Poeira de Estrelas – Isaac Asimov

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“The Stars Like Dust”, 1951. narrativa inicia-se numa Terra ainda radioativa e insalubre. A época refere-se a um período primitivo da expansão do Império Galáctico, quando apenas 50 mundos constituem a sua unidade. Biron Farril, é um jovem estudante enviado por seu pai para ser educado na Terra (um pequeno planeta radioativo). Seu pai, o Rancheiro de Widemos, é o governante do planeta que lhe dá titulo. Todos os planetas próximos eram dominados por um mundo chamado Tirânia. Contra este domínio, o pai de Biron lutava, até que suas atitudes conspiratórias foram descobertas e por conta disso foi executado pelos tiranianos. Antes mesmo de saber sobre isso, Biron sofre um atentado contra a sua vida quando uma bomba radioativa é colocada em seu armário, desesperado, ele é aconselhado por Sander Jonti a deixar o planeta e ir até Ródia pedir por abrigo. Em sua fuga é interceptado pelos tiranianos que passam a manipulá-lo enquanto seguem os seus passos. Em Ródia se encontra com Artemísia de Hinriad, filha do líder do planeta, um pobre coitado já mentalmente destruído pelas pressões dos tiranianos. Ele conhece também o tio de Artemísia, Gilbred, que diz ter se encontrado uma vez com um planeta rebelde, onde milhares de armas eram construídas para uma guerra final contra Tirania. Artemísia estava sendo obrigada a se casar com um tiraniano; por isso decide ajudar Biron Farril em uma fuga de Ródia, contanto com ajuda de seu tio. Em sua fuga, serão perseguidos pelos implacáveis tiranianos, enquanto buscam desesperadamente o mundo rebelde. Personagens Biron Farril: Nascido no planeta Widemos, vive e estuda na Terra. Sua rotina muda quando após um atentado, fica sabendo sobre a morte de seu pai e os motivos que levariam a sua própria morte. Foge para o planeta Ródia onde se envolve com a filha do monarca, a jovem Artemísia. Sabendo pilotar uma nave (conhecimento proibido pelos tiranianos em Ródia), acaba servindo aos planos de fuga de Gilbred. Artemísia de Hinriad: É filha do monarca de Ródia. É obrigada por seu pai a se casar com um tiraniano de alta patente. Vendo o pai enlouquecer e definhar cada dia mais sob o comando dos tiranianos, resolve fugir do planeta. Gilbred de Hinriad: É um dos membros da família real de Ródia, sendo tio de Artemísia. Uma vez, quanto voltava de Tirânia, sua nave foi acertada por um meteorito. Avariada, vagou sem rumo por dias até chegar à órbita de um planeta que ele passou a conhecer como Planeta Rebelde. Sua nave (uma espaçonave Tiraniana) foi estudada pelos rebeldes e quando ao fim disso, ele foi colocado novamente nela e enviado de volta a Ródia, onde acordou com a incerteza sobre sonhos ou realidade. É o único que possui alguma pista sobre onde possa estar o tal planeta. Em Poeira de Estrelas, Isaac Asimov se lança no fascinante e misterioso espaço cósmico, confundindo ficção e realidade futura, numa antecipação do que a era em que vivemos já denuncia para os cientistas e tecnólogos de hoje.

