Um Toque de Vermelho – Anjos Renegados Vol. 1 – Sylvia Day

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Adrian Mitchell não é um homem qualquer. Além de ser o mais sensual, elegante e charmoso dos seres, ele é também o grande líder de uma unidade de elite de Operações Especiais dos Serafins. Sua missão: controlar vampiros e licanos e manter todo o universo em ordem. No entanto, o seu encontro, depois de quase duzentos anos, com a alma da mulher que ama, no corpo da bela Lindsay, os leva a uma proibida – mas incontrolável – paixão que poderá colocar tudo a perder.

7 “Você vai ensiná-la a caçar seus próprios familiares? Seus amigos?”, questionou Jason enquanto seguia Adrian até o escritório. “Ela já está fazendo isso.” Adrian contornou sua mesa. “E vai continuar com ou sem a nossa ajuda. Só estou dando a ela uma chance de sobreviver.” Jason deixou escapar um assobio. “Apesar de tudo, você continua sendo um anjo.” “E por que não seria?” “Não sei. Mas segundo alguns, a presença da filha de Syre torna você mais... humano.” Não a pessoa de Shadoe, mas seu amor por ela. O amor dos mortais não tinha sido feito para os anjos, cuja objetividade devia ser absoluta. “Os que têm dúvidas a esse respeito deveriam levá-las ao conhecimento do Criador. Preciso poder confiar em todos que fazem parte de nossa unidade. Se eu perder o comando sobre vocês, perco também minha utilidade.” “Você é um comandante muito querido, capitão. Não sei de nenhum Sentinela que não consideraria uma honra morrer por você.” Adrian sentou-se em sua cadeira. “E eu considero uma honra comandar vocês. É uma responsabilidade que levo muito a sério.” “Mas a inquietação é algo inevitável.” Jason passou uma das mãos pelos cabelos loiros. “Nossa tarefa é ficar pajeando os Caídos por toda a eternidade. ‘Eles jamais encontrarão a paz ou a remissão dos pecados. Hão de implorar para sempre, mas jamais obterão misericórdia.’ Às vezes parece que estamos cumprindo essa pena junto com eles.” “Que seja. Temos ordens a cumprir.” “E é só isso que importa para você.” “E para você também deveria ser assim. Afinal, não somos Sentinelas?” Jason hesitou por um momento, depois abriu um sorriso amarelo. “Muito bem.” Adrian fez com que a conversa retomasse o rumo desejado. “Quero que Lindsay comece a ser treinada o quanto antes.” “Como? Ela é frágil como uma casca de ovo. Ela pode dar conta dos outros mortais... talvez até de um vampiro ou licano se o fator surpresa estiver a seu lado... mas um combate corpo a corpo com um Sentinela? Pouquíssimas criaturas são capazes de sobreviver a isso.” “Nós já sabemos a força que temos. Vai ser bom para todos nós tomar um pouco mais de cuidado na hora de usá-la.” “E qual o benefício disso?” “Ela vai ser uma arma importante.” Adrian girou a cadeira distraidamente e notou que o céu estava clareando, uma indicação de que a alvorada estava próxima. “Ninguém presta atenção nela. Essa capacidade de passar despercebida pode ser útil de muitas formas.” “Ela vai ser usada como isca?” “Como uma distração.” “Isso ela definitivamente sabe ser.” Adrian notou o tom ligeiramente sarcástico de seu tenente. “Você tem alguma objeção quanto às ordens?” O sorriso desapareceu do rosto de Jason. “Não, capitão.” “Nas últimas quarenta e oito horas, os dois quadros mais altos dos Sentinelas foram atacados. Você viu aquela lacaia no helicóptero... estava enlouquecida... e Damien mencionou uma possível doença no caso do ataque a Phineas. Pedi relatórios atualizados dos Sentinelas em campanha. Quero que você os estude quando chegarem e veja se encontra relatos similares.” “O que você acha?” “Um ou mais dos Caídos pode estar dando seu sangue para que esses lacaios venham atrás de nós em plena luz do dia. Syre me ligou para falar sobre a pilota, o que quer dizer que sabia onde ela estava, mas pareceu surpreso diante da minha afirmação de que fui atacado sem aviso e sem motivo. Ele insinuou que um ato como esse era estranho à natureza dela.” “Você sabe que não pode confiar nele. Ele a entorpeceu com alguma droga e depois ligou para saber como tinha se safado da armadilha. Caso contrário, como ele iria saber que ela estava com você?” “Sim. Foi assim que eu pensei a princípio... que ele estava dando uma de inocente para não ter que assumir a culpa. Nós dois sabemos que ele não me ligaria por causa de um vampiro qualquer, então seu interesse por si só já diz tudo. Mas, quando mencionei o ataque a Phineas, ele não disse nada. Eu não esperava que ele assumisse a responsabilidade pelo assassinato, mas não se manifestar a respeito...? Nenh
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