Visões da Noite – Ambrose Bierce

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Visões da noite é uma coletania das histórias mais macabras de Bierce. Em muitas delas, há um homem caminhando sózinho por uma floresta, a noite, sem saber se esta acordado ou sonhando – e se é uma vitima ou um assassino.

    AMBROSE BIERCE VISÕES DA NOITE histórias de terror sarcástico     Organização e tradução Heloísa Seixas   1999               CIP-Brasil. Catalogação-na-fonte Sindicato Nacional dos Editores de Livros, RJ. Bierce, Ambrose, 1842-1914?   B487v    Visões da noite / Ambrose Bierce; organização e tradução Heloísa Seixas; ilustrações Mozart Couto. - Rio de Janeiro: Record, 1999. ISBN 85-01-05524-7 1. Conto norte-americano. I. Seixas, Heloísa, 1952-  . II. Título. 99-0196CDD-813 99-0196 CDU - 820{73)-3 Copyright © 1999 by Heloísa Seixas   Design da capa: Tita Nigrí Ilustrações: Mozart Couto           Todos os direitos reservados. Proibida a reprodução, armazenamento ou transmissão de partes deste livro, através de quaisquer meios, sem prévia autorização por escrito. Direitos exclusivos desta edição adquiridos pela DISTRIBUIDORA RECORD DE SERVIÇOS DE IMPRENSA S.A. Rua Argentina 171 - Rio de Janeiro, RJ - 20921-380 - Tel.: 585-2000 Impresso no Brasil ISBN 85-01-05524-7 PEDIDOS PELO REEMBOLSO POSTAL Caixa Postal 23.052 Rio de Janeiro, RJ - 20922-970     PERSONAGEM DE SI MESMO: O Mistério De Ambrose Bierce Heloisa Seixas   Ele era louro, alto, bonitão e as mulheres consideravam-no irresistível. Dizem até que tinha sido tão bem-dotado pela natureza que jamais se desnudava diante de uma mulher para não assustá-la. Era agnóstico, ateu, herege, ou como você queira chamar aqueles que descrêem de tudo. Sarcástico ao extremo, dedicou boa parte da vida a cultivar inimizades graças a sua atividade de jornalista, profissão que exercia despejando veneno a granel. Era um crítico feroz, inteligente e incansável — e por isso intensamente odiado por muitos. "Minha independência é meu patrimônio. É minha literatura", dizia. "Escrevo para agradar a mim mesmo, não importando quem saia ferido.” Quem diria que uma pessoa assim — descrente, mordaz e extremamente envolvida pelos prazeres da carne — fosse dedicar-se a escrever histórias assombradas? Pois foi o que aconteceu. Embora tenha ficado famoso por seus textos jornalísticos e pelo humor sardônico presente em obras como o Dicionário do diabo, Ambrose Bierce é hoje considerado um dos mestres da literatura de horror americana, junto com H. P. Lovecraft e, é claro, Edgar Allan Poe. Mas a verdade é que Ambrose Gwinett Bierce já nasceu cercado pelo mistério. E pelo humor negro. Sua família era um tanto excêntrica e a casa onde veio ao mundo — em Ohio, Estados Unidos, em 24 de julho de 1842 — tinha, dizem, uma atmosfera macabra. Seu pai, Marcus Aurelius Bierce, já era um sujeito estranho. Dominado pela mulher, fanático religioso e apaixonado por poesia, deu a todos os filhos (Bierce era o décimo) nomes que começassem com a letra 'A'. No caso de Bierce, o nome do meio, Gwinett, teria sido acrescentado em referência a Ambrose Gwinett, personagem de uma peça de teatro muito popular no início do século XIX e que era uma história de crime (tendo seu nome ligado a uma história assim, não seria esse o crime ancestral de que — como veremos adiante — nos fala Bierce em seus pesadelos?). Mas as excentricidades da família Bierce não param por aí. Os três irmãos que nasceram depois de Bierce morreram e ele ficou sendo o caçula. Quando cresceram, seus nove irmãos mais velhos se dividiram em grupos antagônicos, que se odiavam, e o ambiente em casa era de guerra aberta e permanente. A certa altura, um dos irmãos se rebelou contra o fanatismo religioso da família e fugiu para ser artista de circo. Uma das irmãs, ao contrário, assumiu tanto esse fanatismo que foi ser missionária na África, onde teria sido comida por canibais. Por pouco não aconteceu o mesmo com um tio de Bierce, Lucius Verus, que foi em expedição ao Canadá para libertar os índios do jugo britânico e, depois de tomar a cidade de Windsor, viu acontecer o que menos esperava: os índios se voltaram contra ele e Lucius Verus precisou sair corrido dela. Esse tio aventureiro, apesar de meio doido, foi uma das figuras que mais influenciaram
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