POEIRA DE ESTRELAS ISAAC ASIMOV 3a EDIÇÃO EDITORA EXPRESSÃO E CULTURA TITULO ORIGINAL: THE STARS LIKE DUST COPYRIGHT: LANCER BOOOK. - 1968 RESERVADOS TODOS OS DIREITOS DE PUBLICAÇÃO EM LíNGUA PORTUGUESA, NOS TERMOS DA LEGISLAÇÃO EM VIGOR PRIMEIRA EDIÇÃO EM LíNGUA PORTUGUESA: SETEMBRO DE 1970 SEGUNDA EDIÇÃO: FEVEREIRO DE 1971 TERCEIRA EDIÇÃO: FEVEREIRO DE 1972 TRADUÇÃO DE STELLA ALVES DE SOUZA CAPA DE ERICO DIAGRAMAÇÃO E PAGINAÇÃO DE ORESTES DE OLIVEIRA FILHO COMPOSIÇÃO EM TIMES ROMAN CORPO 10/12 COM A DIVISÃO SILÁBICA DAS PALAVRAS E JUSTIFICAÇÃO EFETUADAS POR COMPUTADOR, NAS OFICINAS DE AGGS INDÚSTRIAS GRÁFICAS S. A. Biron, sem querer, recordou um poema que escrevera por ocasião da sua primeira viagem espacial: "As estrelas, qual poeira, envolvem-me Em vivida névoa de luz E parece-me que avisto todo o espaço Num só amplo golpe de vista." De súbito os acontecimentos daquela noite, todos eles, pareceram encaixar-se perfeitamente. E naquele momento ele sentiu que não havia saída possível e que a nave o estava conduzindo, de forma suave porém firme, com destino à morte. 1 - O dormitório sussurrava. O DORMITÓRIO SUSSURRAVA suavemente. Aquele som, apesar de quase inaudível, reduzido e irregular, era, no entanto, inconfundível e letal. Não foi isso, porém, que fez Biron Farrill despertar, arrancando-o de um sono pesado porém pouco repousante. Agitou a cabeça de um lado para outro, como que lutando contra o insistente ruído proveniente da mesa de cabeceira. Esticou o braço e, mesmo sem abrir os olhos, desligou o contato com a mão desajeitada. - Alô? - balbuciou por fim. Imediatamente, o som fluiu através do receptor. Era áspero e alto, mas Biron não sentiu disposição para diminuir o volume. - Posso falar com Biron Farrill? - indagou a voz. - É ele mesmo quem está falando. O que deseja? - Posso falar com Biron Farril? - insistiu a voz, parecia haver aflição em seu tom. Os olhos de Biron abriram-se em meio à escuridão espessa. Percebeu uma desagradável sensação de língua seca, além de um leve odor que pairava no ambiente. - É ele mesmo. Quem fala? A voz continuava, insistindo, aparentemente indiferente às suas palavras e evidenciando uma tensão crescente. O som elevava-se no meio da noite. Ao despertar, Biron viu-se envolvido por uma escuridão completa. - Há alguém aí? Eu queria falar com Biron Farrill. Biron ergueu o corpo apoiando-o sobre um dos cotovelos e olhou para o lugar onde se encontrava o visiofone. Procurou o botão do controle visual e logo a pequena tela iluminou-se. - Aqui estou - disse Biron, reconhecendo imediatamente os traços suaves e ligeiramente assimétricos da fisionomia de Sander Jonti. - Me chame de manhã, Jonti. Já estava prestes a desligar novamente o aparelho quando ouviu a voz de Jonti que continuava a insistir. - Alô, alô! Há alguém aí? É do quarto 526 do alojamento da universidade? Alô?! Subitamente, Biron reparou que a pequena luz piloto, indicativa da emissão de um circuito ao vivo, não estava acesa. Praguejou baixinho e apertou o botão. A luz, entretanto, permaneceu apagada. Foi então que Jonti pareceu desistir e a sua imagem desapareceu da tela, a qual se reduziu a um pequeno quadrado de luz. Biron desligou o aparelho, deu de ombros e resolveu tentar acomodar-se novamente no travesseiro. Estava aborrecido. Em primeiro lugar, ninguém tinha o direito de gritar com ele assim no meio da noite. Olhou ligeiramente para os números suavemente iluminados localizados acima da cabeceira. Três e quinze. As luzes do estabelecimento só seriam acesas decorridas as próximas quatro horas. Além disso, ele não gostava de ter que acordar na escuridão completa do seu quarto. Mesmo decorridos quatro anos, não conseguira adaptar-se ao hábito terráqueo das construções em concreto reforçado, com paredes grossas, atarracadas e desprovidas de janelas. Aquilo constituía uma tradição milenar, datando dos dias em que a bomba
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