O Herdeiro Mago – As Crônicas do Herdeiro Vol. 2 – Cinda Williams Chima

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Seph McCauley, de 16 anos, passou os últimos três anos sendo expulso de escolas. O problema não é a atitude dele, mas o rastro de desastres mágicos. Seph é um mago, órfão e não treinado, e seus poderes estão crescendo e fugindo de seu controle. Quando ele acha que finalmente será treinado em magia e iniciado na ordem secreta dos magos, descobre que o treinamento tem um alto preço… Será que Seph terá forças para sobreviver a uma guerra de feiticeiros?

A SAGA DOS HERDEIROS 02 O HERDEIRO MAGO CINDA WILLIAMS CHIMA Traduzido por Claudia Santana Martin FAROL 2009 Para Rod, que mudou tudo. Prólogo O alvo era um prédio pobre de três andares em uma área da cidade de Londres que ainda não havia sido reurbanizada. As pessoas e os carros tinham sido retirados das ruas ao redor, e as calçadas sujas transpiravam sob o ar denso. Barreiras mágicas recobriam o tijolo enegrecido pela fuligem, belas como lã de vidro. Era como se fosse uma escultura de gelo ou um castelo de fadas que ocultavam a ameaça dentro de si. Dessa vez o Dragão tinha permanecido on-line por tempo suficiente para ser localizado. Talvez ele tivesse achado que era seguro emergir nas primeiras horas da madrugada. Seis magos entraram pela porta da frente como espectros, escudos firmes no lugar, sabendo que o Dragão atacaria quando se sentisse acuado. Levaram menos de um minuto para descobrir que não havia ninguém no apartamento para matar. D'Orsay entrou depois deles. O apartamento era miserável e pequeno. A mobília era formada de peças de segunda mão acumuladas por muitas décadas. Camadas de sujeira impregnada no tapete tornavam impossível adivinhar sua cor original. Ele atravessou a sala da frente, a cozinha e entrou no quarto dos fundos. O teclado e o monitor ainda estavam lá, uma estrutura ligada a uma confusão de cabos, mas apenas um leve espaço na poeira sobre a escrivaninha revelava onde o laptop estivera. Uma escada interna no fundo do corredor levava ao telhado. O apartamento fora escolhido por esse motivo, e não pela decoração. Eles se lançaram escada acima e encontraram o terraço, ocupado apenas por gatos. D'Orsay examinou a rede de ruas que cercavam o prédio. Não havia movimento em lugar algum. Algo havia assustado o Dragão. Talvez o uso de magia os tivesse traído. De algum modo, ele sentira que eles o rastrearam pela internet e contornaram todos os becos sem saída e desvios de correspondência que ele armara no universo digital para ludibriá-los. Ou talvez alguém o tivesse avisado. A rede de espiões do Dragão era lendária, e seus agentes, espantosamente leais. Por meses, D'Orsay vinha procurando uma falha, a ponta solta que, quando puxada, desfiaria a rede. Uma ponta solta. Alguém que ele pudesse levar para a masmorra na Ravina do Corvo e torturar até que revelasse os segredos do Dragão. Até agora, no entanto, nada. Pior que isso, era possível que a própria organização de D'Orsay estivesse comprometida. O recém-criado Conselho dos Magos lutava para superar a guerra sangrenta entre as Casas dos Magos das Rosas Vermelha e Branca, que já durava séculos, a fim de poder lidar com a recente rebelião das ordens servis. Dar fim à guerra seria difícil mesmo nas melhores circunstâncias, mas era quase impossível com o Dragão atiçando as chamas de velhas rivalidades, espalhando boatos e postando correspondência confidencial na internet. Aquilo era particularmente irritante para alguém como D'Orsay, que tinha muito a esconder. Os magos matavam-se uns aos outros nos becos de Londres, nos castelos da Escócia e nas deslumbrantes casas noturnas de Hong Kong. Artefatos mágicos desapareciam de cofres, caixas-fortes e adegas. Tradicionalmente submissos, os feiticeiros, adivinhos e encantadores fugiam de seus mestres magos. E a mão do Dragão estava em tudo aquilo. Aquela era a terceira vez que quase o pegavam desde o torneio na Ravina do Corvo. Seis semanas atrás, eles estavam certos de que o encurralariam numa favela de São Paulo. Acabaram caindo como patinhos num pântano mágico, uma rede de armadilhas diabólicas que dizimara a equipe de assassinos de D'Orsay e deixara o Conselho de mãos vazias. Três magos
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