Toda Sua – Crossfire Vol. 1 – Sylvia Day

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Eva Tramell tem 24 anos e acaba de conseguir um emprego em uma das maiores agências de publicidade dos Estados Unidos. Tudo parece correr de acordo com o plano, até que ela conhece o jovem bilionário Gideon Cross, o homem mais sexy que ela – e provavelmente qualquer outra pessoa – já viu. Gideon imediatamente se interessa por Eva, que faz tudo o que pode para resistir à tentação. Mas ele é lindo, forte, rico, bem-sucedido, poderoso e sempre consegue o que quer – Eva acaba se entregando. Uma relação intensa começa. O sexo é considerado por eles como incrível. Capaz de levar os dois a extremos a que jamais tinham chegado. E, então, eles se apaixonam – o que pode ser tanto a chave para um futuro feliz quanto a faísca que trará de volta os traumas do passado.

Toda Sua – Crossfire – Livro 01 – Sylvia Day

! Sylvia Day Toda Sua Para o dr. David Allen Goodwin. Meu amor e minha gratidão são infinitos. Obrigada, Dave. Você salvou minha vida. ! 1 ! — A gente devia ir até um bar comemorar. A declaração enfática de meu amigo Cary Taylor, com quem eu dividia um apartamento, não foi nada surpreendente. Ele estava sempre disposto a comemorar, mesmo as coisas mais insignificantes. Sempre considerei isso parte de seu charme. — Sair pra beber um dia antes de começar num emprego novo com certeza não é uma boa ideia. — Vamos lá, Eva. Cary sentou no chão da sala do nosso novo apartamento, em meio à bagunça da mudança, e abriu seu sorriso irresistível. Fazia dias que só cuidávamos da arrumação, e ainda assim ele estava lindo. Com seu corpo esguio, cabelos escuros e olhos verdes, Cary era o tipo de homem cuja aparência, quaisquer que fossem as circunstâncias, raramente era algo menos do que incrível. Isso me deixaria com raiva, se ele não fosse a pessoa que eu mais adorava no mundo. — Não estou dizendo pra gente encher a cara, ele insistiu. — Só uma ou duas tacinhas de vinho. A gente pega o happy hour e volta pra casa lá pelas oito. — Não sei se vou ter tempo. Apontei para minha calça de ioga e meu top de ginástica. — Depois que eu cronometrar a caminhada até o trabalho, vou pra academia. — É só andar depressa e malhar mais depressa. A expressão de Cary, com as sobrancelhas cuidadosamente curvadas em um arco perfeito, me fez rir. Nunca perdi a esperança de que seu rosto incrível aparecesse um dia em outdoors e revistas de moda do mundo inteiro. Qualquer que fosse sua expressão, ele era um arraso. — Que tal amanhã, depois do trabalho?, ofereci em troca. — Se eu conseguir sobreviver ao primeiro dia, aí sim vamos ter o que comemorar. — Combinado. Hoje vou estrear a cozinha nova fazendo o jantar. — Hã... Cozinhar era um dos prazeres de Cary, mas não um de seus talentos. — Legal. Afastando uma mecha de cabelo que caíra sobre seu rosto, ele me olhou com um sorriso. — A gente tem uma cozinha de fazer inveja à maioria dos restaurantes. Não tem erro ali. Não muito convencida, eu me despedi com um aceno, decidida a me esquivar da conversa sobre a cozinha. Desci para o térreo de elevador e sorri para o porteiro quando ele abriu a porta pra mim. Assim que pus o pé para fora, fui envolvida pelos aromas e ruídos de Manhattan, que me convidavam a sair e explorar. Eu não estava apenas do outro lado do país em relação à minha antiga casa em San Diego — parecia estar em outro mundo. Duas metrópoles importantes — uma infinitamente amena e sensualmente preguiçosa, a outra pulsando como um organismo vivo carregado de uma energia frenética. Nos meus sonhos, eu me imaginava em um pequeno e charmoso prédio no Brooklyn, mas, por ser uma boa menina, acabei no Upper West Side. Se não fosse o Cary, eu estaria completamente sozinha em um apartamento enorme que custa por mês mais do que a maioria das pessoas ganha em um ano. Paul, o outro porteiro, me cumprimentou tirando o quepe. — Boa noite, senhorita Tramell. Vai precisar de um táxi esta noite? — Não, obrigada, Paul. Bati no chão com os amortecedores do meu tênis de ginástica. — Vou sair pra caminhar. Ele sorriu. — Esfriou um pouquinho agora no fim da tarde. O tempo está gostoso. — Me disseram pra aproveitar o mês de junho, antes que comece o calor de verdade. — Um ótimo conselho, senhorita Tramell. Ao me afastar da fachada envidraçada e moderna que de alguma forma não destoava da idade do edifício e da vizinhança, desfrutei da relativa tranquilidade da rua arborizada antes de chegar à agitação e ao trânsito intenso da Broadway. Eu ainda tinha esperanças de me adaptar rapidamente, mas por enquanto me
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