Todos os ingredientes para um bom thriller.
Um assassinato brutal, uma mulher bonita, inteligente e sedutora como principal suspeita, e um detetive disposto a solucionar o caso a todo o custo.
Instinto Selvagem – Osborne Richard
Instinto
Selvagem
Romance de Richard Osborne
Baseado no roteiro de Joe Eszterhas
Tradução de
A.B. PINHEIRO DE LEMOS
2ª EDIÇÃO
2
Título original norte-americano
BASIC INSTINCT
Copyright © 1992 by Carolco/Le Studio Canal + V.O.F.
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que se reserva a propriedade literária desta tradução Impresso no Brasil
ISBN 85-01-04013-4
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Instinto Selvagem
Mulheres atraentes e sensuais, jogo de paixão e sedução, assassinatos brutais e misteriosos e um detetive cujo trabalho de investigação é tão inebriante quanto qualquer droga tornam este magistral Instinto Selvagem um dos livros mais polêmicos dos últimos tempos.
Baseado no roteiro de cinema de Joe Eszterhas, Richard Osborne compõe uma trama policial capaz de arrepiar o leitor a cada página. No mundo das drogas, psicoses e homossexualismo, Nick Curran, o detetive da polícia de San Francisco, é desafiado a elucidar o horripilante e frio assassinato de um astro do rock. A emoção e o suspense acompanham todos os passos do Departamento de Polícia que esbarra com uma principal suspeita — a loura e deslumbrante Catherine Tramell, uma escritora cuja ficção relata exatamente o assassinato nos menores e mais sangrentos detalhes.
Mas surgem outros fatos que comprometem a história, onde Nick Curran, envolvido em sutis insinuações e sedutora sensualidade, apenas pode contar com seu instinto selvagem de sobrevivência para se desvencilhar das teias diabólicas das mentes psicopatas e descobrir o verdadeiro assassino.
Não é de hoje que este tema alucinante, repleto de paixão, prazer e sexo, desfila nas mentes dos bons escritores.
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Prólogo
A MÚSICA SAÍA de um reluzente aparelho de CD, perto da janela, no quarto, o volume baixo. Além da janela, a cidade de San Francisco despertava para uma rara manhã clara; não haveria o famoso nevoeiro de San Francisco naquele dia.
Na cama, uma enorme cama de latão, deitava-se Johnny Boz — um homem rico, sem dúvida, e também um homem de gosto, mas gostos bons e maus. Gostava de arte e de música, do luxo informal; os gostos maus eram mais destrutivos — drogas pesadas, alguma submissão e as mulheres erradas.
A mulher montada em seu peito nu era linda. Os cabelos louros compridos caíam pelos ombros, os seios perfeitos balançavam como frutas maduras por cima de seu rosto, sedutores, um pouco além do alcance de seus lábios famintos.
A mulher baixou a boca vermelha para a sua e beijou-o, sôfrega, a língua ansiosa. Ele reagiu ao beijo, sugando aquela língua para o fundo de sua boca. Ela estendeu as mãos de Johnny acima de sua cabeça e imobilizou-as. Tirou uma echarpe branca de seda de debaixo do travesseiro e amarrou os pulsos juntos, depois prendeu-os à grade de latão da cama.
Ele fez força para se libertar, os olhos fechados, em êxtase.
Ela desceu por seu corpo e Johnny penetrou-a, bem fundo. Os quadris da mulher subiam e desciam. Ele arqueava o corpo, projetava-se para cima, tentando aprofundar-se ao máximo naquele corpo, sentindo todo o seu peso.
Estavam capturados pelo momento, dominados pela força irresistível do sexo e do narcótico. Os olhos fechados, ela empinou e depois despencou com toda força, os quadris empalados no homem. Arqueou as costas, ressaltando os seios altos e firmes.
Ele sentiu que seu orgasmo aflorava das profundezas e inclinou a cabeça para trás, expondo a garganta branca, a boca se abrindo num grito silencioso, os olhos revirando. Em tormento de prazer, ele puxou e rasgou a seda que segurava seus braços.
O momento dela chegara. Havia um brilho prateado em sua mão, um pedaço de