O Poder dos Seis – Os Legados de Lorien – Vol. 2 – Pittacus Lore

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O planeta Lorien foi devastado pelos mogadorianos, e seus habitantes, dizimados. Exceto nove crianças e seus guardiões, que se exilaram na Terra. Eles são como os super-heróis que idolatramos nos filmes e nos quadrinhos – porém, são reais. O Número Um foi morto na Malásia. O Número Dois, na Inglaterra. E o Número Três, no Quênia. Tentaram pegar o Número Quatro, John Smith, em Ohio, e falharam. Em O poder dos seis, John e a Número Seis se recuperam da grande batalha contra os mogadorianos, de quem ainda fogem para salvar a própria vida. Enquanto isso, a Número Sete está escondida em um convento na Espanha, acompanhando pela Internet notícias sobre John. Ela se pergunta onde estão Cinco e Seis, imaginando se um deles é a garota de cabelo preto e olhos cinzentos de seus sonhos, cujos poderes vão além de tudo o que ela já imaginou, aquela que tem a força necessária para reunir os seis sobreviventes.

O Poder dos Seis – Os Legados de Lorien – Livro 2 – Pittacus Lore

Os eventos neste livro são reais. Nomes e lugares foram modificados para proteger os seis Lorienos. Outras civilizações realmente existe. E algumas querem destruir vocês.   CAPÍTULO UM   MEU NOME É MARINA, A QUE VEM DO MAR, MAS LEVOU muito tempo até que eu fosse chamada assim. No início eu era conhecida apenas como Sete, uma dentre os nove Gardes sobreviventes do planeta Lorien, cujo destino foi depositado, e ainda é, em nossas mãos. Nas mãos daqueles de nós que não foram perdidos. Daqueles que ainda vivem. Eu tinha seis anos quando aterrissamos. Quando a nave pousou com um solavanco na Terra, mesmo sendo tão jovem, eu pressentia quanta coisa havia em jogo para nós — nove Cêpans, nove Gardes — e que nossa única chance estava aqui, à nossa espera. Tínhamos entrado na atmosfera do planeta em meio a uma tempestade que nós mesmos criáramos, e eu me lembro, enquanto nossos pés tocavam o solo terrestre pela primeira vez, dos pequenos jatos de vapor que a nave liberava e do arrepio que eriçou os pelos de meus braços. Eu não sentia o vento havia um ano, e fazia muito frio do lado de fora. Alguém esperava por nós. Não sei quem era; sei apenas que entregou a cada Cêpan duas mudas de roupa e um envelope grande. Até hoje não sei o que havia ali dentro. Permanecemos próximos uns dos outros, em grupo, cientes de que talvez nunca mais nos víssemos de novo. Palavras foram ditas, abraços foram trocados, e depois nos separamos, como sabíamos que era necessário, e caminhamos aos pares em nove direções. Fiquei olhando por cima do ombro, vendo os outros se afastarem, até que, pouco a pouco, um de cada vez, todos desaparecessem, E então ficamos apenas Adelina e eu, andando sozinhas por um mundo do qual não sabíamos quase nada. Hoje compreendo quão assustada Adelina devia estar. Lembro-me de embarcar em um navio cujo destino eu desconhecia. Lembro-me de dois ou três trens diferentes depois disso. Adelina e eu ficávamos quietinhas, abrigadas em cantos escondidos, afastadas de quem quer que estivesse à nossa volta. Caminhávamos de cidade em cidade, atravessando montanhas e campos, batendo a portas que logo eram fechadas em nossa cara. Estávamos com fome, cansadas e com medo. Lembro-me de me sentar em uma calçada, implorando por algum dinheiro. Lembro-me de chorar em vez de dormir. Tenho certeza de que Adelina trocou algumas de nossas pedras preciosas de Lorien por nada mais que refeições quentes, tamanha era nossa necessidade. Talvez ela tenha dado todas as pedras. E então encontramos este lugar na Espanha. Uma mulher de aparência austera que vim a conhecer como irmã Lúcia veio até a pesada porta de carvalho, Olhou atentamente para Adelina, observando seu desespero, a maneira como seus ombros estavam caídos. Vocês acreditam na palavra de Deus? — a mulher perguntou em espanhol, comprimindo os lábios e analisando-nos com olhos estreitos. A palavra de Deus é meu voto — Adelina respondeu com um aceno solene. Não sei como ela sabia essa resposta, talvez a tivesse aprendido quando ficamos no porão de uma igreja, semanas antes, mas era a resposta certa. Irmã Lúcia abriu a porta. Estamos aqui desde então, onze anos neste convento de pedra com seus aposentos mofados, corredores cheios de correntes de ar e com piso duro que parece blocos de gelo. Sem contar os poucos visitantes, a Internet é minha única fonte de informação do mundo para além dos limites de nossa pequena cidade; e eu a vasculho constantemente em busca de alguma indicação de que os outros estão lá fora, de que estão procurando, talvez lutando. Algum sinal de que não estou sozinha, porque a essa altura não posso dizer que Adelina ainda acredite, que ainda esteja comigo, Sua atitude mudou em algum ponto da travessia das montanhas. Talvez tenha sido quando bateram uma daquelas portas diante de nós e deixaram ao relento uma mulher faminta e sua filha por mais uma noite. O que quer que fosse, Adelina parece ter perdido de vista a necessidade de continuar em movimento, e sua fé no renascim
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