O Guardião – Nicholas Sparks

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Quarenta dias após a morte de seu marido, Julie Barenson recebe uma encomenda deixada por ele. Dentro da caixa, encontra um filhote de cachorro dinamarquês e um bilhete no qual Jim promete que sempre cuidará dela.

Quatro anos mais tarde, Julie já não pode depender apenas da companhia do fiel Singer, o filhotinho que se tornou um cachorro enorme e estabanado.

Depois de tanto sofrimento, ela enfim está pronta para voltar a amar, mas seus primeiros encontros não são nada promissores. Até que surge Richard Franklin, um belo e sofisticado engenheiro que a trata como uma rainha.

Julie está animada como havia muito tempo não se sentia, mas, por alguma razão, não consegue compartilhar isso com Mike Harris, seu melhor amigo. Ele, por sua vez, é incapaz de esconder o ciúme que sente dela.

Quando percebe que seu desconforto diante de Mike é causado por um sentimento mais forte que amizade, Julie se vê dividida entre esses dois homens. Ela tem que tomar uma decisão. Só não pode imaginar que, em vez de lhe trazer felicidade, essa escolha colocará sua vida em perigo.

O guardião contém tudo o que os leitores esperam de um romance de Nicholas Sparks, mas desta vez ele se reinventa e acrescenta um novo ingrediente à trama: páginas e mais páginas de muito suspense.

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10 Mike estava na oficina, balançando a cabeça pensativamente e fazendo o possível para não estrangular seu cliente. E para não matar Henry, por ter lhe empurrado esse cliente em particular. Assim que Benny Dickens havia entrado, Henry subitamente se lembrara de dar um telefonema importante e sumira de vista. – Você não se importa de atendê-lo, não é, Mike? Benny era um rapaz de 21 anos cuja família era dona da mina de fosfato na saída da cidade, uma empresa com mais de três mil funcionários, o que a tornava a maior empregadora de Swansboro. Benny tinha abandonado a escola na décima série, mas possuía uma casa enorme na beira do rio, comprada com o dinheiro do pai. O rapaz nunca nem pensara em trabalhar e tinha dois filhos pequenos, de mães diferentes. Sua família era de longe o maior cliente da oficina, do tipo que as pequenas empresas não podiam se dar ao luxo de perder. O velho Dickens adorava Benny. Achava que o filho era um deus. Muito tempo atrás, Mike concluíra que o pai dele era um idiota. – Mais alto – dizia Benny, começando a ficar com as bochechas coradas e a voz estridente. – Eu disse que queria alto! Benny se referia ao ronco do motor de seu Corvette Callaway recém-comprado. Ele o levara para a oficina para Mike “deixá-lo mais alto”. Provavelmente para combinar com as chamas que pintara no capô na semana anterior e com o sistema de som estéreo que mandara instalar. Benny iria com o carro para Fort Lauderdale nas férias de verão, na semana seguinte, com a esperança de seduzir o máximo de jovens que pudesse. Um rapaz realmente impressionante. – Está alto – disse Mike. – Mais alto do que isso é ilegal. – Não é ilegal. – Você será parado pela polícia – disse Mike. – Posso lhe garantir. Benny piscou como se tentando entender o que Mike dizia. – Você não sabe do que está falando, seu mecânico estúpido. Isso não é ilegal, ouviu? – Mecânico estúpido – disse Mike, balançando a cabeça. – Entendi. Duas mãos em volta de seu pescoço, os polegares no pomo de Adão. Era só apertar e sacudir. Benny pôs as mãos nos quadris. Como sempre, usava um Rolex. – Meu pai não conserta todos os caminhões dele aqui? – Sim. – E não é um bom cliente? – Sim. – Não foi para cá que eu trouxe meu Porsche e meu Jaguar? – Sim. – Não pago sempre em dia? – Sim. Benny agitou os braços, exasperado, sua voz se tornando mais estridente. – Então por que você não deixou o motor alto? Lembro que vim aqui e expliquei isso muito claramente. Eu falei que queria alto! Para passear pela avenida principal! As garotas gostam de barulho! E não estou indo lá para me bronzear, ouviu? – Garotas, nada de bronze – disse Mike. – Ouvi. – Então faça com que fique alto! – Alto. – Sim! E quero o carro pronto amanhã! – Amanhã. – Alto! Consegue entender isso, não é? Alto! – Sim. Atrás de Mike, Henry coçava o queixo. Assim que Benny saíra cantando os pneus do Jaguar, ele voltara para a oficina. Mike ainda estava mexendo no motor, fervendo de raiva e resmungando, e não notara a presença do irmão. – Talvez você devesse deixá-lo mais barulhento – disse Henry. – Estou me referindo ao motor. Mike olhou para cima. – Cale a boca, Henry. Henry ergueu as mãos, bancando o inocente. – Só estou tentando ajudar. – Sim, sei. Como o homem que liga o interruptor da cadeira elétrica. Por que me fez atender aquele moleque? – Você sabe que não o suporto. – Ah, e eu suporto? – Talvez não. Mas você é muito melhor em aceitar abusos do que eu. Lida com isso muito bem e sabe que a empresa do pai dele é um cliente que não podemos perder. – Eu quase o estrangulei. – Mas não estrangulou. E pense nisto: poderemos lhe cobrar mais. – Mesmo assim não vale a pena. – Ah, Mike, pare com isso. Você se portou como um verdadeiro profissional. Fiquei impressionado. – Ele me chamou de mecânico estúpido. – Vindo de Benny, você deveria encarar isso como um elogio. – Henry pôs a mão no ombro do irmão. – Mas ouça, se isso acontecer de novo, talvez deva tentar algo diferente. Para acalmá-lo um pouco. – Amordaçá-lo
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