Getúlio 1882 – 1930 – Lira Neto

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Getúlio Dornelles Vargas (1882-1954) é a figura histórica sobre a qual mais se escreveu no Brasil. No entanto, na copiosa bibliografia dedicada a ele, não havia até agora uma biografia completa, de cunho jornalístico e objetivo, que procurasse reconstituir em minúcias a trajetória pessoal e política do personagem do modo mais isento possível. A monumental trilogia Getúlio, de Lira Neto, da qual se lança agora o primeiro volume, vem suprir com sobras essa lacuna. Ao longo de dois anos e meio, o autor se debruçou sobre uma vastíssima gama de documentos – muitos deles inéditos ou pouco explorados – para ajudar a decifrar a “esfinge Getúlio” e mostrar como foi possível que convivessem no mesmo indivíduo o revolucionário, o ditador, o reformador social e o demagogo. Sem desdenhar nenhum tipo de fonte ou arquivo, Lira Neto se serviu de cartas pessoais e memorandos oficiais, de diários íntimos, autos judiciais, boletins de ocorrência, notícias de jornal, anúncios de publicidade, charges, hinos, marchinhas, livros de memórias, entrevistas, depoimentos etc. O resultado desse árduo trabalho, acompanhado de um mergulho na bibliografia histórica sobre o período, é um relato envolvente, por vezes eletrizante, ao qual o talento narrativo do autor confere a vivacidade e o ritmo de um bom romance. A herança política caudilhista, sob a égide dos caudilhos gaúchos Julio de Castilhos e Borges de Medeiros; a formação positivista, com uma forte tendência anti-cristã depois abafada por conveniências políticas; as escaramuças da sangrenta política regional gaúcha; o aprendizado da política (e da politicagem) em âmbito nacional na capital da República; as relações ambivalentes com as velhas oligarquias e com a inquietação tenentista; o esboço das ideias trabalhistas e da tutela do estado sobre as relações entre o capital e o trabalho; o desenvolvimento de uma personalidade política ardilosa; a oscilante candidatura de oposição à presidência em 1930 e por fim a Revolução vitoriosa que liquidou a Primeira República e instaurou uma nova era na política brasileira – tudo isso é narrado de modo vívido neste primeiro volume.

Getúlio, em 1894, aos doze anos de idade. Cândida Dornelles e Manuel do Nascimento Vargas, os pais de Getúlio. O exame que Getúlio prestou para ingressar no Ginásio Mineiro, aos catorze anos. Carlos de Almeida Prado (terceiro à esquerda) com a família: o jovem assassinado por Viriato Vargas em 1897. Estudantes gaúchos em Ouro Preto: Getúlio é o último à direita, em pé; Protásio, o segundo à esquerda, também em pé; Viriato está sentado, ao centro. A rua da Praia, então a mais elegante de Porto Alegre, em fotografia do início do século xx. Júlio de Castilhos com mulher e filhos. Borges de Medeiros (indicado com a seta) passeia com comitiva pela capital gaúcha. Getúlio em dois momentos: aluno da Escola Militar, aos dezenove anos, e acadêmico de direito, aos 22. Reunião dos jovens estudantes do Bloco Acadêmico Castilhista (Getúlio está indicado com a seta) com Borges de Medeiros, em 1907. O advogado Getúlio Vargas, aos 28 anos. Com o traje de formatura, em 1907. O deputado estadual Getúlio Vargas, em 1910. Os recém-casados Getúlio Vargas e Darcy Sarmanho: ele, com 29 anos; ela, com quinze. Acima, Getúlio e Darcy; no alto, os filhos do casal (Lutero, Jandira, Alzira, Manuel Antônio e Getulinho), que também aparecem na outra foto, já um pouco maiores, com a mãe, no Rio de Janeiro, na varanda da casa da ladeira do Ascurra, em 1926. Getúlio Vargas, deputado estadual (ao lado), e com os filhos Lutero e Manuel Antônio. Acampamento federalista durante a Revolução de 1923 no Rio Grande do Sul. Assis Brasil, líder dos “libertadores”. Honorio Lemes, o “Leão de Caverá”. Getúlio Vargas, deputado federal. Na foto, Washington Luís e seu ministro da Fazenda, Getúlio Vargas, em 1927. No alto, charge da Folha da Noite denuncia a incompatibilidade dos titulares com as respectivas pastas. Ao lado, em página de O Malho, as caricaturas do presidente e seus auxiliares diretos (Getúlio está no canto superior direito da ilustração). Entre os muitos pretendentes ao cargo de ministro da Fazenda, Washington Luís decide por um não especialista: Getúlio. No alto e à esquerda, dois panfletos da campanha de Getúlio Vargas ao governo do Rio Grande do Sul, em 1927; acima, capa da revista gaúcha Máscara, de janeiro de 1928, em homenagem aos eleitos Getúlio e João Neves (vice). O presidente (cargo equivalente ao de governador à época) do Rio Grande do Sul, Getúlio Vargas, em sua mesa de trabalho; no alto, no Congresso das Municipalidades, em 1929, evento que consolidou a pacificação do estado. Getúlio Vargas, com seu traje predileto, sapato bicolor e terno de linho branco, às vésperas de se candidatar à presidência da República. Getúlio Vargas cavalga na estância Santos Reis, em São Borja, Rio Grande do Sul. A Aliança Liberal faz propaganda política para as massas: cartazes, palavras cruzadas em jornal, medalhas e pregadores para lapelas. Getúlio em visita política ao interior do Rio Grande (abaixo), à porta do palácio do governo gaúcho (ao lado) e no Rio de Janeiro, durante solenidade de leitura da plataforma de campanha, na esplanada do Castelo, em janeiro de 1930 (acima). Nas caricaturas da época, Getúlio aparece como azarão na disputa pela presidência da República e como um traidor de Washington Luís. Os candidatos a “miss Brasil”: Getúlio, Antônio Carlos e Júlio Prestes; o juiz é Washington Luís, que fala ao Jeca, ou seja, ao povo. A imprensa governista explorou a ambiguidade das cartas que Getúlio escreveu a Washington Luís e destacou a violência eleitoral; a revista Careta foi uma das poucas publicações a tratar o candidato oposicionista de forma positiva: na charge acima, Getúlio conduz a democracia na garupa de seu alazão. A partida do com
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