Capa
Limão Rosa
Folha de Rosto
Flora Figueiredo
Limão Rosa
Créditos
Copyright © 2011 by Flora Figueiredo
Produção editorial: Equipe Novo Século
Capa: Rodolfo Rezende
Diagramação: Claudio Braghini Junior
Preparação: Patrícia Murari
Diagramação para ebook: Janaína Salgueiro
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
Figueiredo, Flora
Limão rosa / Flora Figueiredo. Osasco, SP: Novo Século Editora, 2009.
ISBN: 978-85-7679-274-1
1. Poesia brasileira I. Título
09-09569
CDD-869.91
2011
Direitos cedidos para esta edição à
Novo Século Editora.
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Dedicatótia
Para o Fernão que me fez resgatar:
o banho de chuva
o tatu-bolinha
o catavento
o canto do bambual
a corrida de nuvens
o sapo que não lava o pé
a bruxa embaixo da cama
a caixa de lápis de cor
a receita de torta de maçã
“Há poetas e poetas. Na construção lírica de Flora o verso flui docemente, como se a alma molhasse o papel.
É a poesia espontânea, generosa, deslizante, enquadrando pequenas e profundas emoções. A sensualidade fulgura como um apelo sereno de amor e, se se aviva, tende a perpetuar as carências do espírito, sem expor a crueza do desenho meramente sexual. Em verdade, a poetisa sabe economizar, com talento, a vã costura do inconsequente.”
Olavo Drummond
“Flora Figueiredo corresponde a um bom exemplo da poesia que se adentra nos seus mistérios sem estar submissa a regras e formas.
... os poemas poderiam ser comparados às plantas aquáticas que nos permitem ver-lhes as raízes lá embaixo, como que tateando o chão de que se nutrem, para se abrirem em flor aqui no alto, à tona das águas.”
Josué Montello
“... um brinde aos amantes da poesia. Poemas de grande beleza e refinamento; versos livres, de efetiva proficiência poética.
Passei os olhos em seu livro, senti-lhe qualidade. Aguardei tempo e com calma li, vivenciando.
Você é poeta e seus versos lindos.”
Artur da Távola
“ Caminhei de encanto em canto por céus abertos de amor.
Você tem o dom de transfigurar o cotidiano em lirismo, de pastorear emoções sobre a lã das horas.
Conviver com seus poemas é sentir escorrer do fruto das palavras o sumo de vivências e procuras.”
Paulo Bomfim
“Flora Figueiredo não atira as palavras na mesa: antes, arruma-as, dá-lhes o ritmo, a cadência e a rima da tradição. Eleva-as ao plano do artesanato.”
Fábio Lucas
“Louvo sua linguagem despojada e precisa, que
indica a poetisa que você é.”
Ferreira Gullar
“... ela descreve o que vê em sua volta e o que ocorre dentro de si. E o que ocorre em sua volta somente olhos atentos de um poeta podem notar. Somente o olhar preciso de um poeta pode descobrir. A poesia fere e às vezes dói. O poema se faz aos poucos envolvendo a palavra em seu apelo e em sua magia. Em Flora Figueiredo a poesia flui. Mulher, ela tem direito a tudo e a poesia sabe que é assim. A poesia se deixa levar nesse avental de tardes que ela carrega em sonhos e distâncias.”
Álvaro Alves de Faria
“Tua poesia nasce da vida, cresce com ela, e se expressa na sua fluência, cheia de autenticidade e doçura.
Tens o senso da melodia e da emoção.”
Armindo Trevisan
“Terminei de ler Calçada de verão e ainda estou em estado de coma para tudo o mais em minha volta. Que encanto que é sua poesia! Acho que sofremos a mesma influência dos simbolistas: antes de tudo, a melodia. É o fascínio pela musicalidade.”
Menalton Braff
1. Rotatória
As placas indicavam o contrário.
A menina dobrou o mapa,
guardou a bússola,
dispensou a lógica,
a máxima, o sextante,
quebrou o molde,
rasgou o formulário,
seguiu adiante.
Preferiu se aventurar no imaginário.
2. Degelo
A estrela de vidro quebra a ponta,
de tanto escrever no infinito,
invernos de faz de conta.
3. Recic