevistar não somente os poucos que foram extraordinariamente bem-sucedidos, mas também os muitos que fracassaram. Você deve cuidadosamente analisar milhares de pessoas que foram classificadas de ‘fracassadas’ – e eu quero diz com o termo ‘fracassado’ homens e mulheres que chegam aos estágios finais de suas vidas desapontados porque não conseguir alcançar as metas que haviam se proposto de coração. Tão inconsistente como parece ser, você aprenderá muito mais como ser bem-sucedido a partir dos fracassos do que com o tão chamado ‘sucesso’. Eles lhe ensinarão o que não fazer. “Na parte final da sua pesquisa, se você conseguir com suces manter o foco, fará uma descoberta que poderá ser uma grande surpresa. Descobrirá que a causa para o sucesso não é algo separado e longe do homem, mas que é uma força tão intangível na natureza, que a maioria dos homens nunca a reconhece; uma força que pode muito bem ser chamada de ‘Outro Eu’. O mais interessante é o fato de que este ‘outro eu’ raramente exerce sua influência ou se f conhecer, exceto em momentos de emergência, quando os homens são forçados, por meio das adversidades e das derrotas temporárias, a mudar seus hábitos e pensar estratégias para sair das dificuldade Minha experiência me ensinou que um homem nunca está tão perto do sucesso como quando o que ele chama de ‘fracasso’ toma conta de sua vida, porque nessas ocasiões ele é forçado a pensar. Se ele pensar com exatidão e com persistência, vai descobrir que aquilo que ele chama de fracasso, na verdade, nada mais é que um sinal para elaborar um novo plano ou objetivo. A maior parte dos fracassos reais se deve a limitações que os homens impõem a si mesmos em suas próprias mentes. Se eles tivessem a coragem de ir mais um passo à frente, eles descobririam os seus próprios erros.”
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