O pacto assinado em Second Sister foi roubado. D’Orsay, Hasting e as Rosas o querem. Quem o levar para a Ravina do Corvo e consagrá-lo terá o domínio sobre todas as classes. Todos se preparam para a guerra que está por vir. Trinity foi transformada em um santuário, onde Seth monitora constantemente a barreira que protege a cidade. Jack e Ellen treinam seu exercito de fantasmas. Neste momento de guerra, a lealdade dos envolvidos se abalam. Maddie e Jason querem a mesma coisa, mas até que ponto eles estão dispostos a ir por isso?
O Herdeiro Dragão – As Crônicas do Herdeiro – Vol. 3 – Cinda Williams Chima
A SAGA DOS HERDEIROS
03
O HERDEIRO
DRAGÃO
CINDA WILLIAMS CHIMA
Traduzido por Claudia Santana Martins
FAROL
2010
Para Eric e Keith, que acreditam em dragões.
Agradecimentos
Um livro é como um navio. É preciso muitas pessoas para se lançar um. Alguns ajudam na estrutura e no planejamento, outros fornecem o financiamento; alguns ficam aplaudindo na praia, enquanto outros põem mãos à obra e o empurram até tirá-
lo do ancoradouro.
Sou grata a todas as pessoas talentosas na Hyperion, especialmente a minha preparadora de texto, Arianne Lewin, que me fez reescrever o livro todo e aperfeiçoá-lo. Obrigada a Elizabeth Clark, que, junto com o artista Larry Rostant, é responsável pelas belíssimas capas. Obrigada a Angus Killick e sua equipe, que colocaram meus livros nas mãos de professores e bibliotecários. (E obrigada também a esses professores e bibliotecários, que colocaram meus livros nas mãos dos leitores.)
Muito obrigada, Christopher Schelling. Além de ser um agente fantástico, muitas vezes ele me convence, correta ou incorretamente, de que eu não sou louca.
Obrigada a Pam Daum, que é um gênio, pelas maravilhosas fotografias. Escritora, artista, amigas para sempre. Saudades.
Obrigada aos meus generosos colegas da Hudson Writers e Twinsburg Writers por sua crítica amável e detalhada. Obrigada principalmente a Marsha McGregor, que aturou telefonemas bastante incoerentes e conversou comigo até que eu me acalmasse.
Devo um agradecimento sincero a Rod, que forneceu apoio moral, emocional e técnico (website, fotografias, layout e design, assistência técnica para a impressora) ao mesmo tempo que agüentava reclamações ocasionais e cumpria mais do que a sua cota no trabalho doméstico e em questões de relacionamento. (Aqueles cartões de aniversário que foram enviados — não fui eu.)
Finalmente, obrigada aos meus primeiros leitores, Eric e Keith, que deram início a tudo.
Prólogo
Sete Anos Antes
O nevoeiro aderia à montanha Booker como um velho casaco esfarrapado. Os faróis da picape atravessaram a névoa. Embora a estrada fosse estreita e traiçoeira, Madison não estava preocupada. A avó, Min, era capaz de achar o caminho de olhos vendados e em sono profundo.
Min diminuiu a marcha quando a subida se tornou mais íngreme. Seu rosto exibia duros traços de irritação, mas Madison sabia que Min não estava zangada com ela. Sentia-se a salvo, aninhada na picape com John Robert no colo e Grace espremida entre ela e a porta. Grace estava dormindo, a cabeça apoiada na janela, os cabelos emaranhados ao redor do rosto.
Min não teve tempo para penteá-la.
— Mamãe não vai ficar preocupada quando chegar em casa e descobrir que a gente foi embora? — indagou Madison, falando baixinho para não assustar John Robert, que chupava o polegar com aquela expressão concentrada, típica dos bebês.
— Um pouco de preocupação vai fazer bem a Carlene, se quer saber o que acho — disse Min. — Que idéia, deixar uma menina de dez anos tomando conta de um bebê e de uma criança pequena por dois dias.
— Alguém provavelmente faltou — sugeriu Madison. — Ou quem sabe Harold Duane pediu pra ela trabalhar até tarde.
— O bar só fica aberto até as duas. Ela não tinha por que ficar fora a noite toda.
— Eu sou bem adulta pra minha idade. É o que a mamãe diz.
Min bufou e revirou os olhos.
— Eu sei que é, querida. Você é mais adulta do que a sua mãe.
Você nasceu sábia.
Eles passaram pelo muro de tijolos e pedra e pelos pilares iluminados do portão que marcava a propriedade dos Ropers.
Min fez um sinal com a mão ao atravessarem a larga entrada para carros.
— Pra que é isso? — perguntou Madison, sabendo que era uma maldição.
Min não respondeu. Min sempre d