A Lógica da Emoção – Manoelita Dias dos Santos

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Conhecer-nos, nossas capacidades e limitações, nossas emoções e necessidades e a forma como nos relacionamos é essencial para que tenhamos saúde. Esse estado que temos buscado desde o início dos tempos, de todas as formas, sempre procurando restaurar um equilíbrio que foi perdido quando nos tornamos racionais. Quando fomos “expulsos do paraíso” e jogados na aventura de uma amplificação da consciência que nos tornou seres especiais, capazes de criar. Habilitados, como nenhum outro ser vivo que conhecemos, a imitar a natureza neste ato fundamental que é a criação. Esta aventura chega ao momento de desenlace quando já temos poder e conhecimento para destruir tudo à nossa volta e para produzir outros seres humanos sem a ajuda dos processos naturais. Sem dúvida, chegamos muito longe! Agora é melhor olharmos para dentro e percebermos quem realmente somos e o que desejamos, o que é válido e o que é para nós perigoso equívoco.
A Lógica da Emoção, parte das descobertas da psicanálise passa pelo conhecimento das religiões antigas e chega à nova física, numa trajetória que busca explicar o funcionamento de nossas mentes, as leis que a regem e o papel da emoção. Por que nos tornamos inteligentes? O que nos torna capazes de criar? Quais são as formas de comunicação entre nós? Qual a qualidade e a realidade do mundo que construímos? Todas são perguntas que só podem ser respondidas se usarmos uma lógica mais abrangente que passa, necessariamente, por este sentido especial: a emoção, que nos distingue e eleva acima da. irracionalidade. Este é o território a ser desbravado pela humanidade nos próximos anos. Estaremos tão interessados no poder sobre nossa natureza subjetiva por descobrirmos que somente nele reside a possibilidade de êxito em alcançar um estado de bem estar que prevaleça na maior parte do tempo, obedecendo ao conceito de saúde formulado pela O.M.S.

A LÓGICA DA EMOÇÃO da psicanálise à física quântica Manoelita Dias dos Santos “Enquanto Freud explica o diabo dá os toques.” Raul Seixas. DA PSICANÁLISE À FÍSICA QUÂNTICA Senhores, sei que o que escreverei poderá soar algumas vezes estranho. Os assuntos neste trabalho são difíceis, e é mais desafiador ainda colocá-los de forma clara. Na primeira parte deste trabalho apresentei o Homem como um produtor de realidade. Disse que nos diferenciamos das demais espécies e adquirimos um mundo interno vasto e rico, onde além da memória de fatos reais estão nossas fantasias. Procurei mostrar quanto este mundo humano, denominado civilização, pode estar insano. Como ele atingiu níveis de mal estar evidentes e encontra-se em crise. Falei do aumento dos casos de ansiedade e depressão e de como nosso cotidiano, tido como normal, é gerador de doença. Como as coisas nas quais uma sociedade crê passam a ser reais para ela e nem sempre essa realidade criada é boa para o homem. Comparei nossos progressos como espécie ao preço que pagamos por isto. Questionei o nível de sanidade mental da humanidade e apontei a necessidade de busca de novos caminhos quando tantos falharam em produzir saúde para todos no planeta. Utilizei citações de Freud, a quem admiro sinceramente. Seu artigo “O Mal 3 Estar na Civilização” serviu-me de base para tentar explicar as raízes do atual estado de desconforto que uma enorme parcela da sociedade experimenta, a nível mundial. Fiz alguns comentários sobre o Brasil e sobre a forma como nos comportamos uns com os outros, nossa dificuldade de auto estima e nossa imaturidade como nação. Citei o desenvolvimento infantil e suas diversas fases tentando fazer uma analogia com o desenvolvimento da espécie e prever melhoras em nosso comportamento, com o estabelecimento de relações mais maduras entre os homens. Na segunda parte, vamos para algo mais abstrato, algo a que sempre me furtei desde que a medicina entrou em minha vida. Estava certa de ter de seguir por um caminho lógico e rigorosamente científico. Contudo, lidando com algo tão impalpável como as emoções humanas, fica difícil não usar a observação e fazer inferências à partir dela, foi o que fiz. Minha idéia é que, na maior parte do tempo estamos sintonizados neste canal comum que nos liga ao nosso viver concreto e provê os meios de nossa sobrevivência. O sono, as psicoses e os estados alterados de consciência são momentos em que outros canais são sintonizados. 4 Supus, baseada na física e na farmacologia, que a troca de canais se dá através de alterações na densidade do meio interno cerebral e da qualidade e freqüência da energia psíquica. Penso que essa forma de energia com que está investido o sistema psíquico, tem uma qualidade, é fluida e instável. Não tem expressão conhecida na zona de densidade onde são realizadas as pesquisas e não pode ser alcançada pelos nossos aparelhos detectores de fenômenos físicos. A neurociência deseja ardentemente palpar a energia psíquica, desvendá-la, sem que isso tenha sido possível até aqui. Se o universo é composto de diferentes níveis energéticos e a cada um corresponde uma densidade diversa, nossa mente pode ser capaz de variar seu nível de percepção em função da densidade e de características do seu potencial energético total. Contudo, creio que neste sistema existe um fator qualitativo altamente diferenciado, mais importante no resultado dos fenômenos psíquicos que o quantitativo. Esse fator provavelmente determina a freqüência do sistema, sendo o principal determinante da potência. A forma energética da qual está investido nosso psiquismo, tem uma qualidade amplamente variável que possivelmente 5 relaciona-se à subjetividade, àquilo que denominamos emoção. O nível de agregação das partículas nesse sistema deve ser bastante baixo, por esta razão talvez ciência não o alcance. Dentro do modelo de Bohr para o átomo de h
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