Maré de Verão – O Universo dos Construtores – Vol. 1 – Charles Sheffield

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Dentro de pouco tempo Tremor, o planeta gêmeo de Opala, seria sacudido por gigantescas marés, o que tornaria quase impossivel a permanência ali. Algumas pessoas, no entanto, estavam decididas a enfrentar os perigos de uma viajem a Tremor, justamente quando o fenômeno prometia ser o mais violento de toda a história. Dois funcionários do governo são designados para proteger os visitantes daquele lugar povoado de enigmas, que abriga o segredo dos Construtores – alienígenas há muito desaparecidos – e daquele estranho fenômeno chamado… MARE DE VERAO.

2 osebodigital.blogspot.com MARÉ DE VERÃO Faltava pouco tempo para a Maré de Verão, o momento em que os planetas gêmeos Opala e Tremor estariam mais próximos do seu sol, o que submeteria ambos — Tremor, em particular — a gigantescas marés. E aquela seria a mais violenta Maré de Verão da história, graças à Grande Conjugação de estrelas e planetas do sistema, algo que acontecia apenas uma vez a cada 350.000 anos. As visitas a Tremor naquela época do ano eram proibidas, mas algumas pessoas muito insistentes estavam decididas a fazer a viagem. A professora Darya Lang, que dedicara a vida a estudar os artefatos deixados por alienígenas há muito desaparecidos, conhecidos como Construtores, tinha o palpite que durante a Maré de Verão poderia encontrar a pedra fundamental de sua pesquisa; Lois Nenda e a cecropiana Atvar H’sial tinham seus próprios interesses em Tremor e estavam dispostos a tudo para chegar lá; e o conselheiro Julius Graves estava na pista de duas assassinas. Se elas estivessem escondidas em Tremor, não precisaria da autorização de ninguém para ir até lá prendê-las. A Hans Rebka e Max Perry, funcionários do governo local, não restava opção a não ser viajarem também para Tremor, arriscando a própria vida para proteger a dos visitantes... e descobrir, talvez, o segredo dos Construtores e da Maré de Verão... Um dos mais importantes escritores de ficção científica da atuali-dade, Charles Sheffield é cientista-chefe da Earth Satellite Corporation. Nascido e educado na Inglaterra, tem os graus de bacharel e mestre em matemática e doutorado em física teórica. 4 Charles Sheffield MARÉ DE VERÃO Tradução de Ronaldo Sergio de Biasi Editora Record 6 Prólogo Ano 1086 da Expansão (3170 d.C.) Um silêncio de noventa e sete anos estava terminando. Durante quase um século, o interior da nave não ouvira nenhuma voz de humanos nem sentira qualquer pegada humana. O veículo seguira seu caminho por entre as estrelas, enquanto os passageiros hibernavam, sem sonhos, próximo ao zero absoluto. Uma vez por ano, seus corpos eram aquecidos até a temperatura do nitrogênio líquido, enquanto as mesmas experiências eram implantadas em todos os cérebros a partir do banco de dados central da nave: memórias de cem anos de viagem interestelar, para corpos que envelheceriam menos de um dia. Nas semanas finais de desaceleração, chegou a hora de iniciar o processo de despertá-los. Quando chegassem ao destino, talvez fosse necessário tomar decisões que estivessem além da capacidade das máquinas de bordo... uma idéia que o computador principal da nave, o primeiro do seu tipo a ser equipado com os circuitos emocionais de Karlan, considerava ao mesmo tempo ridícula e insultuosa. Primeiro, os corpos foram aquecidos. Sensores internos captaram o ruído tranquilizador dos corações que voltavam a bater, os suspiros e murmúrios dos pulmões que voltavam a funcionar. A equipe de emergên-7 cia seria acordada primeiro, de dois em dois, na ordem inversa daquela em que haviam entrado em hibernação; só com a aprovação deles os outros seriam despertados. A primeira dupla recuperou a consciência com uma única pergunta no cérebro: tinham chegado ao destino... ou algo inesperado ocorrera? O computador havia sido programado para acordá-los apenas em três circunstâncias. Seriam chamados se a nave estivesse se aproximando do objetivo, Lacoste-32B, uma estrela anã da classe G-2, situada a três anos-luz de distância do farol estelar rosado que era Aldebarã. Seu sono seria interrompido se ocorresse algum desastre no interior da gigantesca nave elipsoidal de meio quilômetro de comprimento, um problema sério demais para que o computador pudesse resolvê-lo sem intervenção humana.A última possibilidade era de que um dos sonhos mais antigos dos astronautas se tornasse realidade: T/l — Transferência Imediata; Transição Interestelar; Transporte Instantâneo; o sistema de propulsão superluminal que revolucionaria a exploração do espaço. Havia mais
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