Em 1924, Artur Virgilio Alves Reis, um comerciante português falido, trama sozinho o maior golpe financeiro de todos os tempos. Em dois anos, se tornaria o homem mais rico e poderoso de seu país. O que parecia um plano com pouca eficácia de um homem com muita imaginação, acabou causando problemas macroeconômicos. Desde o grande terremoto de 1755, Portugal não sofria abalo econômico tão profundo. O autor narra desde o momento da elaboração do golpe até o julgamento dos réus, em 1930. Nas audiências finais, Alves Reis contou ainda com a presença do poeta Fernando Pessoa entre os ouvintes da platéia, curioso em assistir a sua defesa. Traz, em anexo, a transcrição das anotações de Fernando Pessoa no último dia do julgamento.
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Murray Teigh Bloom
Organização e prefácio
"Uma aventura desenvolvimentista"
Gustavo H.B. Franco
Anexo: Uma testemunha especial
Notas de Fernando Pessoa sobre o julgamento de Alves Reis
7 PREFÁCIO
Uma aventura desenvolvimentista, GUSTAVO H.B. FRANCO
19 PRÓLOGO
Londres, 28 de abril de 1932
21 CAPÍTULO UM: 1924
Lisboa, 24 de novembro
Paris, 28 de novembro
Lisboa, 30 de novembro
Berlim, l° de dezembro
Haia, 2 de dezembro
Haarlem, 2 de dezembro
Londres, 4 de dezembro
Lisboa, 5 de dezembro
Haia, 5 de dezembro
Lisboa, 7 de dezembro
Haia, 13 de dezembro
Londres, 17 de dezembro
Haia, 18 de dezembro
Lisboa, 22 de dezembro
113 CAPÍTULO DOIS: 1925
Londres, 6 de janeiro
Lisboa, 13 de janeiro
Londres, 10 de fevereiro
Haia, 11 de fevereiro
Lisboa, 16 de fevereiro
Lisboa, l° de março
Lisboa, 15 de abril
Paris, 29 de abril
Londres, 9 de maio
Haia, 21 de maio
Lisboa, 28 de maio
Haia, 26 de julho
Londres, 29 de julho
Lisboa, l° de agosto
Londres, 6 de agosto
Haia, 8 de agosto
Carlsbad, Tchecoslováquia, 12 de agosto
Paris, 27 de agosto
Londres, 29 de agosto
Lisboa, 14 de setembro
Angola, 8 de outubro
Londres, 9 de outubro
Haia, lo de outubro
Lisboa, 12 de novembro
Angola, 14 de novembro
Lisboa, 23 de novembro
Porto, 4 de dezembro
Haia, 5 de dezembro
S.S. Woerman, 6 de dezembro
Lisboa, 6 de dezembro
Londres, 9 de dezembro
Lisboa, 12 de dezembro
Londres, 12 de dezembro
Lisboa, 14 de dezembro
Lisboa, 24 de dezembro
Londres, 28 de dezembro
235 CAPÍTULO TRÊS: 1926-1932
Haia, 11 de janeiro
Lisboa, 13 de janeiro
Haia, março
Lisboa, 28 de maio
Haia, 26 de novembro
Helsa, Alemanha, maio de 1927
Londres, julho
Lisboa, 27 de abril de 1928
Lisboa, 31 de maio
Londres, 29 de novembro
Paris, janeiro de 1929
Nice, abril
Londres, 9 de novembro
Lisboa, dezembro
Lisboa, 6 de maio de 1930
Lisboa, 11 de maio
Londres, 24 de novembro
Lisboa, janeiro de 1931
Londres, 26 de março
Londres, 6 de julho
Londres, 28 de abril de 1932
313 EPÍLOGO: 1932-1964
Berlim, 20 de setembro
Seaford, Sussex, Inglaterra, 22 de dezembro de 1933
Lisboa, 1935
Berlim, 29 de agosto de 1936
Lisboa, 7 de maio de 1945
Cannes, 13 de fevereiro de 196o
Londres, 17 de março
Lisboa, 30 de março
Caracas, Venezuela, maio de 1964
Londres, 3o de julho
Lisboa, agosto
Haarlem, 24 de agosto
Haia, 25 de agosto
ANEXO: UMA TESTEMUNHA ESPECIAL 351
Notas de Fernando Pessoa sobre o julgamento de Alves Reis
361 Agradecimentos
Gustavo H.B. Francos
* Gustavo H.B. Franco é professor do Departamento de Economia da PUC-Rio desde 1986. Foi diretor e presidente do Banco Central do Brasil entre 1993 e 1999 e um dos mentores do Plano Real. É sócio fundador da Rio Bravo Investimentos e autor de vários livros, entre os quais: A economia em Pessoa (Zahar, 2007),A economia em Machado deAssis (Zahar, 2007), Crônicas da convergência, O desafio brasileiro e O Plano Real e outros ensaios.
Esta é uma história real, uma minuciosa e cativante reportagem escrita por um especialista, o experiente e renomado jornalista americano Murray Teigh Bloom, certa vez descrito, numa homenagem pela Universidade de Columbia, onde se formou em 1937, como "o mais puro e exemplar jornalista independente" de sua época. Bloom foi fundador e presidente da Associação Americana de jornalistas e Autores, e entre tantos livros e feitos, foi o autor de um célebre artigo para a revista True, em 1952, revelando a verdadeira identidade do assassino de Trotsky, que estava incomunicável no México desde a sua prisão em flagrante.
Esta advertência inicial deve ser feita com toda a ênfase, para o benefício do leitor, pois, com certeza, ele vai duvidar do enredo, especialmente dos detalhes da narrativa que terá diante de si. E, ao refugiar-se na licença poética geralmente concedida aos romances policiais, perderia o melhor aspecto desta história: o que se segue é inacreditavelmente verdadeiro!
Se enquadrarmos o episódio contado neste livro em uma definição simplificada, como um "crime de falsificação'; não há dúvida de que estamos