Você está convidado a juntar-se a um grupo que durante uma semana vai estudar com um dos maiores especialistas em liderança dos Estados Unidos. Leonard Hoffman, um famoso empresário que abandonou sua brilhante carreira para se tornar monge em um mosteiro beneditino, é o personagem central desta envolvente história criada por James C. Hunter para ensinar de forma clara e agradável os princípios fundamentais dos verdadeiros líderes.
Se você tem dificuldade em fazer com que sua equipe dê o melhor de si no trabalho e gostaria de se relacionar melhor com sua família e seus amigos, vai encontrar neste livro personagens, idéias e discussões que vão abrir um novo horizonte em sua forma de lidar com os outros. É impossível ler este livro sem sair transformado.
O Monge e o Executivo é, sobretudo, uma lição sobre como se tornar uma pessoa melhor.
O Monge e o Executivo – Uma história sobre a essência da liderança – James C. Hunter
O MONGE E O
EXECUTIVO
UMA HISTÓRIA
SOBRE A
ESSÊNCIA DA
LIDERANÇA
SUMÁRIO
Prólogo • 7
CAPÍTULO UM
As definições • 16
CAPÍTULO DOIS
O velho paradigma • 39
CAPÍTULO TRÊS
O modelo • 57
CAPÍTULO QUATRO
O verbo • 72
CAPÍTULO CINCO
O ambiente • 97
CAPÍTULO SEIS
A escolha • 111
CAPÍTULO SETE
A recompensa • 126
Epílogo • 137
PRÓLOGO
As idéias que defendo não são minhas. Eu as tomei emprestadas de Sócrates, roubei-as de Chesterfield, fartei-as de Jesus. E se você não gostar das idéias deles, quais seriam as idéias que você usaria? – DALE CARNEGIE
A ESCOLHA FOI MINHA. Ninguém mais é responsável por minha partida.
Olhando para trás, acho quase impossível acreditar que eu — um superocupado gerente-geral de uma grande indústria – tenha deixado a fábrica para passar uma semana inteira num mosteiro ao norte de Michigan. Sim, foi isso mesmo. Um mosteiro autêntico, cercado por um belíssimo Jardim, com frades, cinco serviços religiosos por dia, cânticos, liturgias, comunhão, alojamentos comunitários. Por favor, compreenda, não foi fácil. Eu resisti o quanto pude, esperneando de todas as maneiras. Mas, afinal, escolhi ir.
"SIMEÃO" era um nome que me perseguia desde que nasci.
Quando criança, fui balizado na igreja luterana local. A certidão de batismo mostrava que o versículo da Bíblia escolhido para a cerimônia pertencia ao segundo capítulo de Lucas, a respeito de um homem chamado Simeão. De acordo com Lucas, Simeão foi "um homem muito correto e devoto, possuído pelo Espírito Santo". Aparentemente ele teve uma inspiração sobre a vinda do Messias ou qualquer coisa do gênero que nunca entendi.
Este foi meu primeiro encontro com Simeão.
Ao final da oitava série fui crismado na igreja luterana. O pastor escolheu um verso da Bíblia para cada candidato à confirmação, e quando chegou minha vez leu em voz alta o mesmo trecho de Lucas sobre Simeão. "Coincidência bem estranha", lembro-me de ter pensado na época.
Logo depois - e durante os vinte e cinco anos seguintes - tive um sonho recorrente que acabou me atemorizando. No sonho, é tarde da noite e eu estou completamente perdido, correndo num cemitério. Embora não possa ver o que está me perseguindo, sei que é o mal, alguma coisa querendo me causar grande dano. De repente, um homem vestido com um manto negro aparece na minha frente, vindo de trás de um grande crucifixo de concreto.
Quando esbarro nele, o homem muito velho me agarra pêlos ombros, olha-me nos olhos e grita: "Ache Simeão - ache Simeão e ouça-o!" Eu sempre acordava nessa hora, suando frio.
Para completar, no dia do meu casamento o pastor se referiu a essa figura bíblica durante sua breve homilia. Fiquei tão atordoado que cheguei a confundir-me na hora de pronunciar os votos, o que foi bastante constrangedor.
Na realidade, eu nunca soube ao certo se havia algum significado para todas essas
"coincidências" envolvendo o nome de Simeão. Minha mulher, Raquel, sempre esteve convencida de que havia.
NO FINAL DOS ANOS 1990, eu me sentia num momento de glória. Estava empregado em uma importante indústria de vidro plano e era gerente-geral de uma fábrica com mais de quinhentos funcionários e mais de cem milhões de dólares em vendas anuais. Quando fui promovido ao cargo, tornei-me o mais jovem gerente-geral da história da companhia, fato de que ainda muito me orgulho. Tinha bastante autonomia de trabalho e um bom salário, acrescido de bônus sempre que atingisse as metas da empresa.
Eu e Rachel, minha linda mulher com quem estou casado há dezoito anos, nos conhecemos na Universidade Valparaíso, no estado de Indiana, onde me formei em Administração de Empresas, e ela, em Psicologia. Queríamos muito ter filhos e lutamos contra a infertilidade durante vários anos, de todas as maneiras. Rachel sofria muito com a infertilidade, e nunca abandonou a esperança de ter filhos. Muitas vezes a surpreendi rezando, pedindo um filho.
Então, em circunstâncias raras mas maravilhosas, adotamos um menino assim que nasceu, lhe demos o nome de John