Passaram-se 33 anos e mais de 4.000 páginas, traduzidas em mais de 40 países, foram escritas: tudo em busca da Torre Negra. Ambientada em um mundo extraordinário, repleto de imagens magníficas e personagens inesquecíveis, a série A Torre Negra é diferente de qualquer outra leitura. Este, o 7º e último volume, é uma porta que se abre para as extensões mais longínquas da imaginação de Stephen King.
“O homem de preto fugia pelo deserto e o pistoleiro ia atrás”. A série começa com essa frase de assinatura, imortalizada no papel quando Stephen King tinha 19 anos e fazia faculdade. Foi numa aula sobre os poetas românticos que o es-critor conheceu o poema épico “Childe Roland to the Dark Tower Came”, do inglês Robert Browning, uma das principais fontes de inspiração da série A Torre Negra, além da trilogia O Senhor dos Anéis e do filme The Good, The Bad and the Ugly (Três Homens em Conflito).
Partindo dessas fontes, King percorreu um longo caminho, cheio de portas e mundos, que aqui chega ao fim — ou será que é o começo? Neles, o pistoleiro Roland é obcecado por uma enorme corrente de energia que emana da torre que ele busca, e que precisa ser resgatada, pois está enfraquecendo.
A Torre Negra – A Torre Negra – Vol. 7 – Stephen King
A
T
ORRE
N
EGRA
Tradução de Mário Molina
Copyright © 2004 by Stephen King
Publicado mediante acordo com o autor através de Ralph M. Vicinanza, Ltd.
Proibida a venda em Portugal
Título original
The Dark Tower
—
The Dark Tower Vol.
VII
Todos os direitos desta edição reservados à
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Capa
Crama Design Estratégico
Ilustração de capa
Igor Machado
Copidesque
Julia Michaels
Revisão
Fátima Fadel
Rodrigo Rosa de Azevedo
Editoração Eletrônica
Abreu’s System Ltda.
CIP-BRASIL. CATALOGAÇÃO-NA-FONTE
SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVRO, RJ
K64t
King, Stephen
A torre negra / Stephen King ; tradução de Mário Molina. – Rio de
Janeiro : Objetiva, 2007
871 p. ( A torre negra, v.7 ) ISBN 978-85-7302-837-9
Tradução de :
The dark tower
1. Romance americano. I. Molina, Mário. II. Título. III. Série.
07-0838 CDD 813
CDU 821-111 (73)-3
Aquele que fala sem um ouvido atento é mudo.
Por isso, Leitor Fiel, este último livro
do ciclo da Torre Negra
é dedicado a você.
Longos dias e belas noites.
Não ouvi-la? Com tantos sons à volta! O ribombar
dos sinos cada vez mais alto. Nomes nos meus ouvidos
Todos os aventureiros, meus companheiros perdidos —
Como, se um era tão forte, outro de tão corajoso bradar,
Outro tão afortunado, como foram perdidos acabar?
Um instante trazia tantos anos de sofrimentos renascidos.
Ali estavam eles, pelos lados dos montes, unidos
Para assistir meu fim. Eu, uma moldura animada
Para mais um quadro! Numa súbita labareda
Eu os vi e reconheci a todos. E, destemido,
Deixei meus lábios formarem um bramido:
“Childe Roland à Torre Negra chegou”, foi minha chamada.
— Robert Browning
“Childe Roland à Torre Negra Chegou”
Nasci
Pistola de seis balas na mão,
atrás de uma arma
Travarei minha última batalha.
— Bad Company
O que me tornei?
Meu mais amável amigo
Todos que conheço
Acabam indo embora
Você podia ter tudo isso
Meu império de sujeira
Vou te decepcionar
Vou te fazer sofrer
— Trent Reznor
19
99
REPRODUÇÃO
REVELAÇÃO
REDENÇÃO
RECOMEÇO
PARTE UM
O PEQUENO REI VERMELHO
DAN-TETE
CAPÍTULO I - CALLAHAN E OS VAMPIROS
UM
Père Callahan tinha sido o padre católico de uma cidade, ’Salem’s Lot era seu nome, que não existe mais em qualquer mapa. Ele não se importava muito com isso. Conceitos como o de realidade tinham deixado de ter importância.
Este antigo padre tinha agora em seu poder um objeto pagão, uma pequena tartaruga talhada em marfim. Havia uma lasca no bico e um arranhado que lembrava um ponto de interrogação no casco, mas apesar disso era uma bonita peça.
Bonita e poderosa. Ele podia sentir o poder em sua mão como uma carga elétrica.
— Como é bela — sussurrou para o garoto que estava com ele. — É a Tartaruga Maturin? É, não é?
O garoto era Jake Chambers, que completara um longo circuito para voltar quase exatamente a seu ponto de partida ali em Manhattan.
— Não sei — disse ele. — Ela a chama de sköldpadda. Pode nos ajudar, mas não pode matar os capangas que estão à nossa espera lá dentro. — Apontou a cabeça para o Dixie Pig, sem saber se pretendera se referir a Susannah ou a Mia ao usar o nada inocente pronome feminino ela. Há algum tempo teria dito que isso não importava porque as duas mulheres estavam inseparavelmente atadas. Agora, contudo, achava que tinha importância, ou logo iria ter.
— Está pronto? — Jake perguntou ao Père, querendo dizer: Pronto para enfrentar. Pronto para lutar. Pronto para matar.
— Oh, estou — Callahan disse calmamente, pondo a tartaruga de olhos sábios e casco arranhado no bolso da camisa, ao lado das balas extra